A alva (do latim
alva, branca) ou túnica é uma veste
ampla, que cobre todo o corpo, comum a todos os ministros nas ações litúrgicas:
“A alva é a veste sagrada comum a todos os
ministros ordenados e instituídos de qualquer grau” (IGMR, n. 336).
Como o próprio
nome indica, a alva é uma veste branca, simbolizando por isto a pureza com que
deve estar revestido aquele que exerce um ministério litúrgico. A alva recorda,
pois, a veste batismal, símbolo da graça que nos livra da mancha do pecado
original e com a qual poderemos nos apresentar diante de Deus.
A alva pode ser
ornada com símbolos sacros junto à barra inferior e nos punhos. Alguns modelos,
sobretudo alguns mais antigos, possuem rendas nas extremidades e são munidos de
cordões junto ao pescoço.
Em alguns casos, a alva pode ser substituída pela sobrepeliz, que nada mais é do que uma alva reduzida. Contudo, na Celebração Eucarística, o sacerdote que preside ou concelebra e os diáconos que assistem ao altar jamais podem substituir a alva pela sobrepeliz.
Comumente
difere-se a alva da túnica conforme a nobreza da veste: as vestes mais nobres
(munidas de rendas, pregas) são denominadas alvas, enquanto que as vestes mais
simples são denominadas túnicas. Cumpre notar que os livros litúrgicos não
fazem esta distinção: tanto um modelo mais nobre quanto um modelo mais simples
pode ser chamado tanto de alva quanto de túnica e utilizado em qualquer
celebração.
Acólitos com alva na Praça de São Pedro (23.10.2011) |
Ótimo, obrigado!
ResponderExcluirgostei
ResponderExcluirUm leigo pode usar alva?
ResponderExcluirQuanto ao uso de vestes litúrgicas por ministros leigos, o Missal deixa a critério das Conferências Episcopais (Introdução Geral do Missal Romano, 3ª edição, n. 339). Como a Conferência dos Bispos do Brasil nunca se pronunciou oficialmente, o assunto fica a cargo de cada Bispo diocesano. Assim, os ministros leigos devem estar atentos às orientações da sua Diocese.
ExcluirComo o amigo respondeu acima, em tese é a palavra do bispo que vale, mas não é conveniente.
ResponderExcluirUm padre pode usar uma alva com forro vermelho?
ResponderExcluirOs livros litúrgicos não mencionam a questão do forro, mas presume-se que este faça referência à veste talar (batina) usada sob a alva. Como os presbíteros usam a batina preta, faz sentido que o forro seja da mesma cor. O forro vermelho seria adequado apenas àquelas que possuem direito à batina de mesma cor.
ExcluirOlá! Já vi em fotografias antigas e lugares onde se celebra no rito Tridentino, o que me parece ser o uso de duas sobrepelizes ou sobrepeliz e alva, uma sobre a outra. Há alguma rubrica a respeito? Como se dá esse uso?
ResponderExcluirCreio que o senhor se refere ao uso da sobrepeliz sobre o roquete. O roquete é mais longo e tem mangas mais estreitas que a sobrepeliz e seu uso era próprio de alguns dignitários (Bispos, monsenhores, cônegos).
ExcluirEm alguns casos estes endossavam sobre a batina primeiro o roquete e depois a sobrepeliz. É o caso do Monsenhor Enrico Dante (depois Bispo), quando atuava como Cerimoniário do Papa.