quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Novo Bispo da Eparquia de Lungro dos Ítalo-Albaneses

No sábado, 08 de novembro de 2025, quando as Igrejas de Rito Bizantino celebram a Sinaxe dos Santos Arcanjos (segundo o calendário gregoriano), teve lugar a Ordenação Episcopal de Dom Raffaele De Angelis, novo Bispo da Eparquia de Lungro dos Ítalo-Albaneses (Itália).


Raffaele De Angelis nasceu no dia 24 de outubro de 1979 em Castrovillari, na Província de Cosenza (Itália). Sua família é de etnia ítalo-albanesa (arbëreshë), isto é, descendentes de albaneses que migraram à Itália sobretudo entre os séculos XV e XVIII.

Após realizar os estudos de Filosofia e Teologia em Roma, residindo no Pontifício Colégio Grego de Santo Atanásio, recebeu a Ordenação Presbiteral no dia 05 de novembro de 2006 pela imposição das mãos de Dom Ercole Lupinacci (†2016), Bispo da Eparquia de Lungro dos Ítalo-Albaneses, sendo incardinado na mesma Eparquia.

Exerceu diversas funções como sacerdote: Vice-reitor do Seminário Eparquial, Vigário da Paróquia do Santíssimo Salvador em Cosenza, Ecônomo e membro do Conselho Presbiteral, Administrador da Paróquia do Santíssimo Salvador em Lungro, Administrador e, a partir de 2010, Pároco da Paróquia de São João Batista em Acquaformosa.


Em 2015 obteve o Doutorado em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma, atuando como professor em algumas instituições acadêmicas do sul da Itália.

No dia 30 de agosto de 2025 o Papa Leão XIV nomeou o Padre (Papàs, em albanês) Raffaele De Angelis como novo Bispo da Eparquia de Piana dos Ítalo-Albaneses.

Recebeu a Ordenação Episcopal no dia 08 de novembro na Catedral de São Nicolau em Lungro, sendo ordenante principal o Bispo da Eparquia, Dom Donato Oliverio. Os co-ordenantes foram Dom Manuel Nin, Exarca Apostólico para os fiéis de Rito Bizantino na Grécia, e o Cardeal Francesco Montenegro, Arcebispo Emérito de Agrigento e Administrador Apostólico de Piana até a posse do novo Bispo, que terá lugar no dia 16 de novembro na Catedral de São Demétrio.


A Eparquia de Piana, com efeito, estava vacante desde 2020, quando Dom Giorgio Demetrio Gallaro foi nomeado Secretário do Dicastério para as Igrejas Orientais, ofício que exerceu até 2023. A Eparquia compreende 23 mil fiéis de Rito Bizantino na ilha da Sicília (Itália).

A Igreja Ítalo-Albanesa, uma das Igrejas Católicas Orientais, é formada ainda pela Eparquia de Lungro, com cerca de 32 mil fiéis, sobretudo na região da Calábria, no sul da Itália, e a Abadia Territorial de Santa Maria de Grottaferrata, próxima a Roma, com uma pequena comunidade de monges de Rito Bizantino.

Informações: Santa Sé / Eparquia de Piana dos Ítalo-Albaneses.

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Celebrações do início de novembro em Milão (2025)

O inicio de novembro é marcado por três importantes celebrações na Arquidiocese de Milão (Itália): a Solenidade de Todos os Santos (dia 01), a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos (dia 02) e, no dia 04, a Solenidade de São Carlos Borromeu, Bispo, co-padroeiro da Arquidiocese (junto com Santo Ambrósio, celebrado por sua vez no dia 07 de dezembro).

Publicamos algumas imagens das três celebrações neste ano de 2025, presididas pelo Arcebispo, Dom Mario Enrico Delpini, na Catedral Metropolitana da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria, o Duomo de Milão, segundo o Rito Ambrosiano, próprio da Arquidiocese:


Procissão de entrada


Liturgia da Palavra
Apresentação das oferendas

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Todos os Santos e Fiéis Defuntos em Budapeste (2025)

Nos dias 01 e 02 de novembro de 2025 o Cardeal Péter Erdő, Arcebispo de Esztergom-Budapeste (Hungria), presidiu  as celebrações da Solenidade de Todos os Santos e da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos na Basílica Co-Catedral de Santo Estêvão em Budapeste:


Procissão de entrada
Evangelho
Homilia

Oração Eucarística

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Missa pelos Bispos falecidos no Vaticano (2025)

Na segunda-feira, 03 de novembro de 2025, após a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, o Papa Leão XIV presidiu a tradicional Missa em sufrágio pelos Bispos falecidos ao longo do ano no altar da Cátedra da Basílica de São Pedro.

Confira a lista dos 150 Bispos falecidos entre novembro de 2024 e outubro de 2025, incluindo o Papa Francisco e sete Cardeais.

O Papa foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Didier Jean-Jacques Bouable. O livreto da celebração pode ser visto aqui [1].

O uso de paramentos vermelhos aqui (substituindo o preto ou roxo próprios das Missas dos Defuntos) é um costume das Exéquias dos Cardeais presididas pelo Papa.

Procissão de entrada

Ósculo do altar
Incensação
Ritos iniciais

Homilia do Papa: Missa pelos Bispos falecidos (2025)

Missa em sufrágio do Papa Francisco e dos Cardeais e Bispos falecidos durante o ano
Homilia do Papa Leão XIV
Basílica de São Pedro
Segunda-feira, 03 de novembro de 2025

Leituras: Dn 12,1-3; Sl 41-42; 1Ts 4,13-18; Lc 24,13-35.

Caríssimos irmãos Cardeais e Bispos,
Queridos irmãos e irmãs!
Hoje renovamos a bela tradição, por ocasião da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, de celebrar a Eucaristia em sufrágio dos Cardeais e Bispos que nos deixaram durante o ano que passou, e com grande afeto a oferecemos pela alma eleita do Papa Francisco, que faleceu depois de ter aberto a Porta Santa e concedido a Roma e ao mundo a Bênção pascal. Graças ao Jubileu, esta celebração - para mim a primeira - adquire um sabor característico: o sabor da esperança cristã.


A Palavra de Deus que ouvimos ilumina-nos. Em primeiro lugar, o faz com uma grande imagem bíblica que, poderíamos dizer, resume o sentido de todo este Ano Santo: a narração lucana dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35). Nela está representada de forma plástica a peregrinação da esperança, que passa pelo encontro com Cristo Ressuscitado. O ponto de partida é a experiência da morte, e na sua forma pior: a morte violenta que mata o inocente e deixa assim desanimados, desencorajados, desesperados. Quantas pessoas - quantos “pequeninos”! - também nos nossos dias sofrem o trauma dessa morte assustadora porque desfigurada pelo pecado. Por essa morte não podemos e não devemos dizer “louvado sejas”, porque Deus Pai não a quer e enviou o seu Filho ao mundo para nos libertar dela. Está escrito: Cristo tinha de sofrer estas dores para entrar na sua glória (cf. Lc 24,26) e dar-nos a vida eterna. Só Ele pode levar sobre si e dentro de si esta morte corrupta sem ser corrompido por ela. Só Ele tem palavras de vida eterna (cf. Jo 6,68) - confessamo-lo com trepidação aqui, ao lado do túmulo de São Pedro - e estas palavras têm o poder de reacender a fé e a esperança nos nossos corações (cf. Lc 24,32).

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos em Roma (2025)

Na tarde do dia 02 de novembro de 2025 o Papa Leão XIV presidiu a Missa da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos no Cemitério de Verano (Cimitero del Verano) em Roma, sendo assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli:

O Papa deposita flores em um dos túmulos

Procissão de entrada
Incensação

Homilia do Papa: Comemoração dos Fiéis Defuntos (2025)

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos
Homilia do Papa Leão XIV
Cemitério de Verano, Roma
Domingo, 02 de novembro de 2025

Leituras: Is 25,6a.7-9; Sl 24(25); Rm 8,14-23; Mt 25,31-46.

Queridos irmãos e irmãs,
Reunimo-nos neste lugar para celebrar a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, em particular aqueles que estão aqui sepultados e, com carinho especial, os nossos entes queridos. Eles nos deixaram no dia da sua morte, mas os trazemos sempre conosco na memória do coração. E esta memória permanece viva, todos os dias, em tudo o que vivemos. Frequentemente encontramos algo que nos faz lembrar deles, imagens que nos remetem para o que vivemos com eles. Tantos lugares, e até mesmo os aromas das nossas casas, nos falam daqueles que amamos e que nos deixaram, mantendo viva em nós a sua memória.


Porém, hoje não estamos aqui simplesmente para lembrar aqueles que já partiram deste mundo. A fé cristã, fundada na Páscoa de Cristo, ajuda-nos a viver a memória não apenas como uma lembrança do passado, mas sobretudo como uma esperança futura. Não se trata tanto de olhar para trás; trata-se antes de olhar para a frente, para a meta do nosso caminho, para o porto seguro que Deus nos prometeu, para a festa sem fim que nos espera. Lá, em torno do Senhor Ressuscitado e dos nossos, saborearemos a alegria do banquete eterno. Naquele dia - ouvimos na leitura do profeta Isaías - «o Senhor dos exércitos dará́ neste monte [o monte Sião], para todos os povos, um banquete de ricas iguarias... Eliminará para sempre a morte» (Is 25,6.8).

Esta “esperança futura” anima a nossa memória e a nossa oração no dia de hoje. Não se trata de uma ilusão que serve para aplacar a dor da separação das pessoas amadas, nem de um simples otimismo humano. É a esperança fundada na Ressurreição de Jesus, que venceu a morte e abriu, também a nós, a passagem para a plenitude da vida. Ele - como recordei em uma Catequese recente - é «o ponto de chegada do nosso caminho. Sem o seu amor, a viagem da vida se tornaria um perambular sem meta, um erro trágico com um destino fracassado... O Ressuscitado garante a meta, conduz-nos para casa, onde somos esperados, amados, salvos» (Audiência Geral, 15 de outubro de 2025).