Jesus tem o poder de julgar e de perdoar os pecados: esta é a reflexão que o Papa São João Paulo II nos oferece em suas Catequeses nn. 28-29 sobre Jesus Cristo.
Catequeses do Papa João Paulo II sobre o Creio
CREIO EM JESUS CRISTO
28. Jesus Cristo tem o poder de
julgar
João Paulo II - 30 de setembro
de 1987
1. Deus é o juiz dos vivos
e dos mortos. O juiz último. O juiz de todos.
Na catequese que precede a vinda do
Espírito Santo sobre os pagãos, São Pedro proclama sobre Cristo: “Deus o constituiu
juiz dos vivos e dos mortos” (At 10,42). Este divino poder (“exousia”) está,
já no ensinamento de Cristo, vinculado ao Filho do homem. O conhecido
texto sobre o juízo final do Evangelho de Mateus começa com as palavras:
“Quando o Filho do homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, Ele
se assentará em seu trono glorioso. Todas as nações da terra serão reunidas
diante d’Ele, e separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos”
(Mt 25,31-32). O texto fala então do desenvolvimento do processo
e anuncia a sentença, de aprovação: “Vinde, benditos de meu Pai! Recebei
em herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo” (v. 34); e
de condenação: “Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado
para o diabo e para os sus anjos” (v. 41).
Juízo final (Santuário da Imaculada Conceição - Washington, EUA) |
2. Jesus Cristo, que é Filho do homem,
é ao mesmo tempo verdadeiro Deus porque tem o poder divino
de julgar as obras e as consciências humanas, e este poder é definitivo e
universal. Ele mesmo explica por que possui este poder dizendo: “O Pai não julga
ninguém, mau deu todo o poder de julgar ao Filho, para que todos honrem o Filho,
como honram o Pai” (Jo 5,22-23).
Jesus vincula este poder à capacidade
de dar a vida: “Assim como o Pai ressuscita
os mortos e os faz viver, o Filho também faz viver a quem Ele quer” (Jo 5,21).
“Assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo deu ao Filho possuir
a vida em si mesmo. Além disso, deu-lhe autoridade para julgar, porque é o Filho
do homem” (vv. 26-27). Portanto, segundo esta afirmação de Jesus, o
poder divino de julgar está vinculado à missão de Cristo como Salvador, como Redentor do
mundo. E o próprio “julgar” pertence à obra da salvação, à ordem da salvação: é
um ato salvífico definitivo. Com efeito, a finalidade do juízo é a participação
plena na vida divina como último dom feito ao homem: o cumprimento
definitivo da sus vocação eterna. Ao mesmo tempo, o poder de julgar se
vincula com a revelação exterior da glória do Pai no seu Filho como Redentor do
homem: “O Filho do homem está para vir na glória de seu Pai... e então retribuirá
a cada um de acordo com o que tiver feito” (Mt 16,27). A ordem
da justiça foi inscrita, desde o princípio, na ordem da graça. O juízo final deve
ser a confirmação definitiva deste vínculo: Jesus diz claramente que “os justos
brilharão como o sol no reino de seu Pai” (Mt 13,43), mas não menos
claramente anuncia também a rejeição daqueles que praticam a iniquidade (cf. Mt 7,23).
Com efeito, como mostra a parábola
dos talentos (Mt 25,14-30), a medida do juízo será
a colaboração com o dom recebido de Deus, a colaboração com a
graça ou a rejeição desta.
3. O poder divino de julgar todos e
cada um pertence ao Filho do homem. O texto clássico do Evangelho de Mateus
(Mt 25,31-46) põe particular ênfase no fato de que Cristo exerce este
poder não só como Deus-Filho, mas também como Homem. Exerce-o -
e pronuncia as sentenças - em nome da solidariedade com cada homem, que recebe
dos outros o bem ou o mal: “Eu estava com fome e me destes de comer” (Mt 25,35),
ou então: “Eu estava com fome e não me destes de comer” (v. 42). “Matéria”
fundamental do juízo são as obras de caridade em relação ao homem, ao próximo.
Cristo se identifica precisamente com este próximo: “Todas as vezes que
fizestes isso a um destes mínimos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!”
(v. 40); “Todas as vezes que não fizestes isso... foi a mim que o
deixastes de fazer!” (v. 45).
Segundo este texto de Mateus, cada
um será julgado sobretudo pelo amor. Mas não há dúvida de que os homens
serão julgados também por sua fé: “Todo aquele que
se declarar por mim diante dos homens, o Filho do homem se declarará por
ele diante dos anjos de Deus” (Lc 12,8); “Se alguém se envergonhar
de mim e das minhas palavras, o Filho do homem também se envergonhará dele quando
vier na sua glória e na glória do Pai” (Lc 9,26; cf. também Mc 8,38).
4. Do Evangelho aprendemos, pois,
esta verdade - que é uma das verdades fundamentais da fé -, isto é, que Deus é juiz
de todos os homens de modo definitivo e universal e que este poder foi
entregue pelo Pai ao Filho (cf. Jo 5,22) em estreita
relação com sua missão salvífica. Atestam-no de modo particularmente eloquente as
palavras pronunciadas por Jesus durante o diálogo noturno com Nicodemos: “Deus enviou
seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja
salvado por meio d’Ele” (Jo 3,17).
Se é verdade que Cristo, como resulta
especialmente dos Sinóticos, é juiz em sentido escatológico, é igualmente verdade
que o poder divino de julgar está relacionado com a vontade
salvífica de Deus, que se manifesta em toda a missão messiânica de
Cristo, como é enfatizado especialmente por João: “Eu vim a este mundo para um julgamento,
a fim de que os que não veem, passem a ver; e os que veem, tornem-se cegos” (Jo 9,39).
“Se alguém ouve as minhas palavras e não as observa, não sou Eu que
o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo” (Jo 12,47).
5. Sem dúvida Cristo é e se apresenta
sobretudo como Salvador. Não considera sua missão julgar os
homens segundo princípios somente humanos (cf. Jo 8,15). Ele
é, antes de tudo, Aquele que ensina o caminho da salvação, e não o
acusador dos culpados. “Não penseis que vos acusareis diante do Pai. Há outro
que vos acusa: Moisés... pois foi a meu respeito que ele escreveu” (Jo 5,45-46). Em que consiste, pois, o juízo?
Jesus responde: “O julgamento consiste nisso: a luz veio ao mundo, mas os homens
amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más” (Jo 3,19).
6. É preciso dizer, portanto, que diante
desta Luz que é Deus revelado em Cristo, diante desta Verdade, em certo sentido
são as próprias obras que julgam a cada um. A vontade de salvar o
homem por parte de Deus tem a sua manifestação definitiva nas palavras e nas
obras de Cristo, em todo o Evangelho, até o Mistério Pascal da Cruz e da Ressurreição.
Essa vontade se torna, ao mesmo tempo, o fundamento mais profundo,
por assim dizer, o critério central do juízo sobre
as obras e consciências humanas. É sobretudo neste sentido que “o Pai... deu todo
o poder de julgar ao Filho” (Jo 5,22), oferecendo n’Ele a possibilidade
de salvação a todo homem.
7. Neste mesmo sentido,
infelizmente, o homem já está condenado quando rejeita a possibilidade
que lhe oferecida: “Que n’Ele crê não é julgado, mas quem não crê já está julgado”
(Jo 3,18). Não crer quer dizer precisamente rejeitar a salvação
oferecida ao homem em Cristo: “não creu no nome do Filho Unigênito de Deus”
(ibid.). É a mesma verdade anunciada na profecia do velho Simeão, relatada
no Evangelho de Lucas, quando anunciava que Cristo “é destinado a ser causa
de queda e de reerguimento de muitos em Israel, a ser sinal de
contradição” (Lc 2,34). O mesmo se pode dizer da alusão à “pedra
que os construtores rejeitaram” (cf. Lc 20,17-18).
8. É, porém, verdade de fé que “o Pai...
deu todo o poder de julgar ao Filho” (Jo 5,22). Ora, se o poder
divino de julgar pertence a Cristo, é sinal de que Ele, o Filho do homem,
é verdadeiro Deus, porque só a Deus pertence o juízo. E dado que este poder
de juízo está profundamente unido à vontade de salvação, como nos mostra o Evangelho,
este poder é uma nova Revelação do Deus da aliança, que vem aos
homens como Emmanuel para libertá-los da escravidão do mal. É a
revelação cristã do Deus que é Amor.
Fica assim corrigido aquele modo
demasiado humano de conceber o juízo de Deus, visto apenas como fria justiça, ou
mesmo como vingança. Na realidade tal expressão, de clara derivação bíblica,
aparece como o último elo do amor de Deus: Deus julga porque ama e em vista do
amor. O juízo que o Pai confia a Cristo é segundo a medida do amor do Pai e da
nossa liberdade.
29. Jesus Cristo tem o poder de perdoar
os pecados
João Paulo II - 07 de outubro
de 1987
1. Ligado ao poder divino
de julgar que, como vimos na Catequese anterior, Jesus Cristo atribui
a si e os evangelistas, especialmente João, nos dão a conhecer, está o poder
de perdoar os pecados. Vimos que o poder divino de julgar a cada um
e a todos - destacado sobretudo na descrição apocalíptica do juízo final - está
profundamente ligado à vontade divina de salvar o homem em Cristo e por meio de
Cristo. O primeiro momento da realização da salvação é a remissão dos pecados.
Podemos dizer que a verdade
revelada sobre o poder de julgar tem sua continuação em tudo o que os Evangelhos
dizem sobre o poder de perdoar os pecados. Este poder pertence
só a Deus. Se Jesus Cristo, o Filho do homem, tem o mesmo poder, quer dizer que
é Deus, conforme o que Ele mesmo disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30).
Jesus, com efeito, desde o início da sua missão messiânica, não se limita a
proclamar a necessidade da conversão - “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc
1,15) - e a ensinar que o Pai está disposto a perdoar os pecadores arrependidos,
mas também perdoa Ele mesmo os pecados.
2. É precisamente nesses momentos que
refulge com maior clareza o poder que Jesus afirma possuir, atribuindo-o a si mesmo
sem hesitar. Ele afirma, por exemplo: “O Filho do homem tem na terra autoridade
para perdoar pecados” (Mc 2,10). Afirma-o aos escribas presentes em
Cafarnaum, quando é conduzido a Ele um paralítico para que o cure. O evangelista
Marcos escreve que Jesus, vendo a fé dos que levavam o paralítico, os quais haviam
até mesmo feito uma abertura no teto para baixar a maca do pobre enfermo diante
d’Ele, disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (v. 5). Os
escribas presentes pensavam em seu coração: “Por que ele fala assim? Está blasfemando.
Quem pode perdoar pecados senão Deus?” (v. 7). Jesus, que lia em seu espírito,
parece querer enfrentá-los: “Por que pensais tais coisas em vossos coração? Que
é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te,
pega tua maca e anda’? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade
para perdoar pecados - dirigiu-se ao paralítico: “Eu te digo: levanta-te, pega
tua maca e vai para tua casa!’” (vv. 8-11). As pessoas que viram o milagre, cheios
de admiração, glorificaram a Deus dizendo: “Jamais vimos coisa igual!” (v. 12).
É compreensível a admiração por essa
cura extraordinária, e também o senso de temor ou reverência que, segundo Mateus,
toma a multidão diante da manifestação desse poder de curar dado por Deus aos homens
(cf. Mt 9,8) ou, como escreve Lucas, diante das “coisas
maravilhosas” vistas naquele dia (Lc 5,26). Mas, para aqueles que
refletem sobre o desenvolvimento dos fato, o milagre da cura aparece como a
confirmação da verdade proclamada por Jesus e intuída e contestada pelos
escribas: “O Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados”.
3. Note-se também o esclarecimento
de Jesus sobre o seu poder de perdoar os pecados na terra: é um poder que
Ele exerce já em sua vida histórica, enquanto se move como “Filho do homem” pelos
povoados e estradas da Palestina, e não só na hora do juízo escatológico, depois
da glorificação da sua humanidade. Já na terra Jesus é o “Deus conosco”, o Deus-Homem que
perdoa os pecados.
Note-se também como em todos os casos
em que Jesus fala de remissão dos pecados, os presentes manifestam contestação e
escândalo, como no texto onde é descrito o episódio da pecadora que se aproxima
do Mestre enquanto estava sentado à mesa na casa do fariseu. Jesus diz à pecadora:
“Teus pecados estão perdoados” (Lc 7,48). É significativa a reação
dos comensais, que “começaram a comentar entre si: ‘Quem é esse que até perdoa
pecados?” (v. 49).
4. Também no episódio da mulher “flagrada
em adultério” e conduzida pelos escribas e fariseus à presença de Jesus para
provocar seu julgamento com base na lei de Moisés, encontramos alguns detalhes
muito significativos, que o evangelista João quis registrar. Já a primeira resposta
de Jesus aos acusadores da mulher - “Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira
pedra” (Jo 8,7) - nos dá a conhecer sua consideração realista da condição
humana, começando por aquela dos seus interlocutores, que, de fato, “vão saindo
um por um” (v. 9). Notemos também a profunda humanidade de Jesus ao tratar
aquela infeliz mulher, cujos erros certamente desaprova - de fato, lhe recomenda:
“Vai, e de agora em diante não peques mais” (v. 11) - mas que não a esmaga sob o
peso de uma condenação sem apelo. Nas palavras de Jesus podemos ver a reafirmação
do seu poder de perdoar os pecados e, portanto, da transcendência do seu Eu
divino, quando, depois de ter perguntado à mulher: “Ninguém te condenou?” e ter
obtido a resposta: “Ninguém, Senhor”, Ele declara: “Eu também não
te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais” (vv. 10-11). Nesse “Eu
também não te condeno” vibra o poder de juízo e de perdão que o Verbo possui em
comunhão com o Pai e que exerce na sua Encarnação humana para a salvação de
cada um de nós.
5. O que conta para todos nós nesta
economia da salvação e da remissão dos pecados é que se ame com toda a alma Àquele
que vem a nós como eterna vontade de amor e de perdão. O próprio Jesus no-lo
ensina quando, sentando-se à mesa com os fariseus e vendo-os admirados pelo fato
de que Ele aceita as piedosas manifestações de veneração por parte da pecadora,
conta-lhes a parábola dos dois devedores, um dos quais devia ao credor quinhentos
denários e o outro cinquenta, e ambos tiveram a dívida perdoada: “Qual deles o
amará mais?”. Simão respondeu: “Aquele ao qual perdoou mais”. E Ele acrescentou:
“Julgaste corretamente. Está vendo esta mulher? (...) Os muitos pecados que ela
cometeu estão perdoados, pois ela mostrou muito amor. Aquele, porém, a quem pouco
se perdoa, pouco ama” (cf. Lc 7,42-47).
A complexa psicologia da relação
entre o credor e devedor, entre o amor que obtém o perdão e o perdão que gera novo
amor, entre a medida rigorosa do dar e do receber e a generosidade do coração
agradecido que tende a dar sem medida, é condensada nestas palavras de Jesus,
que permanecem para nós um convite a tomar a atitude justa diante do Deus-Homem
que exerce o seu poder divino de perdoar os pecados para salvar-nos.
6. Dado que todos estamos em dívida
com Deus, Jesus inclui na oração que ensinou aos seus discípulos e que eles
transmitiram a todos os crentes, aquele fundamental pedido ao Pai: “Perdoa-nos
as nossas dívidas” (Mt 6,12), que na redação de Lucas soa: “Perdoa-nos
os nossos pecados” (Lc 11,4). Uma vez mais Ele quer incutir em nós a
verdade de que só Deus tem o poder de perdoar os pecados (Mc 2,7). Mas,
ao mesmo tempo, Jesus exerce este poder divino em virtude de outra verdade que Ele
nos ensinou, ou seja, que o Pai não só “deu todo o poder de julgar ao Filho” (Jo 5,22),
mas lhe conferiu também o poder de perdoar os pecados. Evidentemente não se
trata de um simples “ministério” confiado a um homem que o desempenha por
mandato divino: o significado das palavras com as quais Jesus atribui a si mesmo
o poder de perdoar os pecados - e de fato perdoa-os em várias situações narradas
pelos Evangelhos - é mais forte e mais desafiador para a inteligência dos seus
ouvintes, que de fato contestam sua “pretensão de fazer-se” Deus e o acusam de blasfêmia,
com tal ferocidade que o levam à morte de cruz.
7. Não obstante, Jesus confiará o
“ministério” do perdão dos pecados aos Apóstolos (e a seus sucessores) quando aparece
a eles depois da Ressurreição: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os
pecados, lhes serão perdoados” (Jo 20,22-23). Como Filho do homem,
que se identifica quanto à pessoa com o Filho de Deus, Jesus perdoa os pecados
por seu próprio poder, comunicado a Ele pelo Pai no mistério da comunhão trinitária
e da união hipostática; como Filho do homem que, na sua natureza humana, sofre e
morre para nossa salvação, Jesus expia nossos pecados e nos obtém a remissão por
parte do Deus Uno e Trino; como Filho do homem que na sua missão messiânica deve
prolongar sua ação salvífica até a consumação dos tempos, Jesus confere aos Apóstolos
o poder de perdoar os pecados para ajudar os homens a viver em sintonia de fé e
de vida com essa vontade eterna do Pai, “rico em misericórdia” (Ef 2,4).
Nesta infinita misericórdia do Pai,
no sacrifício de Cristo, Filho de Deus e do homem que morreu por nós, na obra do
Espírito Santo que, mediante o ministério da Igreja, realiza continuamente no
mundo a “remissão dos pecados” (cf. Encíclica Dominum et
Vivificantem), se apoia nossa esperança de salvação.
A pecadora perdoada |
Tradução nossa a partir do texto
italiano divulgado no site da Santa Sé (30 de setembro e 07 de outubro de
1987).
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