sábado, 22 de novembro de 2025

Ângelus: XXXIII Domingo do Tempo Comum - Ano C (2025)

Papa Leão XIV
Ângelus
Praça de São Pedro
Domingo, 16 de novembro de 2025

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
Enquanto o Ano Litúrgico chega ao fim, o Evangelho de hoje (Lc 21,5-19) nos faz refletir sobre as tribulações da história e o fim das coisas. Porque conhece o nosso coração, Jesus, ao olhar para esses acontecimentos, convida-nos antes de tudo a não nos deixarmos vencer pelo medo: «Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções - diz Ele - não fiqueis apavorados» (v. 9).

O seu apelo é muito atual: infelizmente, recebemos diariamente notícias de conflitos, calamidades e perseguições que atormentam milhões de homens e mulheres. Tanto diante dessas aflições quanto diante da indiferença que quer ignorá-las, as palavras de Jesus anunciam que a agressão do mal não pode destruir a esperança daqueles que confiam n’Ele. Quanto mais a hora é escura como a noite, mais a fé brilha como o sol.

Efetivamente, Cristo afirma duas vezes que «por causa do seu nome» muitos sofrerão violência e traição (vv. 12.17), mas precisamente nesse momento terão a ocasião de dar testemunho (v. 13). Seguindo o exemplo do Mestre, que na Cruz revelou a imensidão do seu amor, esse encorajamento diz respeito a todos nós. Com efeito, a perseguição aos cristãos não acontece apenas com armas e maus-tratos, mas também com as palavras, ou seja, através da mentira e da manipulação ideológica. Sobretudo quando oprimidos por esses males físicos e morais, somos chamados a dar testemunho da verdade que salva o mundo, da justiça que liberta os povos da opressão, da esperança que indica a todos o caminho da paz.

No seu estilo profético, as palavras de Jesus atestam que os desastres e as dores da história têm um fim, enquanto está destinada a durar para sempre a alegria daqueles que reconhecem n’Ele o Salvador. «É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!» (v. 19): esta promessa do Senhor nos infunde a força para resistir a todas as ofensas e aos acontecimentos ameaçadores da história; não ficamos impotentes diante da dor, porque Ele mesmo nos dá «palavras acertadas» (v. 15) para praticarmos constantemente o bem com coração ardente.

Caríssimos, ao longo de toda a história da Igreja são principalmente os mártires que nos lembram que a graça de Deus é capaz de transfigurar até mesmo a violência em sinal de redenção. Por isso, unindo-nos aos nossos irmãos e irmãs que sofrem pelo nome de Jesus, procuremos com confiança a intercessão de Maria, auxílio dos cristãos. Em todas as provações e dificuldades, que a Virgem Santa nos console e sustente.


Fonte: Santa Sé.

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