Pelo nome de paramentos
designam-se as vestes sagradas que são utilizadas pelos ministros nas
celebrações litúrgicas, sobretudo na Celebração Eucarística.
Nos primeiros
séculos da Igreja, na chamada “Era dos mártires”, a Liturgia era celebrada com as próprias vestes de uso comum. Somente após o fim da perseguição, no século IV, que se
começa a distinguir as vestes de uso litúrgico das vestes de uso civil.
A partir do
século VI, a Igreja toma para o uso litúrgico as vestes que eram de uso comum
no Império Romano no início do cristianismo. Como neste período outras formas
de vestuário são adotadas no cotidiano, as vestes mais antigas ficam restritas
ao âmbito da Liturgia.
A partir do
período carolíngio (século IX), passa-se a adotar vestes específicas para cada
ministério litúrgico. Neste mesmo período são incorporadas à Liturgia as
insígnias episcopais, estritamente ligadas aos paramentos. Por fim, no século
XII, algumas vestes recebem uma diversidade de cores conforme os vários tempos
litúrgicos.
Traçado este
perfil histórico das vestes litúrgicas, pode-se compreender sua sacralidade.
Como vestes sagradas, são literalmente “separadas” do uso comum para
destinarem-se única e exclusivamente ao culto divino. Assim, tanto ministros
quanto fieis podem mais facilmente perceber que aquele que desempenha um
ministério litúrgico não o faz por si, mas em nome de Cristo e da Igreja. Em
outras palavras, os paramentos “escondem o homem para revelar o ministro”.
Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote |
Outra finalidade
dos paramentos, como indicado pela Introdução do Missal Romano, é distinguir os
vários ministérios: “na Igreja, que é o Corpo de Cristo, nem todos os membros
desempenham a mesma função. Esta diversidade de funções na celebração da
Eucaristia manifesta-se exteriormente pela diversidade das vestes sagradas, que
por isso devem ser um sinal da função de cada ministro” (IGMR, n. 335).
Para a confecção
das vestes sagradas, deve-se sempre ater à “nobre simplicidade” da qual deve
resplandecer toda a Sagrada Liturgia. Pois “importa que as próprias vestes
sagradas contribuam também para a beleza da ação sagrada” (IGMR, n. 335). Dada
a dignidade do culto litúrgico no qual serão utilizadas, as vestes devem ser
feitas de tecidos nobres e ornadas com “símbolos que indiquem o uso sagrado,
excluindo-se os que não se prestam bem a esse uso” (IGMR, n. 344).
Os paramentos,
antes de serem destinados ao uso litúrgico, convêm serem abençoados, dentro ou
fora da Missa, utilizando-se de oração própria, conforme consta no Ritual de
Bênçãos.
Ao longo dos próximos
dias, como já antes feito com os Objetos Litúrgicos e os Livros Litúrgicos, este
blog trará breves postagens sobre cada um dos paramentos litúrgicos:
FONTES:
Introdução Geral do Missal Romano (3ª
edição típica). Capítulo VI: Requisitos para a celebração da Missa. Parte IV:
As vestes sagradas. n. 335-344.
RIGHETTI, M. Historia
de la Liturgia. Introduccion General, Parte III: Liturgia Romana.
Capitulo VII: Las vestiduras litúrgicas. Madrid: Pontificia Universidad de
Salamanca, 1955. vol. I. n. 350-351.
Ritual de Bênçãos. Capítulo XXXII:
Bênção de objetos utilizados nas celebrações litúrgicas. n. 1068- 1084.
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