quinta-feira, 25 de abril de 2024

Catequeses do Papa João Paulo II sobre o Creio: Jesus Cristo 41

Concluindo a seção sobre a “libertação do homem” dentro das suas Catequeses sobre Jesus Cristo, o Papa São João Paulo II refletiu sobre o Filho como modelo de “transformação salvífica do homem” e de “vida filialmente unida ao Pai”.

Confira a postagem que serve de Introdução e índice das Catequeses clicando aqui.

Catequeses do Papa João Paulo II sobre o Creio
CREIO EM JESUS CRISTO

62. Jesus, modelo da transformação salvífica do homem
João Paulo II - 17 de agosto de 1988

1. No desenvolvimento gradual das Catequeses sobre a missão de Jesus Cristo, vimos que Ele é quem realiza a libertação do homem através da verdade do seu Evangelho, cuja palavra última e definitiva é a Cruz e a Ressurreição. Cristo liberta o homem da escravidão do pecado e lhe dá uma nova vida mediante seu sacrifício pascal. A redenção se torna assim uma nova criação. No sacrifício redentor e na Ressurreição do Redentor tem início uma “nova humanidade”. Acolhendo o sacrifício de Cristo, Deus “cria” o homem novo “na justiça e na santidade da verdade” (Ef 4,24): o homem se torna adorador de Deus “em espírito e verdade” (Jo 4,23).

Na sua figura histórica, Jesus Cristo tem para este “homem novo” o valor de um modelo perfeito, isto é, de ideal. Aquele que em sua humanidade era a perfeita “imagem do Deus invisível” (Cl 1,15) torna-se, através da sua vida terrena - através de tudo o que “fez e ensinou” (At 1,1) -, sobretudo através do sacrifício, modelo visível para os homens. O modelo mais perfeito.

Lava pés (Yongsung Kim)
“Dei-vos o exemplo...” (Jo 13,15)

2. Entramos aqui no âmbito da “imitação de Cristo”, que se encontra claramente presente nos textos evangélicos e em outros escritos apostólicos, ainda que a palavra “imitação” não apareça nos Evangelhos. Jesus exorta seus discípulos a “segui-lo” - em grego, akoloutheo (ἀκολουθέω): “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24; cf. Jo 12,26).

A palavra “imitação” a encontramos só em Paulo, quando o Apóstolo escreve: “Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo” (1Cor 11,1) - em grego, mimetai (μιμηταί). E em outro lugar: “Vós vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, acolhendo a Palavra em meio a muita tribulação com a alegria do Espírito Santo” (1Ts 1,6).

3. Mas é preciso observar que o mais importante aqui não é a palavra “imitação”. Importantíssimo é o fato que nela subjaz: isto é, que toda a vida e a obra de Cristo, coroada com o sacrifício da cruz, realizado por amor, “pelos irmãos”, permanece um modelo duradouro e ideal. Assim, pois, anima e exorta não só a conhecer, mas também e sobretudo a imitar. O próprio Jesus, aliás, diz no Cenáculo, após ter lavado os pés aos Apóstolos: “Dei-vos o exemplo, para que também vós façais assim como Eu vos fiz” (Jo 13,15).

Essas palavras de Jesus não se referem só ao gesto de lavar os pés, mas, através desse gesto, a toda a sua vida, considerada como humilde serviço. Cada um dos discípulos é convidado a seguir os passos do “Filho do homem”, o qual “não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos” (Mt 20,28). É precisamente à luz desta vida, deste amor, desta pobreza, enfim, deste sacrifício, que a “imitação” de Cristo se torna uma exigência para todos os seus discípulos e seguidores. Torna-se, em certo sentido, a “estrutura fundamental” do “ethos” evangélico, cristão.

4. Precisamente nisso consiste a “libertação” para a vida nova sobre a qual falamos nas Catequeses anteriores. Cristo não transmitiu à humanidade apenas uma magnífica “teoria”, mas revelou em que sentido e direção deve realizar-se a transformação salvífica do homem “velho” (o homem do pecado) no homem “novo”. Esta transformação existencial, e, por conseguinte, moral, deve chegar a conformar o homem àquele “modelo” originalíssimo segundo o qual ele foi criado. Somente a um ser criado “à imagem e semelhança de Deus” podem ser dirigidas as palavras que lemos na Carta aos Efésios: “Sede, pois, imitadores de Deus como filhos queridos. Caminhai no amor, como Cristo também nos amou e se entregou a Deus por nós como oferenda e sacrifício de suave odor” (Ef 5,1-2).

5. Cristo, portanto, é o modelo no caminho dessa “imitação de Deus”. Ao mesmo tempo, só Ele torna possível esta imitação quando, mediante a redenção, nos oferece a participação na vida de Deus. Neste sentido, Cristo se torna não só o modelo perfeito, mas também o modelo eficaz. O dom, isto é, a graça da vida divina, em virtude do Mistério Pascal da redenção, se torna a raiz mesma da nova semelhança com Deus em Cristo e, portanto, é também a raiz da imitação de Cristo como modelo perfeito.

6. Desse fato haurem sua força e eficácia exortações como aquela de São Paulo aos filipenses: “Se, portanto, existe algum conforto em Cristo, alguma consolação no amor, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão, completai a minha alegria, conservando todos o mesmo pensar e o mesmo amor, em uma só alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por rivalidade ou vanglória, mas, com humildade, cada um considere os outros como superiores a si, e não cuide somente do que é seu, mas também do que é dos outros” (Fl 2,1-4).

7. Qual é o ponto de referência dessa “parênese”? Qual é o ponto de referência dessas exortações e exigências feitas aos filipenses? A resposta integral está contida nos versículos sucessivos da Carta: “Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus” (v. 5). Cristo, com efeito, “assumindo a forma de servo... humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte - e morte de cruz” (vv. 7-8).

O Apóstolo toca aqui o que constitui o ponto central e nevrálgico de toda a obra da redenção realizada por Cristo. Aqui se encontra também a plenitude do modelo salvífico para cada um dos redimidos. Aqui está o ponto culminante da imitação do Mestre. O mesmo princípio de imitação o encontramos enunciado também na Primeira Carta de São Pedro: “Se suportais o sofrimento quando fazeis o bem, isto é grato a Deus. De fato, para isso fostes chamados, pois também Cristo sofreu por vós, deixando-vos um exemplo, a fim de seguirdes os seus passos” (1Pd 2,20-21).

8. Na vida humana, o sofrimento tem o valor de uma prova moral. Significa sobretudo uma prova das forças do espírito humano. Tal prova tem um valor “libertador”: liberta as forças ocultas do espírito, permite-lhes manifestar-se e, ao mesmo tempo, se torna ocasião de purificação interior. Aqui se aplicam as palavras da parábola da videira e dos ramos proposta por Jesus, quando apresenta o Pai como aquele que cultiva a vinha: “Todo ramo que está em mim e não dá fruto, Ele o corta; e todo o ramo que dá fruto Ele o limpa (o poda), para que dê mais fruto” (Jo 15,2). Esse fruto, com efeito, depende de permanecermos (como os ramos) em Cristo, a videira, em seu sacrifício redentor, porque “sem Ele nada podemos fazer” (cf. Jo 15,5). Ao contrário, como afirma o Apóstolo Paulo, “tudo posso n’Aquele que me fortalece” (Fl 4,13). E o próprio Jesus diz: “Quem crê em mim, fará as obras que Eu faço...” (Jo 14,12).

9. A fé nesta força transformadora de Cristo em relação ao homem tem suas raízes mais profundas no eterno desígnio de Deus sobre a salvação humana: “De fato, os que Ele conheceu desde sempre, também os predestinou a se configurarem com a imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8,29). É nesse sentido que o Pai “poda” cada um dos ramos, como lemos na parábola (Jo 15,2). E por este caminho se realiza a gradual transformação do cristão segundo o modelo de Cristo, até o ponto em que n’Ele, como diz o Apóstolo na Segunda Carta aos Coríntios, “reflitamos como em um espelho a glória do Senhor e, na mesma imagem, nos transformemos, de glória em glória, pelo Espírito do Senhor” (cf. 2Cor 3,18).

10. Trata-se de um processo espiritual, do qual brota a vida: e, nesse processo, é a Morte generosa de Cristo que dá fruto, introduzindo na dimensão pascal da sua Ressurreição. Esse processo é iniciado em cada um de nós pelo Batismo, sacramento da Morte e Ressurreição de Cristo, como lemos na Carta aos Romanos: “Pelo Batismo fomos sepultados juntamente com Ele na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dos mortos por meio da glória do Pai, assim também nós caminhemos em uma vida nova” (Rm 6,4). Desde esse momento, o processo da transformação salvífica em Cristo se desenvolve em nós, “até chegarmos, todos juntos... ao estado de homem perfeito, à estatura do Cristo em sua plenitude” (Ef 4,13).

63. Cristo, modelo de vida filialmente unida ao Pai
João Paulo II - 24 de agosto de 1988

1. Jesus Cristo é o Redentor. Aquilo que constitui o centro e o ápice da sua missão, isto é, a obra da redenção, compreende também este aspecto: Ele se tornou o perfeito modelo da transformação salvífica do homem. Na realidade, todas as Catequeses anteriores deste ciclo se desenvolveram na perspectiva da redenção. Vimos que Jesus anuncia o Evangelho do Reino de Deus, mas também aprendemos d’Ele que só através da redenção por meio da Cruz e da Ressurreição o Reino entra definitivamente na história do homem. Então Ele “entregará” este Reino aos Apóstolos, para que permaneça e se desenvolva na história do mundo mediante a Igreja. É a redenção, com efeito, que porta consigo a “libertação” messiânica do homem, que passa da escravidão do pecado à vida na liberdade dos filhos de Deus.

2. Jesus Cristo é o modelo mais perfeito dessa vida, como vimos nos escritos apostólicos citados na última Catequese. O Filho consubstancial ao Pai, unido a Ele na divindade - “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30) -, mediante tudo o que “faz e ensina” (cf. At 1,1) constitui o único modelo, no seu gênero, de vida filial orientada e unida ao Pai. Referindo-se a este modelo, refletindo-o em nossa consciência e em nosso comportamento, podemos desenvolver em nós uma forma e uma orientação de vida “semelhante a Cristo”, na qual se expresse e se realize a verdadeira “liberdade dos filhos de Deus” (cf. Rm 8,21).

3. De fato, como indicamos diversas vezes, toda a vida de Jesus de Nazaré estava orientada ao Pai. Isto se manifesta já na resposta que deu aos seus pais quando tinha doze anos por ocasião do “reencontro no templo”: “Não sabíeis que Eu devo estar naquilo que é de meu Pai?” (Lc 2,49). No final da sua vida, na véspera da Paixão, “sabendo que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai” (Jo 13,1), esse mesmo Jesus dirá aos Apóstolos: “Vou preparar-vos um lugar. E depois que Eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde Eu estiver, estejais vós também... Na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo 14,2-3).

4. Do princípio até o fim esta orientação teocêntrica da vida e da ação de Jesus é clara e unívoca. Ele conduz os seus para o Pai”, criando um claro modelo de vida orientada ao Pai. “Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor” (Jo 15,10). E Jesus considera seu “alimento” este “permanecer no amor” do Pai, isto é, o cumprimento da sua vontade: “O meu alimento é fazer a vontade d’Aquele que me enviou e levar a termo sua obra” (Jo 4,34). É o que Ele diz aos seus discípulos junto ao poço de Jacó em Sicar. Já antes, durante o diálogo com a samaritana, Ele indicara que esse mesmo “alimento” deveria se tornar a herança espiritual dos seus discípulos e seguidores: “Mas vem a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade; pois são estes os adoradores que o Pai procura” (v. 23).

5. Os “verdadeiros adoradores” são, antes de tudo, aqueles que imitam Cristo no que faz. E Ele faz tudo imitando o Pai: “As obras que o Pai me deu para levá-las a termo, essas mesmas obras que Eu faço, dão testemunho em meu favor, de que o Pai me enviou” (Jo 5,36). Antes: “O Filho não pode fazer nada por si mesmo; Ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho o faz de modo semelhantes” (v. 19).

Deste modo encontramos um perfeito fundamento às palavras do Apóstolo, segundo as quais somos chamados a imitar Cristo (cf. 1Cor 11,1; 1Ts 1,6), e, consequentemente, imitar o próprio Deus: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos queridos” (Ef 5,1). A vida “que se assemelha a Cristo” é ao mesmo tempo uma vida semelhante à de Deus, no sentido mais pleno da palavra.

6. O conceito de “alimento” de Cristo, que durante a sua vida foi o cumprimento da vontade do Pai, se insere no mistério da sua obediência, que chegou até a morte de cruz (cf. Fl 2,8). Foi então um alimento amargo, como manifestado sobretudo durante a oração do Getsêmani e depois ao longo de toda a Paixão e a agonia da cruz: “Abbá, Pai! Tudo te é possível. Afasta de mim este cálice! Contudo, não seja o que Eu quero, mas o que Tu queres” (Mc 14,36). Para compreender essa obediência, para compreender também porque esse “alimento” teve de ser tão amargo, é preciso contemplar toda a história do homem sobre a terra, marcada pelo pecado, isto é, pela desobediência a Deus, Criador e Pai. O “Filho que liberta” (cf. Jo 8,36), liberta, portanto, mediante a sua obediência até a morte. E o faz revelando até o fim a sua entrega plena de amor: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). Neste doar-se, neste completo “abandonar-se” ao Pai, se afirma sobre toda a história da desobediência humana a contemporânea união divina do Filho com o Pai: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30). E aqui se expressa aquele que podemos definir o aspecto central da imitação à qual o homem é chamado em Cristo: “Todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12,50; Mc 3,35).

7. Com sua vida orientada completamente “para o Pai” e unida profundamente a Ele, Jesus Cristo é também modelo da nossa oração, da nossa vida de oração mental e vocal. Ele não só nos ensinou a rezar, principalmente no Pai-nosso (cf. Mt 6,9ss), mas o exemplo da sua oração é oferecido a nós como momento essencial da revelação do seu vínculo e da sua união com o Pai. Podemos dizer que na sua oração se confirma de um modo todo particular o fato de que “só o Pai conhece o Filho” e “só o Filho conhece o Pai” (cf. Mt 11,27; Lc 10,22).

Recordemos os momentos mais significativos da sua vida de oração. Jesus passa muito tempo em oração (por exemplo Lc 6,12; 11,1), especialmente nas horas noturnas, buscando os lugares mais adequados para isso (por exemplo Mc 1,35; Mt 14,23; Lc 6,12). Com a oração Ele se prepara para o batismo no Jordão (Lc 3,21) e para a instituição dos Doze Apóstolos (cf. Lc 6,12-13). Mediante a oração no Getsêmani se dispõe a enfrentar a Paixão e a Morte na cruz (cf. Lc 22,42). A agonia no Calvário está completamente impregnada de oração: do Salmo 21: “Meu Deus, por que me abandonaste?” (Sl 21,1), às palavras: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34), e ao abandono final: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). Sim, em sua vida e em sua morte Jesus é modelo de oração.

8. Sobre a oração de Cristo lemos na Carta aos Hebreus que “Ele, nos dias de sua vida terrena, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, Àquele que tinha poder de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua livre submissão. Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência, por aquilo que Ele sofreu” (Hb 5,7-8). Esta afirmação significa que Jesus Cristo cumpriu perfeitamente a vontade do Pai, o eterno desígnio de Deus acerca da redenção do mundo ao preço do sacrifício supremo por amor. Segundo o Evangelho de João, este sacrifício era não só uma glorificação do Pai por parte do Filho, mas também a glorificação do Filho, conforme as palavras da “oração sacerdotal” no Cenáculo: “Pai, chegou a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho te glorifique, assim como lhe deste autoridade sobre toda a carne, para que conceda a vida eterna a todos os que lhe deste” (Jo 17,1-2). É o que se cumpriu na cruz. A Ressurreição ao terceiro dia foi a confirmação e como que a manifestação da glória com que “o Pai glorificou o Filho” (cf. Jo 17,1). Toda a vida de obediência e de “piedade” filial de Cristo se fundia com a sua oração, que lhe obteve assim a glorificação definitiva.

9. Este espírito de filiação amorosa, obediente e piedosa, se reflete também no episódio já recordado, no qual os discípulos pediram a Jesus que “lhes ensinasse a rezar” (cf. Lc 11,1-2). Ele transmitiu a eles e a todas as gerações dos seus seguidores uma oração que começa com aquela síntese verbal e conceitual tão expressiva: “Pai nosso”. Essas palavras são a manifestação do espírito de Cristo, orientado filialmente ao Pai, e profundamente absorvido por “aquilo que é do Pai” (cf. Lc 2,49). Entregando a todos os tempos essa oração, Jesus nos transmitiu nela e com ela um modelo de vida filialmente unida ao Pai. Se queremos fazer nosso esse modelo de vida, se queremos, em particular, participar do mistério da redenção imitando Cristo, é preciso que não cessemos de rezar o “Pai-nosso” como Ele nos ensinou.

Jesus diante do Pai com os símbolos da Paixão
(Antonio del Castillo)

Tradução nossa a partir do texto italiano divulgado no site da Santa Sé (17 de agosto e 24 de agosto de 1988).

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