O manípulo (do latim mappula, lenço) é uma pequena faixa de tecido na cor litúrgica utilizado pelos ministros ordenados (diáconos, presbíteros e bispos) no braço esquerdo durante a Celebração Eucarística.
Embora tenha
caído em desuso, o manípulo não foi abolido pela reforma litúrgica do Concílio
Vaticano II, como a maioria dos católicos pensa. Afirma a Instrução Tres abhinc annos para a Aplicação da
Constituição Sacrosanctum Concilium,
publicada em 04 de Maio de 1967:
“Pode-se suprimir sempre o manípulo” (Tres
abhinc annos, n. 25)
Nota-se aqui
claramente que o texto não estabelece uma normativa, mas sim abre uma
possibilidade. Se o texto da instrução fosse “Suprima-se o uso do manípulo” se entenderia imediatamente que este
paramento não poderia mais ser utilizado. Porém, como o texto utiliza a palavra
“pode-se”, seu uso fica facultativo
para a Forma Ordinária do Rito Romano.
Ainda que o
manípulo não seja mais mencionado no Missal Romano, seu uso não é um acréscimo
à Liturgia, o que é proibido pelo cânon 846, §1 do Código de Direito Canônico.
Pelo contrário, usar o manípulo é preservar um venerável costume, não
acrescentar algo estranho à Liturgia, como infelizmente fazem hoje tantas comunidades.
O sentido do
manípulo remonta ao costume romano de usar um lenço no braço esquerdo para
enxugar o suor do rosto. A partir deste lenço, adotou-se o manípulo na Liturgia
como símbolo das fadigas do ministério sacerdotal. Porém, ao mesmo tempo em que
é sinal das dores, é sinal das alegrias que advêm da vivência do sacerdócio.
Cardeal Brandmüller com manípulo na Forma Extraordinária (2013) |
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