quarta-feira, 2 de abril de 2025

Homilias do Papa João Paulo II: Solenidades e festas

Neste dia 02 de abril de 2025 completam-se 20 anos da morte Papa São João Paulo II (†2005).

Recordando o riquíssimo magistério do “Papa polonês”, propomos aqui os links para suas homilias e meditações para as principais solenidades e festas do Ano Litúrgico publicadas em nosso blog, como já fizemos com os Papas Bento XVI (†2022) e Francisco.

À medida que publicarmos novos textos, atualizaremos este “Homiliário”.


CICLO DO NATAL


Catequeses sobre o Advento
06 de dezembro de 1978: O homem “imagem de Deus”
13 de dezembro de 1978: A criação é dom do Amor de Deus
20 de dezembro de 1978: A dimensão ética na vida do homem

Is 9,1-6 / Sl 95 / Tt 2,11-14 / Lc 2,1-14
24 de dezembro de 1999: Homilia (Abertura da Porta Santa: Basílica de São Pedro)

22 de março de 2000: Homilia (Missa votiva do Natal do Senhor em Belém)

25 de dezembro de 1999: Homilia (II Vésperas do Natal e Abertura da Porta Santa da Basílica do Latrão)

Catequeses sobre o Natal

Vésperas no encerramento do ano
31 de dezembro de 1999: Homilia

terça-feira, 1 de abril de 2025

Missa no Jubileu dos Missionários da Misericórdia (2025)

No dia 30 de março de 2025 o Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização (1ª seção), Dom Rino Salvatore Fisichella, presidiu a Missa do IV Domingo da Quaresma (Ano C) na Basílica de Santo André della Valle em Roma por ocasião do Jubileu dos Missionários da Misericórdia.

Esses sacerdotes particularmente dedicados ao Sacramento da Reconciliação foram instituídos pelo Papa Francisco durante o Jubileu Extraordinário da Misericórdia (2015-2016).

Sua peregrinação teve no dia 28, coincidindo com as “24 horas para o Senhor” que se celebram entre a sexta-feira e o sábado que antecedem o IV Domingo da Quaresma (Domingo Laetare).

Procissão de entrada
Ritos iniciais
Evangelho
Homilia

segunda-feira, 31 de março de 2025

Catequeses do Papa Francisco: Vícios e virtudes 9

Após refletir sobre as quatro virtudes cardeais em sua série de Catequeses sobre os vícios e as virtudes, que estamos publicando nesta Quaresma do Ano Jubilar de 2025, e antes de falar das três virtudes teologais, o Papa Francisco dedicou uma meditação à vida da graça segundo o Espírito:

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Os vícios e as virtudes (16): A vida da graça segundo o Espírito

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Nas últimas semanas refletimos sobre as virtudes cardeais: prudência, justiça, fortaleza e temperança. São estas as quatro virtudes cardeais. Como já salientamos várias vezes, estas quatro virtudes pertencem a uma sabedoria muito antiga, precedente até ao Cristianismo. Já antes de Cristo a honestidade era preconizada como dever cívico, a sabedoria como regra das ações, a coragem como ingrediente fundamental para uma vida que tende para o bem e a moderação como medida necessária para não se deixar dominar pelos excessos. Esta herança tão antiga, legado da humanidade, não foi substituída pelo Cristianismo, mas esclarecida, valorizada, purificada e integrada na fé.

Portanto, no coração de cada homem e mulher existe a capacidade de procurar o bem. O Espírito Santo é concedido para que aqueles que o recebem possam distinguir claramente o bem do mal, ter a força de aderir ao bem evitando o mal e, agindo assim, alcançar a plena realização pessoal.

O Espírito Santo, fonte das virtudes

Mas no caminho que todos percorremos rumo à plenitude da vida, que pertence ao destino de cada pessoa - o destino de cada pessoa é a plenitude, ser cheia de vida -, o cristão conta com uma ajuda especial do Espírito Santo, o Espírito de Jesus. Ela é implementada com o dom de outras três virtudes, distintamente cristãs, que nos escritos do Novo Testamento são frequentemente mencionadas juntas. Estas atitudes fundamentais, que distinguem a vida do cristão, são três virtudes que agora diremos juntos: fé, esperança e caridade. Digamo-las juntos: fé, esperança e caridade. Os escritores cristãos logo as chamaram virtudes “teologais”, pois são recebidas e vividas na relação com Deus, para diferenciá-las das outras quatro virtudes chamadas “cardeais”, uma vez que constituem as “dobradiças” de uma vida boa. Essas três são recebidas no Batismo e derivam do Espírito Santo. Todas, tanto as virtudes teologais como as cardeais, confrontadas em muitas reflexões sistemáticas, compuseram assim um maravilhoso setenário, que muitas vezes é oposto ao elenco dos sete vícios capitais. É assim que o Catecismo da Igreja Católica define a ação das virtudes teologais: «Fundamentam, animam e caracterizam o agir moral do cristão. Informam e vivificam todas as virtudes morais. São infundidas por Deus na alma dos fiéis para torná-los capazes de proceder como seus filhos e assim merecerem a vida eterna. São o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano» (n. 1813).

sexta-feira, 28 de março de 2025

Raniero Cantalamessa: Oriente e Ocidente (2)

Neste ano de 2025, no qual as Igrejas do Oriente e do Ocidente celebram os 1700 anos do I Concílio de Niceia (325), recordamos as quatro meditações sobre a teologia do Oriente e do Ocidente proferidas pelo Padre Raniero Cantalamessa, então Pregador da Casa Pontifícia, durante a Quaresma de 2015.

Confira nesta postagem a segunda meditação, sobre o mistério da Pessoa de Cristo:

Padre Raniero Cantalamessa, OFMCap
III pregação de Quaresma
13 de março de 2015
Oriente e Ocidente perante o mistério da Pessoa de Cristo

1. Paulo e João: o Cristo visto de dois ângulos

Em nosso esforço de compartilhar os tesouros espirituais do Oriente e do Ocidente, vamos refletir hoje sobre a fé comum em Jesus Cristo. Tentemos fazê-lo como quem fala de alguém presente, não de um ausente. Se não fosse pelo nosso “peso” humano, que nos atrapalha, deveríamos pensar que, toda vez que pronunciamos o nome de Jesus, Ele se sente chamado pelo nome e se volta para nos olhar. Hoje também Ele está aqui conosco e escuta o que diremos d’Ele (esperemos que com indulgência).

Cristo Pantocrator
(Catedral de Cefalù, Itália)

Comecemos pelas raízes bíblicas da “questão Jesus”. No Novo Testamento vemos delinear-se duas vias de expressão do mistério de Cristo. A primeira delas é a de São Paulo. Resumamos os traços peculiares dessa linha, os traços que a tornarão modelo e arquétipo cristológico no desenvolvimento do pensamento cristão. Esta linha:
- Parte da humanidade para alcançar a divindade de Cristo; parte da história para atingir a pré-existência; é, portanto, um caminho ascendente; segue a ordem do manifestar-se de Cristo, a ordem em que os homens o conheceram, não a ordem do ser;
- Parte da dualidade de Cristo (carne e espírito) para chegar à unidade do sujeito “Jesus Cristo, nosso Senhor”;
- Tem no centro o Mistério Pascal, o operatum, mais do que a pessoa de Cristo. O grande marco entre as duas fases da existência de Cristo é a Ressurreição dos mortos.

Para nos convencermos de que esta consideração é acertada, basta reler a densíssima passagem, uma espécie de credo embrionário, com que o Apóstolo começa a Carta aos Romanos. O mistério de Cristo é assim resumido: “Descendente de Davi segundo a carne, autenticado como Filho de Deus com poder, pelo Espírito de santidade que o ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 1,3-4).

Solenidade da Anunciação do Senhor em Nazaré (2025)

No dia 25 de março de 2025 o Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, presidiu a Missa da Solenidade da Anunciação do Senhor na igreja superior da Basílica da Anunciação em Nazaré.

No final da Missa teve lugar a tradicional procissão “em memória da Encarnação do Verbo de Deus” (Memoria Verbi Dei Incarnationis) ao redor da abertura sobre a igreja inferior, com a leitura de três trechos do Evangelho, a oração do Ângelus e a bênção.

Nessa procissão, além do Livro dos Evangelhos, foi conduzida uma rocha da gruta da Anunciação em um relicário.

Procissão de entrada

Incensação
Ritos iniciais

quarta-feira, 26 de março de 2025

Catequese do Papa João Paulo II sobre as Indulgências

Após as duas Catequeses sobre o sacramento da Reconciliação proferidas em setembro de 1999 em preparação para o Grande Jubileu do Ano 2000, trazemos uma Catequese do Papa São João Paulo II sobre as indulgências, tema diretamente ligado a esse sacramento e particularmente atual neste Jubileu 2025:

João Paulo II
Audiência Geral
Quarta-feira, 29 de setembro de 1999
O dom da indulgência

1. Em íntima conexão com o sacramento da Penitência apresenta-se à nossa reflexão um tema que tem particular relação com a celebração do Jubileu: refiro-me ao dom da indulgência, que no ano jubilar é oferecido com particular abundância, como é previsto na Bula Incarnationis mysterium e nas disposições anexas da Penitenciaria Apostólica.

Trata-se de um tema delicado, sobre o qual não faltaram incompreensões históricas, que incidiram negativamente na própria comunhão entre os cristãos. No atual contexto ecumênico a Igreja sente a exigência de que esta antiga prática, entendida como expressão significativa da misericórdia de Deus, seja bem compreendida e acolhida. De fato, a experiência atesta como às vezes nos aproximamos das indulgências com atitudes superficiais, que acabam por prejudicar o dom de Deus, lançando sombra sobre as próprias verdades e valores propostos pelo ensinamento da Igreja.


2. O ponto de partida para compreender a indulgência é a abundância da misericórdia de Deus, manifestada na cruz de Cristo. Jesus crucificado é a grande “indulgência” que o Pai ofereceu à humanidade, através do perdão das culpas e da possibilidade da vida filial (cf. Jo 1,12-13) no Espírito Santo (cf. Gl 4,6; Rm 5,5; 8,15-16).

Este dom, no entanto, na lógica da aliança que é o coração de toda a economia da salvação, não nos atinge sem a nossa aceitação e a nossa correspondência.

segunda-feira, 24 de março de 2025

Catequeses do Papa Francisco: Vícios e virtudes 8

Nesta postagem da série de Catequeses do Papa Francisco sobre os vícios e as virtudes publicadas aqui no blog durante a Quaresma do Ano Jubilar de 2025 trazemos as meditações sobre as duas últimas virtudes cardeais: a fortaleza e a temperança.

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 10 de abril de 2024
Os vícios e as virtudes (14): A fortaleza

Caríssimos irmãos e irmãs, bom dia!
A Catequese de hoje é dedicada à terceira das virtudes cardeais, ou seja, à fortaleza. Comecemos pela descrição dada pelo Catecismo da Igreja Católica: «A fortaleza é a virtude moral que, no meio das dificuldades, assegura a firmeza e a constância na busca do bem. Torna firme a decisão de resistir às tentações e de superar os obstáculos na vida moral. A virtude da fortaleza dá capacidade para vencer o medo, até da morte, e enfrentar a provação e as perseguições» (n. 1808). Isto diz o Catecismo da Igreja Católica sobre a virtude da fortaleza.

A sabedoria expulsa os vícios do jardim das virtudes
(Andrea Mantegna)

Eis, pois, a mais “combativa” das virtudes. Enquanto a primeira das virtudes cardeais, isto é, a prudência, estava principalmente associada à razão do homem, e a justiça encontrava a sua morada na vontade, esta terceira virtude, a fortaleza, é frequentemente ligada pelos autores escolásticos àquilo que os antigos chamavam o “apetite irascível”. O pensamento antigo não imaginava um homem desprovido de paixões: seria uma pedra. E as paixões não são necessariamente o resíduo de um pecado; mas devem ser educadas, devem ser orientadas, devem ser purificadas com a água do Batismo, ou melhor, com o fogo do Espírito Santo. O cristão sem coragem, que não inclina as próprias forças para o bem, que não incomoda ninguém, é um cristão inútil. Pensemos nisto! Jesus não é um Deus diáfano e asséptico, que desconhece as emoções humanas. Pelo contrário. Perante a morte do amigo Lázaro, desata em lágrimas; e em algumas das suas expressões transparece o seu espírito apaixonado, como quando diz: «Vim lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já se tivesse aceso!» (Lc 12,49); e diante do comércio no templo, reage vigorosamente (cf. Mt 21,12-13). Jesus tinha paixão!