segunda-feira, 30 de junho de 2025

Natividade de São João Batista na Terra Santa (2025)

No dia 24 de junho de 2025 o até então Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, O.F.M., celebrou a Missa da Solenidade da Natividade de São João Batista em uma das capelas do Santuário de São João Batista na Montanha, na localidade de Ain Karem, próximo a Jerusalém.

Neste mesmo dia, com efeito, foi anunciada a eleição do novo Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Ielpo, O.F.M., da Província do Norte da Itália da Ordem dos Frades Menores, uma vez que o Padre Patton concluiu o seu segundo mandato nesse ofício.

Infelizmente este ano não foram divulgadas imagens das I Vésperas (oração da tarde da Liturgia das Horas), geralmente celebradas no dia 23 no Santuário de São João Batista no Deserto.

Imagem de São João Batista criança
Procissão de entrada
Incensação
Ritos iniciais
Liturgia da Palavra

domingo, 29 de junho de 2025

Homilia do Papa Bento XVI: São Pedro e São Paulo (2005)

Nesta Solenidade de São Pedro e São Paulo, Apóstolos, recordamos a homilia e a meditação durante o Ângelus proferidas pelo Papa Bento XVI (†2022) nesta ocasião há 20 anos.

Em sua homilia o Papa refletiu sobre as quatro notas da Igreja que professamos no Creio (Símbolo Niceno-Constantinopolitano): una, santa, católica e apostólica.

Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo
Concelebração Eucarística e Imposição do Pálio aos novos Arcebispos Metropolitanos
Homilia do Papa Bento XVI
Basílica de São Pedro
Quarta-feira, 29 de junho de 2005

Queridos irmãos e irmãs!
1. A festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo é ao mesmo tempo uma grata memória das grandes testemunhas de Jesus Cristo e uma solene confissão em favor da Igreja una, santa, católica e apostólica.

Antes de tudo é uma festa da catolicidade. O sinal do Pentecostes tornou-se realidade: a nova comunidade que fala todas as línguas e une todos os povos em um único povo, em uma família de Deus. A nossa assembleia litúrgica, na qual estão reunidos Bispos provenientes de todas as partes do mundo, pessoas de diversas culturas e nações, é uma imagem da família da Igreja distribuída por toda a terra. Estrangeiros tornaram-se amigos; para além de todos os confins, reconhecemo-nos irmãos. Com isto se cumpre a missão de São Paulo, que sabia ser “ministro de Jesus Cristo entre os pagãos... oferenda bem aceita santificada no Espírito Santo” (Rm 15,16).

Note-se a imagem de São Pedro e São Paulo na mitra do Papa

A finalidade da missão é uma humanidade que se tornou uma glorificação viva de Deus, o culto verdadeiro que Deus espera: eis o sentido mais profundo da catolicidade - uma catolicidade que já nos foi dada e para a qual, todavia, devemos sempre nos encaminhar de novo. A catolicidade não exprime só uma dimensão horizontal, a reunião de muitas pessoas na unidade; exprime também uma dimensão vertical: só dirigindo o olhar para Deus, só abrindo-se a Ele podemos nos tornar verdadeiramente uma coisa só. Como Paulo, assim também Pedro veio a Roma, à cidade que era o lugar de convergência de todos os povos e que precisamente por isso podia se tornar, antes de qualquer outra, expressão da universalidade do Evangelho. Empreendendo a viagem de Jerusalém a Roma, ele certamente sabia que era guiado pelas vozes dos profetas, pela fé e pela oração de Israel.

sábado, 28 de junho de 2025

Homilia do Papa João Paulo II: São Pedro e São Paulo (2000)

Celebrando a Solenidade de São Pedro e São Paulo, Apóstolos, recordamos a homilia e a meditação durante o Ângelus proferidas pelo Papa São João Paulo II (†2005) nesta ocasião há 25 anos, durante o Grande Jubileu do Ano 2000:

Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo
Concelebração Eucarística e Imposição do Pálio aos Arcebispos Metropolitanos
Homilia do Papa João Paulo II
Praça de São Pedro
Quinta-feira, 29 de junho de 2000

1. E vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16,15).
Jesus dirige aos discípulos esta pergunta sobre a sua identidade enquanto se encontra com eles na Alta Galileia. Muitas vezes acontecera que fossem eles a dirigir perguntas a Jesus; agora é Ele que os interpela. A sua pergunta é precisa e espera uma resposta. Simão Pedro toma a palavra em nome de todos: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v. 16).

A resposta é extraordinariamente lúcida. Nela se reflete de modo perfeito a fé da Igreja. Nela nos refletimos também nós. De modo particular, reflete-se nas palavras de Pedro o Bispo de Roma, que por vontade divina é seu indigno sucessor. E em volta dele e com ele vos refletis nessas palavras também vós, queridos Arcebispos Metropolitanos, aqui reunidos de várias partes do mundo para receber o Pálio na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo.

A cada um de vós dirijo a minha mais cordial saudação que, de bom grado, estendo a quantos vos acompanharam a Roma e às vossas Comunidades, espiritualmente unidas a nós nesta solene circunstância.


2.Tu és o Cristo!”. À confissão de Pedro, Jesus responde: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu” (v. 17).
És feliz, Pedro! És feliz porque esta verdade, que é central na fé da Igreja, não podia emergir na tua consciência de homem, senão por obra de Deus. Disse Jesus: “Ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11,27).

Reflitamos sobre esta passagem do Evangelho particularmente densa: o Verbo encarnado revelou o Pai aos seus discípulos; agora é o momento que o próprio Pai lhes revele o seu Filho Unigênito. Pedro acolhe a iluminação interior e proclama com coragem: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!”.

Arcebispos que receberam o pálio em 2025

No dia 29 de junho de 2025 o Papa Leão XIV celebra na Basílica Vaticana a Missa da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, Apóstolos, durante a qual tem lugar a bênção e imposição do pálio aos Arcebispos Metropolitanos nomeados durante o último ano.

Para saber mais sobre essa insígnia, clique aqui.

Confira nesta postagem a lista dos 54 Arcebispos que receberam o pálio, tanto aqueles nomeados durante o pontificado do Papa Francisco (†2025) - do final de junho de 2024 até abril de 2025 - como os primeiros nomeados pelo Papa Leão XIV - entre maio e junho deste ano. Estes provêm de 26 países e dois territórios [1] nos cinco continentes.

Vale lembrar que o próprio Papa recebeu o pálio de Bispo de Roma durante a Missa de Início do Ministério Petrino, no dia 18 de maio.


Dentre os Metropolitas estão cinco brasileiros e cinco que serão os primeiros Pastores das respectivas Sedes a receber o pálio, uma vez que essas foram elevadas a Arquidioceses Metropolitanas ao longo do último ano.

A lista a seguir, presente no livreto da celebração, começa com dois Cardeais e segue com os demais Metropolitas em ordem de nomeação:

1. Cardeal Stephen Brislin
Arcebispo Metropolitano de Johannesburg (África do Sul)
Nomeação: 28 de outubro de 2024


2. Cardeal Robert Walter McElroy
Arcebispo Metropolitano de Washington (EUA)
Nomeação: 06 de janeiro de 2025


3. Dom Raúl Biord Castillo, S.D.B.
Arcebispo Metropolitano de Caracas (Venezuela)
Nomeação: 28 de junho de 2024


4. Dom Jesús Andoni González de Zárate Salas
Arcebispo Metropolitano de Valencia en Venezuela (Venezuela)
Nomeação: 28 de junho de 2024


sexta-feira, 27 de junho de 2025

Homilia do Papa João Paulo II: Sagrado Coração (Ano C)

No dia 02 de junho de 1989 o Papa João Paulo II (†2005) celebrou a Missa da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus no Centro Esportivo «Idrettsbygget» da Universidade Técnica de Trondheim (Noruega) durante sua Viagem Apostólica ao país.

Durante a celebração, que reuniu os fiéis da Noruega Central, um grupo de crianças recebeu a primeira Comunhão, como o Papa destaca em sua homilia, meditando as leituras da Solenidade para o Ano C (Ez 34,11-16; Sl 22; Rm 5,5b-11; Lc 15,3-7).

Viagem Apostólica a Noruega, Islândia, Finlândia, Dinamarca e Suécia
Celebração Eucarística
Homilia do Papa João Paulo II
Centro Esportivo «Idrettsbygget», Universidade Técnica de Trondheim (Noruega)
Sexta-feira, 02 de junho de 1989

Caros irmãos e irmãs da Noruega Central!
1. Estou verdadeiramente contente de celebrar a Solenidade do Sagrado Coração convosco, aqui em Trondheim. Viestes das comunidades de Alesund, Molde, Kristiansund, Levanger e Trondheim.
Muitos de vós contribuíram com muito trabalho para que esse dia fosse um sucesso. Estou feliz com isso e agradeço a todos!

Viestes, como os peregrinos de outrora, a esta venerável cidade de Nidaros (agora Trondheim, às relíquias de Santo Olaf, que anunciou uma nova era de Cristianismo e de unificação nesta terra, embora não tenha vivido o suficiente para poder ver os frutos do seu trabalho. Seu filho - Magnus, o Bom - construiu a primeira igreja de madeira neste lugar, que rapidamente se tornou uma meta de peregrinação. Já em 1060 se celebrava uma Liturgia em honra de Santo Olaf até mesmo em Northumberland, na Grã-Bretanha. Também na Igreja Ortodoxa a memória de Santo Olaf é muito venerada: à sua intercessão foi atribuída a sobrevivência da Guarda Imperial de Constantinopla em um momento de perigo, quando, sob o Imperador Aleixo, enfrentou os búlgaros em batalha.

Imagem do Bom Pastor com o Coração em destaque
(Basílica de São Lourenço fora dos muros, Roma)

A Eucaristia foi um ponto central para as inumeráveis pessoais que vieram aqui ao longo dos séculos. Na Eucaristia recebemos Cristo, que instituiu este sacramento para poder permanecer conosco e viver em nós. Poderia haver dom maior? Cristo redimiu o mundo com o sacrifício do seu Corpo e do seu Sangue. Fazendo isso, Ele nos deu o alimento e a bebida para a vida eterna. Este alimento sacramental, sob as espécies do pão e do vinho, realmente “restaura as nossas almas”. Com efeito, Ele nos guia pelo caminho da fé, da esperança e da caridade todos os dias da nossa vida, para que possamos “viver na casa do Senhor”.

“O Senhor é o meu pastor, não me falta coisa alguma” (Sl 22,1).
A Liturgia de hoje coloca essas palavras do salmista nos lábios das crianças que receberão a primeira Comunhão nesta Missa. É particularmente apropriado que elas rezem hoje com essas maravilhosas palavras, quando nosso Senhor e Salvador prepara uma mesa eucarística para elas pela primeira vez. As palavras “o Senhor é o meu pastor” expressam uma esperança iluminada que elas podem repetir todas as vezes que receberem Jesus, o pão da vida.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Solenidade de Corpus Christi em Roma (2025)

Na tarde do domingo, 22 de junho de 2025, o Papa Leão XIV presidiu a Missa da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), transferida da quinta-feira, dia 19, no adro da Basílica do Latrão, a Catedral de Roma.

Seguiu-se a Procissão Eucarística até a Basílica de Santa Maria Maior, diante da qual o Papa concedeu a Bênção Eucarística.

Leão XIV foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Yala Banorani Djetaba. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Procissão de entrada
Incensação

Ritos iniciais

Homilia do Papa: Corpus Christi - Ano C (2025)

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
Santa Missa, Procissão e Bênção Eucarística
Homilia do Papa Leão XIV
Praça de São João do Latrão
Domingo, 22 de junho de 2025

Queridos irmãos e irmãs, é bom estar com Jesus. O Evangelho que acaba de ser proclamado o confirma, contando que as multidões ficavam horas e horas com Ele, que falava do Reino de Deus e curava os doentes (cf. Lc 9,11). A compaixão de Jesus pelos sofredores manifesta a amorosa proximidade de Deus, que vem ao mundo para nos salvar. Quando Deus reina, o homem é libertado de todo o mal. No entanto, a hora da provação chega também para aqueles que recebem de Jesus a boa nova. Naquele lugar deserto, onde as multidões ouviram o Mestre, cai a noite e não há nada para comer (v. 12). A fome do povo e o pôr-do-sol são sinais de um limite que paira sobre o mundo e sobre cada criatura: o dia termina, assim como a vida dos homens. É nesta hora, no tempo da indigência e das sombras, que Jesus permanece entre nós.


Justamente quando o sol se põe e a fome aumenta, enquanto os próprios Apóstolos pedem para despedir a multidão, Cristo surpreende-nos com a sua misericórdia. Ele tem compaixão do povo faminto e convida os seus discípulos a cuidar dele: a fome não é uma necessidade alheia ao anúncio do Reino e ao testemunho da salvação. Pelo contrário, esta fome diz respeito à nossa relação com Deus. Cinco pães e dois peixes, no entanto, não parecem suficientes para alimentar o povo: aparentemente razoáveis, os cálculos dos discípulos evidenciam, em vez disso, a sua falta de fé. Porque, na realidade, com Jesus há tudo o que é necessário para dar força e sentido à nossa vida.

Perante o grito da fome, Ele responde com o sinal da partilha: eleva os olhos, pronuncia a bênção, parte o pão e  de comer a todos os presentes (v. 16). Os gestos do Senhor não inauguram um complexo ritual mágico, mas testemunham com simplicidade a gratidão para com o Pai, a oração filial de Cristo e a comunhão fraterna que o Espírito Santo sustenta. Para multiplicar os pães e os peixes, Jesus divide os poucos que há: precisamente assim são suficientes para todos, e ainda sobram. Depois de terem comido - e terem comido até ficarem saciados -, recolheram doze cestos (v. 17).

terça-feira, 24 de junho de 2025

Ângelus: Corpus Christi - Ano C (2025)

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
Papa Leão XIV
Ângelus
Praça de São Pedro
Domingo, 22 de junho de 2025

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
Celebra-se hoje, em muitos países, a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, o Corpus Christi, e o Evangelho narra o milagre dos pães e dos peixes (Lc 9,11-17).

Para alimentar milhares de pessoas vindas para ouvi-lo e pedir curas, Jesus convida os Apóstolos a apresentarem o pouco que têm, abençoa os pães e os peixes e ordena que os distribuam a todos. O resultado é surpreendente: não só cada um recebe comida em quantidade suficiente, como sobra em abundância (v. 17).

O milagre, mais que um prodígio, é um “sinal” e recorda-nos que os dons de Deus, mesmo aqueles pequeninos, quanto mais são partilhados, mais crescem.

Porém, ao lermos tudo isto no dia do Corpus Christi, refletimos sobre uma realidade ainda mais profunda. Com efeito, sabemos que na raiz de toda a partilha humana há outra maior e anterior a ela: a de Deus para conosco. Ele, o Criador, que nos deu a vida, para nos salvar pediu a uma das suas criaturas para ser sua mãe e dar-lhe um corpo frágil, limitado e mortal, como o nosso, confiando-se a ela como uma criança. Partilhou assim, até às últimas consequências, a nossa pobreza e, para nos resgatar, escolheu servir-se do muito pouco que lhe podíamos oferecer (cf. Nicolau Cabasilas, A vida em Cristo, IV, 3).

Pensemos como é bom, quando oferecemos um presente - até mesmo pequeno, proporcional às nossas possibilidades -, ver que ele é apreciado por quem o recebe; como ficamos felizes quando sentimos que, apesar da sua simplicidade, aquele presente nos une ainda mais àqueles que amamos. Pois bem, na Eucaristia, entre nós e Deus, acontece exatamente isto: o Senhor acolhe, santifica e abençoa o pão e o vinho que colocamos sobre o Altar, juntamente com a oferta da nossa vida, e transforma-os no Corpo e Sangue de Cristo, Sacrifício de amor para a salvação do mundo. Deus une-se a nós acolhendo com alegria o que levamos e convida a nos unirmos a Ele, recebendo e partilhando com igual alegria o seu dom de amor. Desta forma - diz Santo Agostinho - como dos «grãos de trigo, unidos entre si... se forma um só pão, assim, na concórdia da caridade, se forma um único Corpo de Cristo» (Sermão 229/A, 2)

Caríssimos, nesta tarde faremos a Procissão Eucarística. Juntos celebraremos a Santa Missa e, depois, nos colocaremos a caminho, levando o Santíssimo Sacramento pelas ruas da nossa cidade. Cantaremos, rezaremos e, por fim, nos reuniremos diante da Basílica de Santa Maria Maior para implorar a Bênção do Senhor sobre as nossas casas, sobre as nossas famílias e sobre toda a humanidade. Que esta Celebração seja um sinal luminoso do nosso compromisso de sermos todos os dias, a partir do Altar e do Sacrário, portadores de comunhão e de paz uns para os outros, na partilha e na caridade.

Multiplicação dos pães (Francisco de Goya)

Fonte: Santa Sé.

Solenidade de Corpus Christi em Jerusalém (2025)

Na quinta-feira, 19 de junho de 2025, o Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, presidiu a Missa da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) na Basílica do Santo Sepulcro.

As celebrações tiveram início na quarta-feira, dia 18, com as I Vésperas (oração da tarde da Liturgia das Horas) presididas pelo Patriarca.

Na quinta-feira, por sua vez, a Missa foi precedida pelas Laudes (oração da manhã) e seguida pela Procissão Eucarística ao redor da Edícula do Santo Sepulcro, concluindo com a Bênção Eucarística.

18 de junho: I Vésperas

Procissão de entrada
Hino das Vésperas
Salmodia
Incensação durante o Magnificat

19 de junho: Laudes, Missa e Procissão Eucarística

O Patriarca paramentado para as Laudes

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Discurso do Papa Leão XIV sobre a música sacra (2025)

Na tarde do dia 18 de junho de 2025 o Papa Leão XIV encontrou-se na Sala Régia do Palácio Apostólico com os participantes de um evento promovido pela Fundação Cardeal Domenico Bartolucci por ocasião dos 500 anos do nascimento de Giovanni Pierluigi da Palestrinagrande compositor italiano do Renascimento.

Após o lançamento de um selo comemorativo (com uma imagem realizada pelo pintor espanhol Raúl Berzosa) e uma apresentação musical, o Papa proferiu um breve discurso, destacando a figura de Palestrina e a importância da música sacra:

Papa Leão XIV
Discurso aos participantes do evento promovido pela Fundação Domenico Bartolucci no 500° aniversário do nascimento de Giovanni Pierluigi da Palestrina
Sala Régia do Palácio Apostólico
Quarta-feira, 18 de junho de 2025

Queridos irmãos e irmãs, boa tarde!
Depois de ter escutado estas vozes angelicais, quase seria melhor não falar e deixar-nos com esta belíssima experiência...

Gostaria de saudar Sua Eminência o Cardeal Dominique Mamberti, a Irmã Raffaella Petrini, os estimados Relatores e os ilustres convidados. Com alegria participo deste encontro no qual, com palavras e com música, celebramos a nova Emissão Filatélica promovida pela Fundação Bartolucci e realizada pelos Correios Vaticanos por ocasião do 5º Centenário de Palestrina.

Apresentação musical diante da Capela Paulina

Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594) foi, na história da Igreja, um dos compositores que mais contribuiu à promoção da música sacra, para «a glória de Deus e a santificação e edificação dos fiéis» (São Pio X, Motu proprio Tra le sollecitudini, 22 de novembro de 1903, n. 1), no contexto delicado e ao mesmo tempo apaixonante da Contrarreforma. As suas composições, solenes e austeras, inspiradas no canto gregoriano, unem estreitamente música e Liturgia, «quer dando mais doçura à oração e favorecendo maior harmonia, quer dando mais solenidade aos ritos sagrados» (Concílio Vaticano II, Constituição Sacrosanctum Concilium, n. 112).

sábado, 21 de junho de 2025

Ordenações Diaconais em Jerusalém (2025)

No domingo, 15 de junho de 2025, o Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, presidiu a Missa da Solenidade da Santíssima Trindade (Ano C) na igreja do Santíssimo Salvador em Jerusalém, sede da Custódia Franciscana da Terra Santa, para a Ordenação Diaconal de quatorze religiosos da Ordem dos Frades Menores (franciscanos).

Note-se em algumas fotos o altar lateral com a imagem e a relíquia de Santo Antônio de Pádua, patrono da Custódia da Terra Santa.

Procissão de entrada
Incensação do altar
Ritos iniciais
Homilia

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Fotos da Missa no Jubileu do Esporte (2025)

Na manhã do domingo, 15 de junho de 2025, o Papa Leão XIV presidiu a Missa da Solenidade da Santíssima Trindade (Ano C) na Basílica de São Pedro por ocasião do Jubileu do Esporte.

O Papa foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Didier Jean-Jacques Bouable. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Procissão de entrada
Ósculo do altar
Incensação

Sinal da cruz

Homilia do Papa: Jubileu do Esporte (2025)

Solenidade da Santíssima Trindade (Ano C)
Jubileu do Esporte
Homilia do Papa Leão XIV
Basílica de São Pedro
Domingo, 15 de junho de 2025

Queridos irmãos e irmãs,
Na 1ª leitura ouvimos as seguintes palavras: «Assim fala a Sabedoria de Deus: “O Senhor me possuiu como primícia de seus caminhos... Quando preparava os céus, ali estava eu... eu estava ao seu lado como mestre-de-obras; eu era seu encanto, dia após dia, brincando, todo o tempo, em sua presença, brincando na superfície da terra, e alegrando-me em estar com os filhos dos homens”» (Pr 8,22.27.30-31). Para Santo Agostinho, a Trindade e a sabedoria estão intimamente ligadas. A sabedoria divina é revelada na Santíssima Trindade e a sabedoria leva-nos sempre à verdade.

Hoje, enquanto celebramos a Solenidade da Santíssima Trindade, vivemos os dias do Jubileu do Esporte. O binômio Trindade-esporte não é usado com muita frequência, mas a associação não é descabida. Na verdade, toda boa atividade humana traz em si um reflexo da beleza de Deus, e certamente o esporte está entre elas. Afinal, Deus não é estático, nem está fechado em si mesmo. É comunhão, relação viva entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que se abre à humanidade e ao mundo. A teologia denomina essa realidade de pericorese, ou seja, “dança”: uma dança de amor recíproco.


A vida brota desse dinamismo divino. Fomos criados por um Deus que se compraz e se alegra em dar a existência às suas criaturas e que “brinca”, como nos recordou a 1ª leitura (cf. Pr 8,30-31). Alguns Padres da Igreja chegam mesmo a falar, com ousadia, de um Deus ludens, de um Deus que se diverte (cf. São Salônio de Genebra, In Parabolas Salomonis expositio mystica; São Gregório Nazianzeno, Carmina, I, 2, 589). Eis a razão pela qual o esporte pode ajudar-nos a encontrar o Deus Trino: porque exige um movimento do “eu” para o outro, movimento que é certamente exterior, mas também e sobretudo interior. Sem isso, o esporte se reduz a uma estéril competição de egoísmos.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Homilia do Papa Bento XVI: Corpus Christi (2005)

Nesta Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo recordamos a homilia proferida pelo Papa Bento XVI (†2022) nesta ocasião há 20 anos, no primeiro Corpus Christi do seu pontificado.

Na ocasião foram proferidas as leituras do Ano A. Contudo, a homilia do Papa centrou-se no significado da procissão eucarística:

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
Santa Missa e Procissão Eucarística
Homilia do Papa Bento XVI
Adro da Basílica de São João do Latrão
Quinta-feira, 26 de maio de 2005

Amados irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Queridos irmãos e irmãs!
Na festa de Corpus Christi a Igreja revive o mistério da Quinta-feira Santa à luz da Ressurreição. Também a Quinta-feira Santa conhece uma procissão eucarística, com a qual a Igreja repete o êxodo de Jesus do Cenáculo para o Monte das Oliveiras. Em Israel celebrava-se a noite de Páscoa em casa, na intimidade da família. Fazia-se assim memória da primeira Páscoa, no Egito - da noite em que o sangue do cordeiro pascal, aspergido no frontal e nos umbrais das casas, protegia contra o exterminador. Jesus, naquela noite, sai e entrega-se ao traidor, ao exterminador e, precisamente assim, vence a noite, vence as trevas do mal. Só desta forma, o dom da Eucaristia, instituída no Cenáculo, encontra o seu cumprimento: Jesus entrega realmente o seu Corpo e o seu Sangue. Atravessando o limiar da morte, torna-se pão vivo, verdadeiro maná, alimento inexaurível para todos os séculos. A carne torna-se pão de vida.


Na procissão da Quinta-feira Santa, a Igreja acompanha Jesus ao Monte das Oliveiras: a Igreja orante sente um desejo profundo de vigiar com Jesus, de não deixá-lo sozinho na noite do mundo, na noite da traição, na noite da indiferença de muitos. Na festa de Corpus Christi retomamos esta procissão, mas na alegria da Ressurreição. O Senhor ressuscitou e nos precedeu. Nos relatos da Ressurreição há uma característica comum e fundamental; os anjos dizem: o Senhor “vai à vossa frente para a Galileia. Lá vós o vereis” (Mt 28,7). Considerando isto mais de perto, podemos dizer que este “preceder” de Jesus exige uma dupla direção. A primeira é, como ouvimos, a Galileia. Em Israel, a Galileia era considerada como a porta que se abre para o mundo dos pagãos. E, na realidade, precisamente na Galileia, no monte, os discípulos veem Jesus, o Senhor, que lhes diz: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos” (v. 19). A outra direção do preceder por parte do Ressuscitado aparece no Evangelho de João, nas palavras de Jesus a Madalena: “Não me segures. A ainda não subi para junto do Pai” (Jo 20,17). Jesus nos precede junto do Pai, eleva-se à altura de Deus e convida-nos a segui-lo. Estas duas direções do caminho do Ressuscitado não se contradizem, mas indicam juntas o caminho do seguimento de Cristo. A verdadeira meta do nosso caminho é a comunhão com Deus - o próprio Deus é a casa com muitas moradas (cf. Jo 14,2s). Mas só podemos subir a esta morada indo “em direção à Galileia”, indo pelos caminhos do mundo, levando o Evangelho a todas as nações, levando o dom do seu amor aos homens de todos os tempos. Por isso o caminho dos Apóstolos prolongou-se até os “confins da terra” (cf. At 1,6s); assim São Pedro e São Paulo vieram até Roma, cidade que na época era o centro do mundo conhecido, verdadeira “caput mundi”.

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Homilia do Papa João Paulo II: Corpus Christi (2000)

Por ocasião da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) recordamos a homilia proferida pelo Papa São João Paulo II (†2005) nesta Solenidade há 25 anos, durante o Grande Jubileu do Ano 2000 e o XLVII Congresso Eucarístico Internacional.

Como é possível deduzir a partir da homilia do Papa, foram proclamadas as leituras da Solenidade de Corpus Christi para o Ano C (Gn 14,18-20; Sl 109; 1Cor 11,23-26; Lc 9,11b-17) [1].

Santa Missa na Solenidade de Corpus Christi
Homilia do Papa João Paulo II
Adro da Basílica de São João do Latrão
Quinta-feira, 22 de junho de 2000

1. instituição da Eucaristia, sacrifício de Melquisedec e a multiplicação dos pães: é este o sugestivo tríptico que nos é apresentado pela Liturgia da Palavra da hodierna Solenidade do Corpus Christi.

No centro, a instituição da Eucaristia. Na Primeira Carta aos Coríntios, que há pouco escutamos, São Paulo evocou com palavras específicas este evento, acrescentando: “Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a Morte do Senhor, até que Ele venha” (1Cor 11,26). “Todas as vezes”: portanto, também nesta tarde, no coração do Congresso Eucarístico Internacional, nós, ao celebrarmos a Eucaristia, anunciamos a Morte redentora de Cristo e reavivamos no nosso coração a esperança do encontro definitivo com Ele.

Conscientes disto, após a consagração, como que respondendo ao convite do Apóstolo, proclamamos: “Anunciamos, Senhor, a vossa Morte e proclamamos a vossa Ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”.


2. O olhar se alarga aos outros elementos do tríptico bíblico posto hoje diante da nossa meditação: o sacrifício de Melquisedec e a multiplicação dos pães.

A primeira narração, brevíssima, mas de grande relevo, é tirada do Livro do Gênesis e foi proclamada na 1ª leitura. Ela fala-nos de Melquisedec, “rei de Salém” e “sacerdote do Deus Altíssimo”, o qual abençoou Abrão e “ofereceu pão e vinho” (Gn 14,18). A esta passagem faz referência o Salmo 109, que atribui ao Rei-Messias um singular caráter sacerdotal por direta investidura de Deus: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem do rei Melquisedec” (v. 4).

Solenidade de Santo Antônio em Jerusalém (2025)

Entre os dias 12 e 13 de junho de 2025 o Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, presidiu as celebrações da Solenidade de Santo Antônio de Pádua, Presbítero e Doutor da Igreja, na igreja do Santíssimo Salvador em Jerusalém, recordado aqui com o grau de Solenidade por ser o Patrono da Custódia Franciscana da Terra Santa.

Na tarde da quinta-feira, dia 12, o Custódio presidiu a oração das I Vésperas com a tradicional bênção dos pães de Santo Antônio e na manhã da sexta-feira, dia 13, a Missa da Solenidade.

12 de junho: I Vésperas

Altar de Santo Antônio
Oração das Vésperas
Homilia
Bênção dos pães
Bênção com a relíquia do Santo

terça-feira, 17 de junho de 2025

Fotos do Consistório para Causas de Canonização (2025)

Na manhã da sexta-feira, 13 de junho de 2025, Memória de Santo Antônio de Pádua, Presbítero e Doutor da Igreja, o Papa Leão XIV presidiu um Consistório Ordinário Público para algumas Causas de Canonização na Sala do Consistório do Palácio Apostólico.

Como de costume, o Consistório foi precedido pela Oração da Hora Média (9h) da Liturgia das Horas. Em seguida o Cardeal Marcello Semeraro, Prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, fez o pedido para a Canonização dos Beatos:
- Ignatius Shoukrallah Maloyan, Bispo e Mártir
- Peter To Rot, Catequista Leigo e Mártir
- Vincenza Maria Poloni, Religiosa
- María Carmen Rendiles Martínez, Religiosa
- Maria Troncatti, Religiosa
- José Gregório Hernández Cisneros, Leigo
- Pier Giorgio Frassati, Leigo
- Bartolo Longo, Leigo

Para saber mais sobre os futuros Santos, confira nossa postagem anterior.

O Papa anunciou que o Beato Pier Giorgio Frassati será canonizado no dia 07 de setembro junto com o Beato Carlo Acutis, Leigo, cuja canonização já havia sido aprovada no Consistório de 01 de julho de 2024 e estava inicialmente prevista para 27 de abril de 2025, sendo adiada devido à Sede vacante. Os demais Beatos, por sua vez, serão canonizados no dia 19 de outubro.

O Santo Padre foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Marco Agostini.

Hora Média: Hino
Salmodia


Oração

Definidas datas das próximas Canonizações (2025)

Na sexta-feira, 13 de junho de 2025, durante o Consistório Ordinário Público para algumas Causas de Canonização o Papa Leão XIV anunciou que neste ano de 2025 serão canonizados nove santos em duas celebrações: 07 de setembro e 19 de outubro.

Domingo, 07 de setembro de 2025

Carlo Acutis, Leigo (†2006, Itália)
Adolescente italiano falecido aos 15 anos que se destacou por sua devoção e apostolado na internet. Beatificado por mandato do Papa Francisco em 2020.
Sua canonização já havia sido aprovada no Consistório de 01 de julho de 2024 e estava inicialmente prevista para 27 de abril de 2025, sendo adiada devido à Sede vacante.
Comemoração: 12 de outubro


Pier Giorgio Frassati, Leigo (†1925, Itália)
Jovem italiano falecido aos 24 anos que se destacou por sua ação social, caritativa e esportiva. Beatificado pelo Papa João Paulo II em 1990.
Comemoração: 04 de julho


Domingo, 19 de outubro de 2025

Ignatius Shoukrallah Maloyan, Bispo e Mártir (†1915, Turquia)
Arcebispo católico armênio de Mardin (Turquia) martirizado durante o genocídio armênio. Beatificado pelo Papa João Paulo II em 2001.
Comemoração: 11 de junho


Peter To Rot, Catequista Leigo e Mártir (†1945, Papua Nova Guiné)
Catequista e pai de família martirizado durante a invasão japonesa a Papua Nova Guiné. Destacou-se por sua defesa do matrimônio e da família. Beatificado pelo Papa João Paulo II durante sua visita ao país em 1995.
Comemoração: 07 de julho


Vincenza Maria Poloni, Religiosa (†1855, Itália)
Fundadora do Instituto das Irmãs da Misericórdia de Verona (Itália). Beatificada por mandato do Papa Bento XVI em 2008.
Comemoração: 11 de novembro