quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Ângelus: XXX Domingo do Tempo Comum - Ano C (2025)

Papa Leão XIV
Ângelus
Praça de São Pedro
Domingo, 26 de outubro de 2025

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
Hoje o Evangelho (Lc 18,9-14) apresenta-nos dois personagens que rezam no Templo, um fariseu e um publicano.

O primeiro ostenta uma longa lista de méritos. As boas obras que realiza são muitas e, por isso, considera-se melhor do que os outros, a quem julga com desdém. Mantém-se de pé, com a cabeça erguida. A sua atitude é claramente presunçosa: denota certamente uma observância rigorosa da Lei, mas pobre em amor e desprovida de misericórdia, feita de “dar” e “ter”, de débitos e créditos.

O publicano também está rezando, mas de uma forma bastante diferente. Há muito nele a ser perdoado: é um cobrador de impostos a serviço do Império Romano e trabalha com um contrato de adjudicação que lhe permite especular sobre os rendimentos em detrimento dos seus próprios compatriotas. No entanto, no final da parábola, Jesus nos diz que, entre os dois, é ele quem volta para casa “justificado”, ou seja, perdoado e renovado pelo encontro com Deus. Por quê?

Em primeiro lugar o publicano tem a coragem e a humildade de se apresentar diante de Deus. Ele não se fecha no seu mundo, nem se conforma com o mal que fez; deixa os lugares onde se sente seguro e é temido, protegido pelo poder que exerce sobre os outros; vai ao Templo sozinho, sem escolta, mesmo que isso signifique enfrentar olhares severos e julgamentos mordazes, e coloca-se diante do Senhor, no fundo, com a cabeça baixa, pronunciando poucas palavras: «Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador» (v. 13).

Assim, Jesus nos transmite uma mensagem poderosa: não é ostentando os nossos méritos que nos salvamos, nem escondendo os nossos erros, mas apresentando-nos tal como somos, honestamente, diante de Deus, de nós mesmos e dos outros, pedindo perdão e confiando na graça do Senhor.

Comentando este episódio, Santo Agostinho compara o fariseu a um doente que, por vergonha e orgulho, esconde as suas feridas do médico, e o publicano a outro que, com humildade e sabedoria, expõe ao doutor as suas feridas, por mais desagradáveis que sejam, pedindo ajuda. E conclui: «Não nos surpreende... que aquele publicano, que não teve vergonha de mostrar a sua parte doente, tenha voltado... curado» (Sermão 351,1).

Façamos o mesmo, queridos irmãos e irmãs. Não tenhamos medo de reconhecer os nossos erros, de expô-los, assumindo a responsabilidade por eles e confiando-os à misericórdia de Deus. Desse modo poderá crescer, em nós e à nossa volta, o seu Reino, que não pertence aos soberbos, mas aos humildes, e que se cultiva, na oração e na vida, através da honestidade, do perdão e da gratidão.

Peçamos a Maria, modelo de santidade, que nos ajude a crescer nessas virtudes.

O fariseu e o publicano (Barent Fabritius)

Fonte: Santa Sé.

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Fotos da Missa no Jubileu das Equipes Sinodais (2025)

Na manhã do dia 26 de outubro de 2025 o Papa Leão XIV presidiu a Missa do XXX Domingo do Tempo Comum (Ano C) na Basílica de São Pedro por ocasião do Jubileu das Equipes Sinodais, isto é, dos grupos ligados ao Sínodo dos Bispos.

O Papa assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Krzysztof Marcjanowicz. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Procissão de entrada
Ósculo do altar
Incensação
Ritos iniciais
Bênção ao diácono

Homilia do Papa: Jubileu das Equipes Sinodais (2025)

Jubileu das Equipes Sinodais
Homilia do Papa Leão XIV
Basílica de São Pedro
Domingo, 26 de outubro de 2025

Foi celebrada a Missa do XXX Domingo do Tempo Comum (Ano C).

Irmãos e irmãs,
Ao celebrarmos o Jubileu das equipes sinodais e dos órgãos de participação, somos convidados a contemplar e redescobrir o mistério da Igreja, que não é uma simples instituição religiosa nem se identifica com as hierarquias e as suas estruturas. Pelo contrário, a Igreja, como nos recordou o Concílio Vaticano II, é o sinal visível da união entre Deus e a humanidade, do seu projeto de nos reunir a todos em uma única família de irmãos e irmãs e de nos tornar o seu povo: um povo de filhos amados, todos unidos no único abraço do seu amor.

Observando o mistério da comunhão eclesial, gerada e preservada pelo Espírito Santo, podemos compreender também o significado das equipes sinodais e dos órgãos de participação. Eles expressam o que acontece na Igreja, onde as relações não respondem à lógica do poder, mas à do amor. A primeira é lógica “mundana” - para recordar uma advertência constante do Papa Francisco -, enquanto na Comunidade cristã o primado diz respeito à vida espiritual, que nos faz descobrir que somos todos filhos de Deus e irmãos entre nós, chamados a servir-nos uns aos outros.


A regra suprema na Igreja é o amor: ninguém é chamado a comandar, todos são chamados a servir; ninguém deve impor as próprias ideias, todos devemos ouvir-nos reciprocamente; ninguém é excluído, todos somos chamados a participar; ninguém possui toda a verdade, todos devemos procurá-la juntos e humildemente.

A própria palavra “juntos” expressa o apelo à comunhão na Igreja. O Papa Francisco recordou-nos isso também na sua última Mensagem para a Quaresma: «Caminhar juntos, ser sinodal, é esta a vocação da Igreja. Os cristãos são chamados a percorrer o caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários. O Espírito Santo nos impele a sair de nós mesmos para ir ao encontro de Deus e dos nossos irmãos, e nunca a nos fecharmos em nós mesmos. Caminhar juntos significa ser tecelões de unidade, partindo da nossa dignidade comum de filhos de Deus».

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Festa da Virgem Maria, Rainha da Terra Santa (2025)

No sábado, 25 de outubro de 2025, o Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, presidiu a Missa da Solenidade da Bem-aventurada Virgem Maria, Rainha da Palestina ou da Terra Santa (Regina Palestinae seu Terrae Sanctae), Padroeira do Patriarcado, no Santuário de Deir Rafat (Israel), seguida de uma procissão com a imagem da Virgem Maria [1].

Procissão de entrada

Incensação

Ritos iniciais

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Oração Ecumênica na Capela Sistina (2025)

Na quinta-feira, 23 de outubro de 2025, o Papa Leão XIV presidiu uma Oração Ecumênica na Capela Sistina do Palácio Apostólico junto ao “Arcebispo” Anglicano de York (Inglaterra), Stephen Cottrell, por ocasião da visita do Rei Charles III e da Rainha Camilla, Monarcas do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e outros reinos da Commonwealth.

A breve oração ecumênica foi marca por hinos, salmos, leituras e orações centrados no cuidado da criação, tema caro ao Rei Charles III. Infelizmente, porém, não foi divulgado o livreto da celebração.

Entrada do Papa e do “Arcebispo” de York
Hino

Salmos

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Memória de São João Paulo II: Roma e Cracóvia (2025)

No dia 22 de outubro a Igreja celebra a Memória de São João Paulo II, Papa. Nesta postagem destacamos as celebrações em honra do Pontífice polonês neste ano de 2025 em Roma e em Cracóvia:

Em Roma a Missa da Memória foi presidida pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Cracóvia (Polônia), Dom Robert Józef Chrząszcz, no altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, seguida de um momento de oração no altar de São Sebastião, sob o qual estão as relíquias de São João Paulo II:

Procissão de entrada

Ritos iniciais
Homilia
Oração Eucarística: Consagração

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Aniversário da Dedicação do Duomo de Milão (2025)

No dia 19 de outubro de 2025 o Arcebispo de Milão (Itália), Dom Mario Enrico Delpini, presidiu a Missa em Rito Ambrosiano, próprio dessa Arquidiocese, por ocasião da Solenidade do Aniversário da Dedicação do Duomo de Milão (Catedral Metropolitana da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria) com o rito da “trasmigratio.

A partir do século IV duas igrejas se “revezavam” como Catedral de Milão: a Basílica de Santa Tecla no verão e a Basílica de Santa Maria Maior no inverno. O rito da “trasmigratio” marcava a “passagem” do título de Catedral entre as igrejas duas vezes ao ano, na Páscoa e no mês de outubro.

A partir do final do século XIV, porém, ambas igrejas foram destruídas para dar lugar ao atual Duomo de Milão. Não obstante, o rito do terceiro domingo de outubro foi resgatado, na forma de uma entrada solene na Catedral:

Chegada do Arcebispo
Rito da trasmigratio
O Arcebispo bate na porta do Duomo
Procissão de entrada