Cardeal Raniero Cantalamessa, OFMCap
II pregação de Quaresma
01 de março de 2024
“Eu sou a luz do mundo”
1. Nestas pregações de Quaresma propomo-nos a
meditar sobre os grandes “Eu sou” (Ego eimi) pronunciados por Jesus no Evangelho
de João. Há, porém, uma pergunta que se põe, a propósito deles: foram
realmente pronunciados por Jesus, ou são devidos à reflexão posterior do evangelista,
como tantas partes do Quarto Evangelho? A resposta que hoje praticamente todos
os exegetas dariam a esta pergunta é a segunda. Estou convencido, porém, de que
tais afirmações são “de Jesus”, e procuro explicar porque.
Há uma verdade histórica e uma
verdade que podemos chamar de real ou ontológica. Tomemos um
desses “Eu sou” de Jesus, por exemplo, o que diz: “Eu sou o caminho, a verdade
e a vida” (Jo 14,6). Se, por alguma improvável nova descoberta, se
viesse a conhecer que a frase foi, de fato e historicamente, pronunciada pelo
Jesus terreno, não é isto que a tornaria “verdadeira”. Pode-se sempre pensar,
de fato, que quem a pronuncia seja um iludido e se engane! (Muitos acreditaram
ser a luz do mundo antes e depois dele!). O que a torna “verdadeira” é o fato
de que - na realidade e acima de toda contingência histórica - Ele é o caminho,
a verdade e a vida.
Neste sentido mais profundo e mais importante,
todas e cada uma das afirmações que Jesus faz no Evangelho de João são
“verdadeiras”, também aquela em que diz: “Antes que Abraão existisse, Eu sou” (Jo
8,58). A definição clássica de verdade é “correspondência entre a coisa e a ideia
que se tem dela” (adaequatio rei et intellectus); a verdade
revelada é correspondência entre a realidade e a palavra inspirada que a
proclama. As grandes palavras que meditaremos são, portanto, de Jesus: não do
Jesus histórico, mas do Jesus que - como tinha prometido aos discípulos - nos
fala com a autoridade do Ressuscitado, mediante o seu Espírito (Jo
16,12-15).
2. Da sinagoga de Cafarnaum na Galileia passemos
hoje ao templo de Jerusalém, na Judeia, onde Jesus se dirigiu por ocasião da Festa
das Tendas. Aqui se desenvolve o debate com “os judeus”, no qual está inserida
a autoproclamação de Jesus, que, nesta meditação, queremos acolher: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não caminha
na escuridão, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12).
Esta palavra é tão impregnante e tão bela, que os
cristãos, de imediato, escolheram-na como uma das designações preferidas de
Cristo. Em muitas basílicas antigas - como nas Catedrais de Cefalù e de Monreale,
na Sicília -, no mosaico da abside, Jesus é representado como o Pantocrator,
o Senhor do universo. Segura um livro aberto diante de si e mostra a página
onde estão escritas, em grego e latim, justamente aquelas palavras: “Egô
eimi to phôs tou cosmou - Ego sum lux mundi”.
Para nós, hoje, Jesus “luz do mundo” se tornou uma verdade acreditada e proclamada, mas houve um tempo em que ela não era somente isso; era uma experiência vivida, como nos acontece às vezes, quando, após um apagão, a luz volta improvisamente, ou quando, pela manhã, ao abrir a janela, somos inundados da luz do dia. A Primeira Carta de Pedro o define um passar “das trevas para a sua luz maravilhosa” (1Pd 2,9; Cl 1,12ss). Evocando o momento da sua conversão e do seu Batismo, Tertuliano o descreve com a imagem da criança que sai do útero escuro da mãe e se assusta ao contato com o ar e com a luz. “Saindo - escreve - do ventre comum de uma mesma ignorância, [nós, cristãos,] sobressaltamos à luz da verdade” - “ad lucem expavescentes veritatis” [1].
3. Pomo-nos imediatamente a pergunta: o que significa
para nós, aqui e agora, aquela palavra de Jesus: “Eu sou a luz do mundo”? A
expressão “luz do mundo” tem dois significados fundamentais. O primeiro
significado é que Jesus é a luz do mundo, pois a sua é a suprema e definitiva
revelação de Deus à humanidade. Afirma-o de modo mais claro e em tom solene o
início da Carta aos Hebreus:
“Muitas vezes e de muitos modos, Deus falou
outrora aos nossos pais, pelos profetas. Nestes dias, que são os últimos,
falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e
pelo qual também criou o universo” (Hb 1,1-2).
A novidade consiste no fato único e irrepetível que
o revelador é, Ele mesmo, a revelação! “Eu sou a luz”, não “eu trago a
luz” ao mundo. Os profetas falavam em terceira pessoa: “Assim diz o Senhor!”, Jesus
fala em primeira pessoa: “Eu vos digo!”. Em 1964, Marshall McLuhan lançou o
famoso slogan: “O meio é a mensagem”, significando com isto que o meio pelo
qual uma mensagem é difundida condiciona a própria mensagem. Este ditado se
aplica única e transcendentemente a Cristo. Nele o meio de transmissão é
verdadeiramente a mensagem; o próprio mensageiro é a mensagem!
Este, eu dizia, é o primeiro significado da
expressão “luz do mundo”. O segundo significado é que Jesus é a luz do mundo
dado que lança luz sobre o mundo, isto é, revela o mundo a si mesmo; faz ver
cada coisa na sua verdade, pelo que é diante de Deus. Reflitamos sobre cada um
dos dois significados, partindo do primeiro, isto é, de Jesus como suprema
revelação da verdade de Deus.
4. Deste ponto de vista, a luz que é Cristo tem
desde sempre um concorrente aguerrido: a razão humana. Falamos disso não com
intuito polêmico ou apologético, ou seja, para saber o que responder aos
adversários da fé (eu faltaria com meu propósito inicial), mas para nós mesmos
nos confirmarmos na fé.
Os debates sobre fé e razão - mais exatamente,
seria dizer sobre razão e Revelação - são anulados, a meu ver, por uma radical
assimetria. O fiel compartilha com o ateu a razão; o ateu não compartilha com
fiel a fé na Revelação. O fiel fala a língua do interlocutor ateu; este não
fala a língua do homólogo fiel.
Justamente por isso, o debate mais convincente sobre o tema “fé e razão” é aquele que acontece na mesma pessoa, entre a sua fé e a sua razão. Temos exemplos célebres na história do pensamento humano, em homens nos quais não se pode pôr em dúvida uma idêntica paixão tanto pela fé quanto pela razão: Agostinho de Hipona, Tomás de Aquino, Blaise Pascal, Søren Kierkegaard, John Newman, aos quais poderíamos acrescentar, com plena razão, João Paulo II, Bento XVI... A conclusão a que chegou cada um deles é que o ato supremo da razão é reconhecer que há algo que a supera. Este é também o ato que mais honra a razão porque indica a sua capacidade de transcender a si mesma. A fé não se opõe à razão, mas supõe a razão, exatamente como “a graça supõe a natureza” [2].
Há também outro equívoco a ser esclarecido a
respeito do diálogo entre fé e razão. A crítica de fundo dirigida ao fiel é que
ele não pode ser objetivo, a partir do momento em que a sua fé lhe impõe, em
princípio, a conclusão à qual chegar, e constitui, por isso, uma
pré-compreensão e um pré-juízo. Não se leva em conta que o mesmo “pré-juízo”
age, em sentido oposto, também no cientista ou filósofo não crente, e de modo
bem mais radical. Se ele dá por certo que Deus não existe, que o sobrenatural não
existe e que não é possível o milagre, também a sua conclusão não poderá ser
senão uma, e já dada em princípio.
Eis um exemplo entre muitos. Em base à visão que tinha da realidade, poderia Freud admitir que o “amor universal” de Francisco de Assis tivesse um componente sobrenatural, chamado graça? Certamente não, e, de fato, ele faz disso uma “derivação do amor genital”. Francisco de Assis, escreve ele, “é aquele que foi mais longe ao utilizar o amor em vantagem do seu sentimento interior de felicidade” [3]. Em outras palavras, amava Deus, os homens, toda a criação e, de modo especialíssimo, Jesus Crucificado, porque isto o gratificava, o fazia estar bem!
O homem moderno, no lugar da verdade, põe como valor supremo a busca da verdade. Lessing escreveu: “Se Deus tivesse segurado toda a verdade na sua direita, e na sua esquerda apenas a aspiração sempre viva à verdade, ainda que na condição de estar eternamente no erro, e me dissesse: ‘Escolhe!’, eu me inclinaria humildemente à esquerda dizendo: ‘Esta, Pai! A pura verdade pertence só a ti’” [4].
O motivo disso é simples. Enquanto se está em fase
de busca, é o homem quem conduz o jogo, é o protagonista, enquanto que, do lado
da Verdade reconhecida como tal, não tem mais escape e deve prestar “a
obediência da fé”. A fé põe o absoluto, enquanto a razão gostaria de prosseguir
indefinidamente a discussão. Como a bela Sherazade de As mil e uma
noites, a razão humana tem sempre uma nova história para contar, para
retardar a própria rendição.
Há somente duas possíveis resoluções para a tensão entre fé e razão: ou restringir a fé “dentro dos limites da pura razão”, como se propunha o filósofo Kant, ou infringir os limites da pura razão para vagar por um horizonte sem limites. Um pouco como o Ulisses dantesco que, tendo chegado às colunas de Hércules, consideradas então o limite terra, decide não se deter, mas fazer “dos remos asas na empresa ousada” [5].
Devo, contudo, ser coerente com a promessa feita no
início. O discurso sobre fé e razão, antes de ser um debate entre “nós e eles”,
entre fiéis e não fiéis, deve ser um debate “entre nós e nós”, isto é, entre os
próprios fiéis. A pior espécie de racionalismo, de fato, não é aquele externo,
mas o interno. São Paulo escrevia aos coríntios:
“Também a minha palavra e a minha pregação não
se apoiavam na persuasão da sabedoria, mas na manifestação do Espírito e do
poder, para que a vossa fé se fundamentasse não na sabedoria humana, mas no
poder de Deus” (1Cor 2,4-5).
E ainda:
“Pois as armas do nosso combate não são carnais.
São armas poderosas aos olhos de Deus, capazes de derrubar fortalezas, destruir
sofismas e todo orgulho intelectual que se levanta contra o conhecimento de
Deus e capazes de subjugar todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo” (2Cor
10,3-5).
Frequentemente se tem verificado, infelizmente, o
que o Apóstolo temia. A teologia, especialmente no Ocidente, tem sempre mais se
afastado do poder do Espírito, para favorecer a sabedoria humana. O
racionalismo moderno tem pretendido que o Cristianismo apresentasse a sua
mensagem de modo dialético, ou seja, submetendo-o em tudo e por tudo, à busca e
à discussão, de modo que ele pudesse se colocar no quadro geral - aceitável
também filosoficamente - de um esforço comum e sempre provisório de
autocompreensão do homem e do universo. Assim fazendo, porém, o anúncio de
salvação sobre Cristo morto e ressuscitado era subjugado a uma diversa e
suposta instância superior. Não era mais um querigma, mas somente uma hipótese.
O perigo inerente neste modo de fazer teologia é
que Deus se torna objetivado. Torna-se um objeto do qual se fala, não um
sujeito com o qual - ou na presença do qual - se fala. Um “ele” - ou, pior, um “isso”
-, jamais um “tu”. É o contragolpe de se ter feito da teologia uma “ciência”. O
primeiro dever de quem faz ciência é ser neutro diante do objeto da própria
pesquisa; mas podemos ser neutros quando se trata de Deus? Foi este o motivo
principal que me induziu, a certa altura da vida, a abandonar o ensinamento
acadêmico da teologia, para me dedicar, em tempo integral, à pregação. A
consequência daquele modo de fazer teologia, de fato, é que ela se torna sempre
mais um diálogo com a elite acadêmica do momento, e sempre menos um nutrimento
para a fé do povo de Deus.
Desta situação, só se sai acompanhando o estudo com a oração, falando a Deus, não falando sempre e só de Deus. Santo Agostinho realizou a sua teologia mais duradoura falando com Deus nas Confissões. “Se és teólogo, rezarás realmente, e se rezas realmente, serás teólogo”, dizia um antigo Padre do deserto [6]. Ajuda também a contemplação e a imitação da Mãe de Deus. Em sua vida terrena, ela não teve nada a ver com ideias abstratas sobre Deus e sobre seu filho Jesus, mas só com suas vivas realidades.
5. Acenei acima a um segundo significado da
expressão “luz do mundo”, e é a ele que gostaria de dedicar a última parte da
minha reflexão, também porque é aquela que nos diz respeito mais de perto.
Trata-se, eu dizia, do significado, por assim dizer, instrumental, em que Jesus
é luz do mundo: ou seja, dado que lança luz sobre todas as coisas; em relação
ao mundo, faz o que faz o sol em relação à terra. O sol não ilumina e não
revela a si mesmo, mas ilumina todas as coisas que estão sobre a terra e deixa
ver cada coisa sob a justa luz.
Também neste segundo sentido, Jesus e o seu
Evangelho têm um concorrente que é o mais perigoso de todos, sendo um
concorrente interno, um inimigo dentro de casa. A expressão “luz do mundo” muda
completamente de significado conforme se toma a expressão “do mundo” como
genitivo objetivo, ou como genitivo subjetivo; ou seja, dependendo se o mundo
for o objeto iluminado ou, ao invés, o sujeito que ilumina. Neste segundo caso,
não é o Evangelho, mas o mundo que deixa ver todas as coisas à própria luz. O evangelista
João exortava os seus discípulos com estas palavras:
“Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se
alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo -
o desejo da carne, o desejo dos olhos e a ostentação da riqueza - não vem do
Pai, mas do mundo” (1Jo 2,15-16).
O perigo de conformar-se a este mundo - a mundanização - é o equivalente, no âmbito religioso e espiritual, ao que, no âmbito social, chamamos de secularização. Ninguém (eu, menos do que todos) pode dizer que este perigo não paira também sobre si. Um dito atribuído a Jesus em um antigo escrito não canônico afirma: “Se não jejuardes do mundo, não descobrireis o reino de Deus” [7]. Eis o jejum mais necessário hoje do que todos: jejuar do mundo, nesteuein tô kosmô, segundo o dito citado!
O mundo de que falamos e ao qual não devemos nos
conformar não é o mundo criado e amado por Deus, não são os homens do mundo,
dos quais, ao invés, devemos sempre ir ao encontro, especialmente os pobres, os
últimos, os sofredores. O “misturar-se” com este mundo do sofrimento e da
marginalização é, paradoxalmente, o melhor modo de “separar-se” do mundo, pois
é ir lá onde o mundo refulge com todas as suas forças. É separar-se do próprio
princípio que rege o mundo, que é o egoísmo.
Antes do que nas obras, a mudança deve ocorrer no
modo de pensar. São Paulo exortava os cristãos de Roma com as palavras:
“Não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos, pela renovação da mente, para que possais distinguir o que é
da vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito” (Rm
12,2).
Na origem da mundanização há muitas causas, mas a
principal é a crise de fé. É a fé o terreno de choque primário entre o cristão
e o mundo. É pela fé que o cristão não é mais “do” mundo. Entendido em sentido
moral, o “mundo” é tudo o que se opõe à fé. “Pois todo o que foi gerado de
Deus vence o mundo”, escreve João na Primeira Carta, “a nossa fé”
(1Jo 5,4). Na Carta aos Efésios, a este respeito, há uma palavra
sobre a qual vale a pena nos determos um pouco mais. Diz:
“E vós estáveis mortos por causa de vossas
transgressões e pecados, nos quais andastes outrora, seguindo o Mentor deste
mundo, seguindo o Chefe das potências dos ares, o espírito que atualmente está
agindo nos rebeldes” (Ef 2,1-2).
O exegeta Heinrich Schlier fez uma análise
penetrante deste “espírito do mundo”, considerado por Paulo o antagonista
direto do “Espírito que vem de Deus” (1Cor 2,12). Um papel decisivo
desempenha nisso a opinião pública. Hoje podemos chamá-lo, em sentido literal,
de “espírito que está nos ares”, porque se difunde sobretudo pelos ares, pelos
meios de comunicação virtual.
Determina-se - escreve Schlier - um espírito de grande intensidade histórica, ao qual o indivíduo dificilmente consegue se subtrair. Reside no espírito geral, é considerado óbvio. Agir, ou pensar, ou dizer algo contra ele é considerado coisa insensata ou mesmo uma injustiça ou um delito. Então, não se ousa mais pôr-se diante das coisas e das situações e, sobretudo, da vida, de maneira diversa de como ele as apresenta... Sua característica é interpretar o mundo e a existência humana à sua maneira [8].
É o que chamamos de “adaptação ao espírito dos
tempos”. A moral da ópera de Mozart “Così fan tutte” (“Assim fazem todas”).
Hoje possuímos uma imagem nova para descrever a ação corrosiva do espírito do
mundo, o vírus de computador. Pelo pouco que sei, o vírus é um programa
malignamente projetado que penetra no computador pelas vias mais insuspeitadas
(troca de e-mails, sites da internet...), e, uma vez dentro, confunde ou
bloqueia as operações normais, alterando os chamados “sistemas operacionais”.
O espírito do mundo age de modo análogo. Penetra em
nós por mil e um canais, como o ar que respiramos, e, uma vez dentro, muda os
nossos modelos operacionais: ao modelo “Cristo”, entra no lugar o modelo
“mundo”. O mundo também tem a sua “trindade”, os seus três deuses, ou ídolos
para se adorar: prazer, poder, dinheiro. Todos depreciamos os desastres que
eles provocam na sociedade, mas estamos certos de que, em nossa pequenez, nós
mesmos não somos completamente imunes a eles?
A nossa maior consolação, nesta luta com o mundo
que está fora de nós e aquele que nos está dentro, é saber que Cristo continua,
como Ressuscitado, a rezar ao Pai por nós com as palavras com que se despediu
dos seus Apóstolos:
“Não rogo que os tires do mundo, mas que os
guardes do Maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do
mundo... Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao
mundo... Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que hão de
crer em mim, pela palavra deles” (Jo 17,15-20).
Jesus Cristo, luz do mundo |
Notas:
[1] cf. Tertuliano, Apologeticum 39,9.
[2] cf. Tomás de Aquino, Suma Teológica I, q.2, a.2, ad 1.
[3] cf. Sigmund Freud, Il disagio della civiltà, IV.
[4] cf. Gotthold Lessing, Eine Duplik, I, in: Werke 3, Zurich, 1974, p. 149.
[5] cf. Dante Alighieri, Inferno, XXVI, 125.
[6] cf. Evágrio Pôntico, De oratione 60 (PG 79, 1180).
[7] cf. Clemente de Alexandria, Stromata 111, 15; A. Resch, Agrapha 48 (TU, 30, 1906, p. 68).
[8] cf. H. Schlier, Demoni e spiriti maligni nel Nuovo Testamento, in: Riflessioni sul Nuovo Testamento, Paideia, Brescia, 1976, pp. 194ss (ed. original: “Geist und Leben 31, 1958, pp. 173-183).
Fonte: Vatican News.
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