É com
profundo pesar que noticiamos o falecimento, na noite do dia 09 de julho de
2012, de Dom Eugênio de Araújo Sales (91), Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro e
Cardeal Presbítero da Santa
Igreja Romana do Título de São Gregório VII.
Eugênio
Salles nasceu em Acari (RN) no dia 8 de novembro de 1920, e fez seus primeiros
estudos em Natal, onde ingressou, em 1931, no Seminário Menor. Os cursos de
Filosofia e Teologia foram realizados no Seminário da Prainha, em Fortaleza. A
ordenação presbiteral ocorreu em dia 21 de novembro de 1943.
Com apenas 33 anos, em 1954, foi nomeado bispo auxiliar de Natal pelo Papa Pio XII. Em 1962 foi designado administrador apostólico da Arquidiocese de
Natal, função que exerceu até a chegada de Dom Nivaldo Monte, em 1965. Neste ano, tornou-se administrador apostólico da Arquidiocese de Salvador e,
quatro anos depois, Arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, nomeado pelo Papa Paulo
VI.
No período em que esteve em Salvador, Dom Eugênio foi o criador das
Comunidades Eclesiais de Base, da Campanha da Fraternidade e do Movimento de
Educação de Base. Foi também um dos primeiros a implantar o Diaconato
Permanente no Brasil. No tempo da Ditadura Militar, realizou, em
segredo, diversas ações em prol do abrigo a perseguidos políticos.
Em 1969, Dom Eugênio foi criado Cardeal Presbítero pelo Papa Paulo VI, e
chegou a ocupar cargos em onze congregações no Vaticano. Em 13 de março de
1971, foi nomeado para a Arquidiocese do Rio de Janeiro, função que exerceu até
2001, quando sua renúncia foi aceita. Ele já estava com 80 anos de idade.
Seu lema episcopal era "Impendam et Superimpendar"
(2 Cor 12,15).
O Papa Bento
XVI expressou seus sentimentos via telegrama, endereçado ao atual Arcebispo do
Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta:
Exmo Revmo Dom
Orani João Tempesta
Arcebispo de
São Sebastião do Rio de Janeiro
Recebida a
triste notícia do falecimento do venerado Cardeal Eugênio de Araújo Sales,
depois de uma longa vida de dedicação à Igreja no Brasil, venho exprimir meus
pêsames a si e aos bispos auxiliares, ao clero e comunidades religiosas, e aos
fiéis da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, que por três décadas
teve nele um intrépido pastor, revelando-se autêntica testemunha do evangelho
no meio do seu povo. Dou graças ao Senhor por ter dado à Igreja tão generoso
pastor que, nos seus quase setenta anos de sacerdócio e cinquenta e oito de
episcopado, procurou apontar a todos a senda da verdade na caridade e do
serviço à comunidade, em permanente atenção pelos mais desfavorecidos, na
fidelidade ao seu lema episcopal: “impendam et superimpendar” (gastarei e
gastar-me-ei por inteiro por vós). Enquanto elevo fervorosas preces para que
Deus acolha na sua felicidade eterna este seu servo bom e fiel, envio a essa
comunidade arquidiocesana, que lamenta perda dessa admirada figura, à Igreja no
Brasil, que nele sempre teve um seguro ponto de referência e de fidelidade à Sé
Apostólica, e a quantos tomam parte nos sufrágios animados pela esperança da
ressurreição, uma confortadora bênção apostólica.
Benedictus
PP. XVI
Oremos: Ó Deus, que chamastes ao ministério episcopal o vosso servo cardeal
Eugênio, colocando-o entre os sucessores dos Apóstolos, concedei-lhe também
associar-se a eles no convívio eterno. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
(Coleta da Missa por um Bispo falecido)
(Coleta da Missa por um Bispo falecido)
Fonte da
Biografia: CNBB
Fonte do
Telegrama do Papa: Rádio Vaticana
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