sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Viagem do Papa Leão XIV: Turquia e Líbano

De 27 de novembro a 02 de dezembro de 2025 o Papa Leão XIV realiza a 1ª Viagem Apostólica do seu pontificado, com destino à Turquia e ao Líbano.

O Papa parte para sua 1ª Viagem Apostólica
(27 de novembro de 2025)

1ª ETAPA: TURQUIA (TÜRKIYE)

O “objetivo” central da viagem à Turquia é a comemoração dos 1700 anos do I Concílio de Niceia, como já recordado pelo Documento Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador: 1700º aniversário do Concílio Ecumênico de Niceia (325-2025) da Comissão Teológica Internacional e pela Carta Apostólica In unitate fidei promulgada pelo próprio Papa.

A princípio a viagem teria lugar entre maio e junho, data da celebração do Concílio, mas teve de ser adiada devido à eleição do Papa. A nova data coincide com a Festa de Santo André, Apóstolo (30 de novembro), padroeiro do Patriarcado de Constantinopla.

O Patriarcado de Constantinopla, com efeito, é a principal das Igrejas Ortodoxas de tradição bizantina. Leão XIV será o quinto Papa a visitar o país, dando continuidade a importantes encontros ecumênicos: São Paulo VI em 1967, São João Paulo II em 1979, Bento XVI em 2006 e Francisco em 2014 [1].

Quinta-feira, 27 de novembro:
O Papa chega à capital da Turquia, Ankara, no início da tarde, visitando o Mausoléu de Atatürk, “fundador” da nação, e encontrando-se com as autoridades no Palácio Presidencial.

Sexta-feira, 28 de novembro:
Pela manhã tem lugar um encontro de oração com Bispos, sacerdotes, diáconos e religiosos na Catedral do Espírito Santo em Istambul e a visita a uma casa para idosos.

Encontro de oração na Catedral de Istambul: Fotos

À tarde, por sua vez, o Papa se dirige à cidade de Iznik, a antiga Niceia, onde terá lugar uma Celebração Ecumênica nos 1700 anos do I Concílio de Niceia junto aos restos arqueológicos da antiga Basílica de São Neófito, com a participação de representantes das Igrejas Ortodoxas Bizantinas, Ortodoxas Orientais e de outras Comunidades cristãs.
De volta a Istambul está previsto um encontro privado com os Bispos turcos.

Celebração Ecumênica em Niceia: Discurso do Papa / Fotos

Restos arqueológicas da Basílica em Iznik

Sábado, 29 de novembro:
Pela manhã têm lugar a visita à Mesquita do Sultão Ahmet em Istambul (conhecida como Mesquita Azul) e um encontro privado com representantes das Igrejas e das comunidades cristãs na igreja ortodoxa siríaca de Santo Efrém (Mor Ephrem).
À tarde o Papa participa de uma Oração Ecumênica (Doxologia) na Catedral Patriarcal de São Jorge e assina uma declaração conjunta com o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla.
Os compromissos do dia se encerram com a celebração da Missa do I Domingo do Advento na Volkswagen Arena, um centro de eventos em Istambul.

Oração Ecumênica em Istambul: Fotos

Missa em Istambul: Homilia do Papa / Fotos

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Solenidade de Cristo Rei em Manila (2025)

O Arcebispo de Manila (Filipinas), Cardeal Jose Fuerte Advincula, celebrou no dia 23 de novembro de 2025 a Missa da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (Ano C) na Catedral Metropolitana da Imaculada Conceição, precedida por um momento de adoração eucarística presidida pelo pároco da Catedral.

Nesse domingo também se celebrou a nível diocesano a 40ª Jornada Mundial da Juventude. Para ler a mensagem do Papa Leão XIV para a ocasião, clique aqui.

Imagem de Cristo Rei na Capela do Santíssimo Sacramento
Adoração eucarística antes da Missa: Bênção
Procissão de entrada

Incensação do altar

Solenidade de Cristo Rei em Cracóvia (2025)

No dia 23 de novembro de 2025 Dom Marek Jędraszewski, até então Arcebispo de Cracóvia (Polônia), presidiu a Missa da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (Ano C) na Catedral dos Santos Estanislau e Venceslau, a Catedral de Wawel.

Nesse domingo também se celebrou a nível diocesano a 40ª Jornada Mundial da Juventude. Para ler a mensagem do Papa Leão XIV para a ocasião, clique aqui.

No dia 26 de novembro, por sua vez, o Papa aceitou a renúncia de Dom Marek por limite de idade, o qual será sucedido pelo Cardeal Grzegorz Ryś, até então Arcebispo de Łódź.

O Arcebispo reza diante do Santíssimo Sacramento
Incensação do altar
Ritos iniciais
Evangelho

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Nomeado novo Arcebispo de Cracóvia

Na quarta-feira, 26 de novembro de 2025, o Papa Leão XIV nomeou o Cardeal Grzegorz Ryś, até então Arcebispo Metropolitano de Łódź, como novo Arcebispo Metropolitano de Cracóvia (Polônia), sucedendo Dom Marek Jędraszewski, o qual renuncia por limite de idade.

Cardeal Grzegorz Ryś, Arcebispo de Cracóvia

Grzegorz Wojciech Ryś nasceu em 09 de fevereiro de 1964 em Cracóvia (Polônia). Recebeu a Ordenação Presbiteral no dia 22 de maio de 1988 em Cracóvia pela imposição das mãos do então Arcebispo, Cardeal Franciszek Macharski (†2016).

Em 1994 obteve o Doutorado em História da Igreja pela Pontifícia Academia Teológica de Cracóvia, onde serviu como professor até 2011. De 2004 a 2007, ademais, foi Diretor do Arquivo do Capítulo da Catedral de Wawel e de 2007 a 2011 foi Reitor do Seminário Maior de Cracóvia.

No dia 16 de julho de 2011 foi nomeado pelo Papa Bento XVI (†2022) como Bispo Titular de Arcavica e Auxiliar de Cracóvia. Recebeu a Ordenação Episcopal no dia 28 de setembro na Catedral de Wawel, sendo ordenante principal o então Arcebispo, Cardeal Stanisław Dziwisz.


No dia 14 de setembro de 2017 o Papa Francisco (†2025) o nomeou Arcebispo Metropolitano de Łódź, sucedendo Dom Marek Jędraszewski, transferido a Cracóvia. Tomou posse na Catedral Basílica de Santo Estanislau Kostka no dia 04 de novembro do mesmo ano.

Foi criado Cardeal no Consistório do dia 30 de setembro de 2023, recebendo o Título Presbiteral dos Santos Cirilo e Metódio, do qual tomou posse no dia 22 de novembro.

É membro do Dicastério para os Bispos e do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. No âmbito da Conferência Episcopal Polonesa, por sua vez, é Presidente do Conselho para o Diálogo Inter-religioso.

[Atualização: A posse do Cardeal Ryś terá lugar na manhã do sábado, 20 de dezembro, na Catedral de Wawel]


Dom Marek Jędraszewski, Arcebispo Emérito de Cracóvia

Marek Jędraszewski nasceu em 24 de julho de 1949 em Poznań (Polônia), recebendo a Ordenação Presbiteral na mesma cidade no dia 24 de maio de 1973.

Em 1979 obteve o Doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma. De volta à Polônia, serviu sobretudo como professor na Universidade de Poznań e formador no Seminário Arquidiocesano.

No dia 17 de maio de 1997 o Papa João Paulo II (†2005) o nomeou Bispo Titular de Forum Popilii e Auxiliar de Poznań. Recebeu a Ordenação Episcopal no dia 29 de junho, sendo ordenante principal o então Arcebispo, Dom Juliusz Paetz (†2019).

Dom Marek Jędraszewski, Arcebispo Emérito de Cracóvia 

No dia 11 de julho de 2012 o Papa Bento XVI o nomeou Arcebispo Metropolitano de Łódź, sucedendo Dom Władysław Ziółek, que renunciara por limite de idade. Tomou posse na Catedral de Łódź no dia 08 de setembro do mesmo ano.

No dia 08 de dezembro de 2016, por sua vez, o Papa Francisco o nomeou Arcebispo Metropolitano de Cracóvia, sucedendo o Cardeal Stanisław Dziwisz, que havia renunciado por limite de idade.

Tomou posse na Catedral dos Santos Estanislau e Venceslau, a Catedral de Wawel, no dia 28 de janeiro de 2017, recebendo o racional, insígnia própria dos Bispos de Cracóvia.

Serviu como Vice-Presidente da Conferência Episcopal Polonesa de 2014 a 2024.


Com informações do site da Santa Sé.

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Fotos da Missa no Jubileu dos Corais (2025)

No dia 23 de novembro de 2025 o Papa Leão XIV presidiu a Missa da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (Ano C) na Praça de São Pedro por ocasião do Jubileu dos Coros e dos Corais.

Nesse domingo também se celebrou a nível diocesano a 40ª Jornada Mundial da Juventude. Para ler a mensagem do Papa para a ocasião, clique aqui.

Leão XIV foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Ján Dubina. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Procissão de entrada

Incensação

Ritos iniciais

Homilia do Papa: Jubileu dos Corais (2025)

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo
Jubileu dos Coros e dos Corais
Homilia do Papa Leão XIV
Praça de São Pedro
Domingo, 23 de novembro de 2025

Queridos irmãos e irmãs,
No Salmo responsorial nós cantamos: «Com alegria vamos à casa do Senhor!» (cf. Sl 121). Por isso a Liturgia de hoje convida-nos a caminhar juntos no louvor e na alegria ao encontro do Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, Soberano manso e humilde, Aquele que é o princípio e o fim de todas as coisas. O seu poder é o amor, o seu trono é a Cruz e, por meio da Cruz, o seu Reino irradia-se sobre o mundo. «Da Cruz Ele reina» (cf. Hino Vexilla Regis) como Príncipe da paz e Rei de justiça que, na sua Paixão, revela ao mundo a imensa misericórdia do coração de Deus. Este amor é também a inspiração e o motivo do vosso canto.

Queridos coristas e músicos, hoje celebrais o vosso Jubileu e agradeceis ao Senhor por vos ter concedido o dom e a graça de servi-lo, oferecendo as vossas vozes e os vossos talentos para a sua glória e para a edificação espiritual dos irmãos (cf. Concílio Ecumênico Vaticano II, Constituição Sacrosanctum Concilium, n. 120). A vossa responsabilidade é envolvê-los no louvor a Deus e torná-los mais participantes da ação litúrgica através do canto. Hoje expressais plenamente o vosso “iubilum”, a vossa exultação, que nasce do coração inundado pela alegria da graça.


As grandes civilizações nos deram a música para que pudéssemos expressar o que sentimos no fundo do coração e que nem sempre as palavras conseguem transmitir. Todos os sentimentos e emoções que nascem no nosso íntimo a partir de uma relação viva com a realidade podem encontrar voz na música. O canto, de modo particular, representa uma expressão natural e completa do ser humano: a mente, os sentimentos, o corpo e a alma se unem para comunicar as grandes coisas da vida. Como nos lembra Santo Agostinho: “Cantare amantis est” (cf. Sermão 336,1), ou seja, “o canto é próprio de quem ama”: quem canta expressa o amor, mas também a dor, a ternura e o desejo que habitam no seu coração e, ao mesmo tempo, ama aquele a quem dirige o seu canto (cf. Comentários aos Salmos 72,1).

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Discurso do Papa a responsáveis pela Pastoral Litúrgica (2025)

No dia 17 de novembro de 2025 o Papa Leão XIV recebeu os participantes de um Curso para responsáveis diocesanos de pastoral litúrgica promovido pelo Pontifício Instituto Litúrgico. Confira a seguir seu discurso na ocasião:

Papa Leão XIV
Discurso aos participantes no Curso para responsáveis diocesanos de pastoral litúrgica promovido pelo Pontifício Instituto Litúrgico
Sala do Consistório
Segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
A paz esteja convosco!
Bom dia e sejam todos bem-vindos!
Saúdo o Abade Primaz, o Reitor do Ateneu Santo Anselmo, o Presidente do Pontifício Instituto Litúrgico [1], os professores e todos os participantes no Curso de atualização para responsáveis diocesanos de pastoral litúrgica. Estou contente de vos acolher no início do vosso itinerário de aprofundamento.

A proposta de formação na qual participais corresponde à dupla missão do Pontifício Instituto Litúrgico. Como augurava o Papa Bento XVI, ele prossegue com entusiasmo o seu serviço à Igreja, em plena fidelidade à tradição litúrgica e à reforma querida pelo Concílio Vaticano II, segundo as linhas mestras da Sacrosanctum Concilium e dos pronunciamentos do Magistério (cf. Discurso aos participantes no Congresso promovido pelo Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, 06 de maio de 2011). Por outro lado, iniciativas como esta implementam as tarefas formativas enunciadas na Constituição Apostólica Veritatis Gaudium, como a de formar ministros e fiéis para prepará-los para o seu serviço na pastoral e na Liturgia.


Parece-me que se dirige também ao vosso Instituto o caloroso convite do Papa Francisco, que na Carta Apostólica Desiderio Desideravi recomendava: «É preciso encontrar os canais para uma formação como estudo da Liturgia: a partir do Movimento Litúrgico muito tem sido feito nesse sentido, com contributos preciosos de muitos estudiosos e instituições acadêmicas. Entretanto, é preciso divulgar estes conhecimentos para fora do âmbito acadêmico, de modo acessível, para que todos os fiéis cresçam em um conhecimento do sentido teológico da Liturgia... bem como do desenvolvimento do celebrar cristão» (n. 35).

Com efeito, nas Dioceses e nas paróquias há necessidade dessa formação e é importante, onde não existam, iniciar percursos bíblicos e litúrgicos. O Pontifício Instituto Litúrgico poderia qualificá-los, para ajudar as Igrejas particulares e as comunidades paroquiais a se deixarem formar pela Palavra de Deus, explicando os textos do Lecionário ferial e festivo, e também para prosseguir uma iniciação cristã e litúrgica que ajude os fiéis a compreender, por meio dos ritos, das orações e dos sinais sensíveis, o mistério da fé que se celebra (cf. Constituição Sacrosanctum Concilium, n. 48).

sábado, 22 de novembro de 2025

Mensagem do Papa: Jornada Mundial da Juventude 2025

No domingo, 23 de novembro de 2025, Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, celebramos a nível diocesano a 40ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Confira a seguir a Mensagem do Papa Leão XIV para a ocasião, com o tema «Vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo» (Jo 15,27), dando início ao caminho rumo à próxima edição internacional da JMJ, que terá lugar em Seul (Coreia do Sul), de 03 a 08 de agosto de 2027, com o tema «Tende coragem: Eu venci o mundo!» (Jo 16,33).

40ª Jornada Mundial da Juventude
Mensagem do Papa Leão XIV
23 de novembro de 2025
«Vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo» (Jo 15,27)

Queridos jovens,
Ao iniciar esta primeira mensagem que vos dirijo, desejo em primeiro lugar dizer-vos obrigado! Obrigado pela alegria que transmitistes quando viestes a Roma para o vosso Jubileu e obrigado também a todos os jovens que, de oração, se uniram a nós a partir de todas as partes do mundo. Foi um evento precioso para renovar o entusiasmo da fé e partilhar a esperança que arde nos nossos corações! Por isso, façamos com que o encontro jubilar não seja um momento isolado, mas assinale, em cada um de vós, um passo em frente na vida cristã e um forte encorajamento a perseverar no testemunho da fé.

O Papa com os jovens durante o seu Jubileu

É precisamente esta dinâmica que está no centro da próxima Jornada Mundial da Juventude, que celebraremos a 23 de novembro, Domingo de Cristo Rei, e que terá como tema «Vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo» (Jo 15,27). Com a força do Espírito Santo, como peregrinos de esperança, preparemo-nos para ser testemunhas corajosas de Cristo. Comecemos, portanto, a partir de agora, um caminho que nos guiará até à edição internacional da JMJ de 2027 em Seul. Nesta perspectiva, gostaria de me deter em dois aspectos do testemunho: a nossa amizade com Jesus, que recebemos de Deus como dom; e o empenho de cada um na sociedade, como construtores da paz.

Amigos, portanto, testemunhas

O testemunho cristão nasce da amizade com o Senhor, Crucificado e Ressuscitado para a salvação de todos. Não se confunde com uma propaganda ideológica, mas é um verdadeiro princípio de transformação interior e de sensibilização social. Jesus quis chamar “amigos” aos discípulos a quem deu a conhecer o Reino de Deus e a quem pediu que ficassem com Ele, para formar a sua comunidade e para enviá-los a proclamar o Evangelho (cf. Jo 15,15.27). Quando Jesus nos diz «Dai testemunho», está assegurando-nos que nos considera seus amigos. Só Ele conhece plenamente quem somos e porque estamos aqui: conhece o coração de cada um de vós, jovens, a vossa indignação diante de discriminações e injustiças, o vosso desejo de verdade e beleza, de alegria e paz; com a sua amizade, Ele vos escuta, vos motiva e vos guia, chamando cada um de vós a uma vida nova.

Ângelus: XXXIII Domingo do Tempo Comum - Ano C (2025)

Papa Leão XIV
Ângelus
Praça de São Pedro
Domingo, 16 de novembro de 2025

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
Enquanto o Ano Litúrgico chega ao fim, o Evangelho de hoje (Lc 21,5-19) nos faz refletir sobre as tribulações da história e o fim das coisas. Porque conhece o nosso coração, Jesus, ao olhar para esses acontecimentos, convida-nos antes de tudo a não nos deixarmos vencer pelo medo: «Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções - diz Ele - não fiqueis apavorados» (v. 9).

O seu apelo é muito atual: infelizmente, recebemos diariamente notícias de conflitos, calamidades e perseguições que atormentam milhões de homens e mulheres. Tanto diante dessas aflições quanto diante da indiferença que quer ignorá-las, as palavras de Jesus anunciam que a agressão do mal não pode destruir a esperança daqueles que confiam n’Ele. Quanto mais a hora é escura como a noite, mais a fé brilha como o sol.

Efetivamente, Cristo afirma duas vezes que «por causa do seu nome» muitos sofrerão violência e traição (vv. 12.17), mas precisamente nesse momento terão a ocasião de dar testemunho (v. 13). Seguindo o exemplo do Mestre, que na Cruz revelou a imensidão do seu amor, esse encorajamento diz respeito a todos nós. Com efeito, a perseguição aos cristãos não acontece apenas com armas e maus-tratos, mas também com as palavras, ou seja, através da mentira e da manipulação ideológica. Sobretudo quando oprimidos por esses males físicos e morais, somos chamados a dar testemunho da verdade que salva o mundo, da justiça que liberta os povos da opressão, da esperança que indica a todos o caminho da paz.

No seu estilo profético, as palavras de Jesus atestam que os desastres e as dores da história têm um fim, enquanto está destinada a durar para sempre a alegria daqueles que reconhecem n’Ele o Salvador. «É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!» (v. 19): esta promessa do Senhor nos infunde a força para resistir a todas as ofensas e aos acontecimentos ameaçadores da história; não ficamos impotentes diante da dor, porque Ele mesmo nos dá «palavras acertadas» (v. 15) para praticarmos constantemente o bem com coração ardente.

Caríssimos, ao longo de toda a história da Igreja são principalmente os mártires que nos lembram que a graça de Deus é capaz de transfigurar até mesmo a violência em sinal de redenção. Por isso, unindo-nos aos nossos irmãos e irmãs que sofrem pelo nome de Jesus, procuremos com confiança a intercessão de Maria, auxílio dos cristãos. Em todas as provações e dificuldades, que a Virgem Santa nos console e sustente.


Fonte: Santa Sé.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Fotos da Missa no Jubileu dos Pobres (2025)

Na manhã do dia 16 de novembro de 2025 o Papa Leão XIV presidiu a Missa do XXXIII Domingo do Tempo Comum (Ano C) na Basílica de São Pedro por ocasião do Jubileu dos Pobres, coincidindo com o IX Dia Mundial dos Pobres.

O Papa assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Krzysztof Marcjanowicz. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Procissão de entrada

Incensação

Sinal da cruz

Homilia do Papa: Jubileu dos Pobres (2025)

IX Dia Mundial dos Pobres
Jubileu dos Pobres
Homilia do Papa Leão XIV
Basílica de São Pedro
Domingo, 16 de novembro de 2025

Foi celebrada a Missa do XXXIII Domingo do Tempo Comum (Ano C).

Queridos irmãos e irmãs,
Nos últimos domingos do Ano Litúrgico somos convidados a olhar para a história nos seus desfechos finais. Na 1ª leitura (Ml 3,19-20a) o profeta Malaquias vislumbra na chegada do “dia do Senhor” a entrada em um novo tempo. Este é descrito como o tempo de Deus, em que, como um amanhecer que faz surgir um sol de justiça, as esperanças dos pobres e dos humildes receberão do Senhor uma resposta final e definitiva, e serão erradicadas, queimadas como se fossem palha, as obras dos ímpios e a sua injustiça, sobretudo em detrimento dos indefesos e dos pobres.

Como sabemos, esse sol de justiça que surge é o próprio Jesus. O dia do Senhor, com efeito, não é apenas o último dia da história, mas é o Reino que se aproxima de cada homem no Filho de Deus que vem. No Evangelho (Lc 21,5-19), usando a típica linguagem apocalíptica de seu tempo, Jesus anuncia e inaugura esse Reino: na realidade, Ele mesmo é o senhorio de Deus que se faz presente em meio aos acontecimentos dramáticos da história. Por isso, eles não devem assustar o discípulo, mas torná-lo ainda mais perseverante no testemunho e consciente de que a promessa de Jesus é sempre viva e fiel: «Não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça» (v. 18).


Irmãos e irmãs, esta é a esperança à qual nos ancoramos, mesmo diante das vicissitudes nem sempre felizes da vida. Ainda hoje, «a Igreja prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus, anunciando a Cruz e a Morte do Senhor até que Ele venha» (Lumen gentium, n. 8). E onde todas as esperanças humanas parecem esgotar-se torna-se ainda mais firme a única certeza, mais estável do que o céu e a terra, de que o Senhor não deixará que se perca nem um só fio de cabelo da nossa cabeça.

Deus não nos deixa sozinhos nas perseguições, nos sofrimentos, nas dificuldades e nas opressões da vida e da sociedade. Ele manifesta-se como Aquele que toma partido por nós. Toda a Escritura é atravessada por este fio condutor que narra um Deus que está sempre do lado dos mais frágeis, dos órfãos, dos estrangeiros e das viúvas (cf. Dt 10,17-19). E a proximidade de Deus atinge o ápice do amor em seu filho Jesus: por isso a presença e a palavra de Cristo tornam-se júbilo e jubileu para os mais necessitados, pois Ele veio para anunciar aos pobres a boa-nova e proclamar o ano da graça do Senhor (cf. Lc 4,18-19).

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Posse do novo Arcebispo Maior dos Romenos

No sábado, 15 de novembro de 2025, Dom Claudiu-Lucian Pop presidiu a Divina Liturgia em Rito Bizantino na Catedral da Santíssima Trindade em Blaj (Romênia), durante a qual tomou posse como novo Arcebispo Maior de Fagaras e Alba-Iulia dos Romenos.

A celebração contou com a presença do Cardeal Claudio Gugerotti, Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, dos Metropolitas das Igrejas Greco-Católicas Eslovaca e Húngara, além de outros Bispos de Rito Romano e de Rito Bizantino.

Dom Claudiu-Lucian Pop, até então Bispo da Eparquia de Cluj-Gherla, foi eleito Arcebispo Maior de Fagaras e Alba-Iulia (Făgăraș şi Alba Iulia) no dia 05 de novembro, após a morte do Cardeal Lucian Mureşan. Para ler uma breve biografia do novo Arcebispo Maior, clique aqui.

Catedral da Santíssima Trindade em Blaj
Iconostase da Catedral
Procissão de entrada
Posse do novo Arcebispo Maior
Dom Claudiu-Lucian Pop senta na cátedra

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Aniversário da Dedicação da igreja de Santo Anselmo (2025)

Na terça-feira, 11 de novembro de 2025, o Papa Leão XIV, assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli, presidiu a Missa na igreja de Santo Anselmo no Aventino por ocasião do 125º aniversário da Dedicação da igreja.

Foi celebrada a Missa da Solenidade do aniversário da dedicação da própria igreja, com as orações e leituras do Comum da dedicação de uma igreja.

Junto a Sant'Anselmo all'Aventino, sede do Abade Primaz da Ordem de São Bento, está o Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, que inclui o Pontifício Instituto Litúrgico. A igreja, além disso, é o ponto de partida da procissão estacional da Quarta-feira de Cinzas.

O Papa venera a cruz
Aspersão dos fiéis
Procissão de entrada
Incensação do altar
Ritos iniciais

Homilia do Papa: Dedicação da igreja de Santo Anselmo (2025)

Missa no 125º aniversário da Dedicação da igreja de Santo Anselmo
Homilia do Papa Leão XIV
Igreja de Santo Anselmo no Aventino, Roma
Terça-feira, 11 de novembro de 2025

Leituras: Ez 43,1-2.4-7a; Sl 121; 1Pd 2,4-9; Mt 16,13-19.

«Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja» (Mt 16,18). Caríssimos irmãos e irmãs, ouvimos estas palavras de Jesus ao comemorarmos o 125º aniversário da Dedicação desta igreja, tão desejada pelo Papa Leão XIII, que incentivou a sua construção.

Nas suas intenções esta edificação, juntamente com a do Colégio Internacional anexo, devia contribuir para o fortalecimento da presença beneditina na Igreja e no mundo, através de uma unidade cada vez maior no seio da Confederação Beneditina, objetivo para o qual foi também instituído o Ofício do Abade Primaz. Ele o fez porque estava convicto de que a vossa antiga Ordem poderia ser de grande auxílio para o bem de todo o Povo de Deus em um tempo repleto de desafios, como a transição do século XIX para o século XX.


De fato, o monasticismo, desde os seus primórdios, tem sido uma realidade “de vanguarda”, inspirando homens e mulheres corajosos a estabelecer centros de oração, trabalho e caridade nos lugares mais remotos e inacessíveis, muitas vezes transformando áreas desoladas em terras férteis e ricas, do ponto de vista agrícola e econômico, mas sobretudo espiritual. Assim o mosteiro tornou-se cada vez mais um lugar de crescimento, paz, hospitalidade e unidade, mesmo nos períodos mais sombrios da História

Também no nosso tempo não faltam desafios para enfrentar. As mudanças repentinas a que assistimos nos provocam e questionam, levantando problemáticas até agora inéditas. Esta celebração nos recorda que, tal como o Apóstolo Pedro, e com ele Bento e tantos outros, também nós só podemos responder às exigências da vocação que recebemos colocando Cristo no centro da nossa existência e da nossa missão, começando por aquele ato de fé que nos faz reconhecer n’Ele o Salvador e traduzindo-o em oração, estudo e compromisso com uma vida santa.

sábado, 15 de novembro de 2025

Ângelus: Dedicação da Basílica do Latrão (2025)

Papa Leão XIV
Ângelus
Praça de São Pedro
Domingo, 09 de novembro de 2025

Irmãos e irmãs, bom domingo!
Neste dia da Dedicação da Basílica do Latrão contemplamos o mistério de unidade e comunhão com a Igreja de Roma, chamada a ser a mãe que cuida com solicitude da fé e do caminho dos cristãos espalhados pelo mundo.

A Catedral da Diocese de Roma e sede do Sucessor de Pedro, como sabemos, não é apenas uma obra de extraordinário interesse histórico, artístico e religioso, mas representa o centro propulsor da fé, confiada e guardada pelos Apóstolos, e da sua transmissão ao longo da história. A grandeza deste mistério brilha também no esplendor artístico do edifício que, precisamente na nave central, acolhe doze grandes imagens dos Apóstolos, primeiros seguidores de Cristo e testemunhas do Evangelho.

Isto remete para uma visão espiritual, que nos ajuda a ir além da aparência exterior, compreendendo no mistério da Igreja muito mais do que um simples lugar, um espaço físico, uma construção feita de pedras; na verdade, como nos recorda o Evangelho, no episódio da purificação do Templo de Jerusalém, realizada por Jesus (cf. Jo 2,13-22), o verdadeiro santuário de Deus é Cristo Morto e Ressuscitado. Ele é o único Mediador da salvação, o único Redentor, Aquele que, unindo-se à nossa humanidade e transformando-nos com o seu amor, representa a porta que se escancara para nós e nos conduz ao Pai (cf. Jo 10,9).

Unidos a Ele, também nós somos pedras vivas deste edifício espiritual (cf. 1Pd 2,4-5). Somos a Igreja de Cristo, o seu Corpo, os seus membros chamados a difundir no mundo o seu Evangelho de misericórdia, consolação e paz, através daquele culto espiritual que deve resplandecer em primeiro lugar no nosso testemunho de vida.

Irmãos e irmãs, é para este olhar espiritual que devemos treinar o nosso coração. Muitas vezes as fragilidades e os erros dos cristãos, junto com tantos lugares-comuns e preconceitos, nos impedem de compreender a riqueza do mistério da Igreja. A sua santidade, com efeito, não reside nos nossos méritos, mas na «liberalidade da entrega do Senhor [que] nunca foi revogada» e que continua a escolher «como receptáculo da sua presença, em um amor paradoxal, também e precisamente as mãos sujas dos homens» (Joseph Ratzinger, Introdução ao Cristianismo, 2005, p. 251).

Caminhemos, pois, na alegria de sermos o Povo santo que Deus escolheu e invoquemos Maria, Mãe da Igreja, para que nos ajude a acolher Cristo e nos acompanhe com a sua intercessão.

Nave da Basílica do Latrão
(Com as estátuas dos Doze Apóstolos, colunas da Igreja)

Fonte: Santa Sé

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Festa da Dedicação da Basílica do Latrão (2025)

No domingo, 09 de novembro de 2025, o Papa Leão XIV presidiu a Missa na Arquibasílica do Santíssimo Salvador e de São João Batista e Evangelista no Latrão, a Catedral de Roma, por ocasião da Festa da Dedicação da Basílica do Latrão (que na própria igreja é celebrada com o grau de Solenidade).

Para saber mais, confira nossas postagens sobre o significado da Festa e sobre a história da Basílica.

O Papa foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor L'ubomir Welnitz. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Destacamos a presença junto ao altar da Cruz Lateranense (ou Cruz Constantiniana), realizada entre os séculos XIII e XIV, um dos objetos históricos mais importantes da Basílica, já presente na Missa de posse do Papa Leão no dia 25 de maio.

Incensação do altar

Incensação da Cruz Lateranense
O Papa se dirige à sua cátedra
Ritos iniciais

Homilia do Papa: Dedicação da Basílica do Latrão (2025)

Solenidade da Dedicação da Basílica do Latrão
Homilia do Papa Leão XIV
Basílica de São João do Latrão
Domingo, 09 de novembro de 2025

Leituras: Ez 47,1-2.8-9.12; Sl 45; 1Cor 3,9c-11.16-17; Lc 19,1-10.

Queridos irmãos e irmãs,
Celebramos hoje a Solenidade da Dedicação da Basílica do Latrão - desta Basílica, Catedral de Roma -, que teve lugar no século IV por obra do Papa Silvestre I. A construção foi realizada por vontade do Imperador Constantino, depois de ter concedido aos cristãos, no ano 313, a liberdade de professar sua fé e de exercer o culto.


Lembramos este evento até o dia de hoje. Por quê? Certamente para recordar, com alegria e gratidão, um acontecimento histórico muito importante para a vida da Igreja, mas não só. Com efeito, esta Basílica, “mãe de todas as igrejas”, é muito mais do que um monumento e uma memória histórica: é sinal da Igreja «de pedras vivas, edificada sobre o alicerce dos Apóstolos, tendo Cristo Jesus como pedra angular» (Pontifical Romano, Dedicação da igreja e do altar), e como tal lembra-nos que também nós, formando um templo espiritual, «somos edificados aqui na terra como pedras vivas (cf. 1Pd 2,5)» (Concílio Vaticano II, Constituição Dogmática Lumen gentium, n. 6). Por esta razão, como observava São Paulo VI, surgiu desde muito cedo na comunidade cristã o uso de atribuir o «nome de igreja, que significa a assembleia dos fiéis, ao templo que os reúne» (Ângelus, 09 de novembro de 1969). É a comunidade eclesial, «a Igreja, sociedade dos fiéis, [que] demonstra no Latrão a sua mais sólida e evidente estrutura exterior» (ibid.). Portanto, ao olharmos para este edifício, reflitamos com a ajuda da Palavra de Deus sobre o nosso ser Igreja.