Missa na igreja de Santo Estanislau em Roma
Homilia do Papa Francisco
III
Domingo de Páscoa, 04 de abril de 2014
No trecho dos Atos dos Apóstolos ouvimos a voz de Pedro, que
anuncia com vigor a Ressurreição de Jesus (At 2,14.22-33). Pedro é a testemunha da esperança
que está em Cristo. E na 2ª Leitura é ainda Pedro que confirma os fiéis na
fé em Cristo, escrevendo: «Vós, por meio dele acreditais em Deus, que o
ressuscitou dos mortos..., para que a vossa fé e a vossa esperança sejam
dirigidas para Deus» (1Pd 1,21).
Pedro é o ponto de referência firme da comunidade porque está
fundado na Rocha que é Cristo.
Foi assim João Paulo II, verdadeira pedra ancorada na
grande Rocha.
Uma semana depois da canonização de João XXIII e de João Paulo II,
reunimo-nos nesta igreja dos poloneses em Roma, para agradecer ao Senhor o dom do
santo Bispo de Roma, filho da vossa nação. Nesta igreja onde Ele veio mais de
80 vezes! Nas diversas fases da sua vida e da vida da Polônia, ele veio sempre
aqui.
Nos momentos de tristeza e de abatimento, quando tudo parecia
estar perdido, ele não perdia a esperança, porque a sua fé e a sua esperança
estavam fixas em Deus (cf. 1Pd 1,21). E assim era pedra,
rocha para esta comunidade, que aqui reza, aqui ouve a Palavra, prepara os
Sacramentos e os administra, acolhe quem precisa, canta e festeja, e daqui
volta a partir para as periferias de Roma...
Vós, irmãos e irmãs, fazeis parte de um povo que foi muito provado
na sua história. O povo polonês sabe bem que para entrar na glória é preciso
passar através da paixão e da cruz (cf. Lc 24,26). E sabe isto não porque o
estudou, mas porque o viveu. São João Paulo II, como digno filho da sua pátria
terrena, seguiu este caminho. Seguiu-o de modo exemplar, recebendo de Deus um
despojamento total. Por isto «a sua carne repousa na esperança» (cf. At 2,26; Sl 16,9).
E nós? Estamos dispostos a seguir este caminho?
Vós, queridos irmãos, que formais hoje a comunidade cristã dos
poloneses em Roma, quereis seguir este caminho?
São Pedro, também com a voz de são João Paulo II, diz-vos:
«Comportai-vos com temor de Deus no tempo em que viveis aqui na terra como
estrangeiros» (1Pd 1,17). É verdade, somos viandantes, mas não errantes! A caminho, mas sabemos para
onde vamos! Os errantes não sabem. Somos peregrinos, mas não vadios - como
dizia são João Paulo II.
Os dois discípulos de Emaús à ida eram errantes, não sabiam para
onde iam, mas na volta não! Na volta eram testemunhas da esperança que é
Cristo! Porque tinham-no encontrado, a Ele, viandante Ressuscitado. Este é
Jesus, é o Viandante Ressuscitado que caminha conosco. Jesus hoje está aqui,
está aqui entre nós. Está aqui na sua Palavra, está aqui no altar, caminha
conosco, é o Viandante Ressuscitado.
Também nós podemos tornar-nos «viandantes ressuscitados», se a sua
Palavra inflamar o nosso coração, e a sua Eucaristia nos abrir os olhos para a
fé e nos alimentar de esperança e de caridade. Também nós podemos caminhar ao
lado dos irmãos e das irmãs que estão tristes e desesperados, e inflamar o seu
coração com o Evangelho, e repartir com eles o pão da fraternidade.
São João Paulo II nos ajude a ser «viandantes ressuscitados».
Amém.
Fonte: Santa Sé.
André, boa tarde!
ResponderExcluirPq no 3 Domingo da Pascoa tem sugestao de fazer a Aspersão?
Qual significado de ser neste Domingo e não nos outros?
O rito da bênção e aspersão da água no lugar do Ato Penitencial pode ser realizado em todos os domingos, Páscoa semanal, sendo particularmente recomendado nos domingos do Tempo Pascal, como memória do Batismo, pelo qual participamos na Morte-Ressurreição de Cristo (cf. Instrução Geral sobre o Missal Romano, 3ª edição, n. 51; Missal Romano, pp. 1001-1004).
ExcluirNão há uma normativa específica para o III Domingo da Páscoa. O rito é recomendado para todos os domingos.