O cíngulo (do
latim cingulum, cinto) é um cordão,
comumente de lã trançada, utilizado por todos os ministros para ajustar a alva
à cintura durante as celebrações litúrgicas:
“A alva (...) será cingida à cintura pelo
cíngulo, a não ser que o seu feitio a dispense”
(IGMR, n. 336).
Nota-se que,
assim como o amito, o cíngulo é dispensável caso a alva ajuste-se ao corpo do
ministro. Porém, mesmo aparentemente dispensado, o cíngulo sempre deve ser
utilizado, garantindo que de fato a alva esteja de fato ajustada, facilitando
assim a mobilidade do ministro durante a celebração.
O sentido do
cíngulo é duplo: por um lado, indica a prontidão para o serviço, simbolismo
derivado de seu uso prático que acabamos de mencionar; e por outro recorda a
virtude da pureza, pois ao cingir os rins, o ministro simboliza o desejo de
dominar o fogo das paixões.
Papa Bento XVI com cíngulo vermelho (Sexta-feira da Paixão, 2012) |
Quanto à cor do cíngulo, pode ser sempre branca ou seguir a cor litúrgica do ofício celebrado. Recomenda-se que o uso do cíngulo nas cores litúrgicas seja feito preferencialmente pelos ministros ordenados (diáconos, presbíteros e bispos). Os ministros não ordenados, como acólitos e leitores, façam preferencialmente uso do cíngulo na cor branca.
Olá. Uma dúvida: é correta a mescla de cor litúrgica com a cor dourada para os cíngulos, como ocorre hoje com alguns modelos? Teria algum significado isso? Obrigado!
ResponderExcluirSim. Uma vez que o dourado é a cor festiva, é comum mesclá-la à cor litúrgica para dar um caráter mais solene aos paramentos.
ExcluirOlá! Seminarista pode usar cíngulo branco com mesclas douradas?
ResponderExcluirEm tese sim. O cíngulo branco com detalhes em dourado é, em essência, um cíngulo branco, que sempre pode ser usado com a túnica ou alva (cf. Instrução Geral do Missal Romano, 3ª edição, nn. 119.336). Contudo, como seminarista, é importante estar atento às orientações do Bispo Diocesano.
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