sábado, 22 de novembro de 2025

Mensagem do Papa: Jornada Mundial da Juventude 2025

No domingo, 23 de novembro de 2025, Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, celebramos a nível diocesano a 40ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Confira a seguir a Mensagem do Papa Leão XIV para a ocasião, com o tema «Vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo» (Jo 15,27), dando início ao caminho rumo à próxima edição internacional da JMJ, que terá lugar em Seul (Coreia do Sul), de 03 a 08 de agosto de 2027, com o tema «Tende coragem: Eu venci o mundo!» (Jo 16,33).

40ª Jornada Mundial da Juventude
Mensagem do Papa Leão XIV
23 de novembro de 2025
«Vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo» (Jo 15,27)

Queridos jovens,
Ao iniciar esta primeira mensagem que vos dirijo, desejo em primeiro lugar dizer-vos obrigado! Obrigado pela alegria que transmitistes quando viestes a Roma para o vosso Jubileu e obrigado também a todos os jovens que, de oração, se uniram a nós a partir de todas as partes do mundo. Foi um evento precioso para renovar o entusiasmo da fé e partilhar a esperança que arde nos nossos corações! Por isso, façamos com que o encontro jubilar não seja um momento isolado, mas assinale, em cada um de vós, um passo em frente na vida cristã e um forte encorajamento a perseverar no testemunho da fé.

O Papa com os jovens durante o seu Jubileu

É precisamente esta dinâmica que está no centro da próxima Jornada Mundial da Juventude, que celebraremos a 23 de novembro, Domingo de Cristo Rei, e que terá como tema «Vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo» (Jo 15,27). Com a força do Espírito Santo, como peregrinos de esperança, preparemo-nos para ser testemunhas corajosas de Cristo. Comecemos, portanto, a partir de agora, um caminho que nos guiará até à edição internacional da JMJ de 2027 em Seul. Nesta perspectiva, gostaria de me deter em dois aspectos do testemunho: a nossa amizade com Jesus, que recebemos de Deus como dom; e o empenho de cada um na sociedade, como construtores da paz.

Amigos, portanto, testemunhas

O testemunho cristão nasce da amizade com o Senhor, Crucificado e Ressuscitado para a salvação de todos. Não se confunde com uma propaganda ideológica, mas é um verdadeiro princípio de transformação interior e de sensibilização social. Jesus quis chamar “amigos” aos discípulos a quem deu a conhecer o Reino de Deus e a quem pediu que ficassem com Ele, para formar a sua comunidade e para enviá-los a proclamar o Evangelho (cf. Jo 15,15.27). Quando Jesus nos diz «Dai testemunho», está assegurando-nos que nos considera seus amigos. Só Ele conhece plenamente quem somos e porque estamos aqui: conhece o coração de cada um de vós, jovens, a vossa indignação diante de discriminações e injustiças, o vosso desejo de verdade e beleza, de alegria e paz; com a sua amizade, Ele vos escuta, vos motiva e vos guia, chamando cada um de vós a uma vida nova.

Ângelus: XXXIII Domingo do Tempo Comum - Ano C (2025)

Papa Leão XIV
Ângelus
Praça de São Pedro
Domingo, 16 de novembro de 2025

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
Enquanto o Ano Litúrgico chega ao fim, o Evangelho de hoje (Lc 21,5-19) nos faz refletir sobre as tribulações da história e o fim das coisas. Porque conhece o nosso coração, Jesus, ao olhar para esses acontecimentos, convida-nos antes de tudo a não nos deixarmos vencer pelo medo: «Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções - diz Ele - não fiqueis apavorados» (v. 9).

O seu apelo é muito atual: infelizmente, recebemos diariamente notícias de conflitos, calamidades e perseguições que atormentam milhões de homens e mulheres. Tanto diante dessas aflições quanto diante da indiferença que quer ignorá-las, as palavras de Jesus anunciam que a agressão do mal não pode destruir a esperança daqueles que confiam n’Ele. Quanto mais a hora é escura como a noite, mais a fé brilha como o sol.

Efetivamente, Cristo afirma duas vezes que «por causa do seu nome» muitos sofrerão violência e traição (vv. 12.17), mas precisamente nesse momento terão a ocasião de dar testemunho (v. 13). Seguindo o exemplo do Mestre, que na Cruz revelou a imensidão do seu amor, esse encorajamento diz respeito a todos nós. Com efeito, a perseguição aos cristãos não acontece apenas com armas e maus-tratos, mas também com as palavras, ou seja, através da mentira e da manipulação ideológica. Sobretudo quando oprimidos por esses males físicos e morais, somos chamados a dar testemunho da verdade que salva o mundo, da justiça que liberta os povos da opressão, da esperança que indica a todos o caminho da paz.

No seu estilo profético, as palavras de Jesus atestam que os desastres e as dores da história têm um fim, enquanto está destinada a durar para sempre a alegria daqueles que reconhecem n’Ele o Salvador. «É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!» (v. 19): esta promessa do Senhor nos infunde a força para resistir a todas as ofensas e aos acontecimentos ameaçadores da história; não ficamos impotentes diante da dor, porque Ele mesmo nos dá «palavras acertadas» (v. 15) para praticarmos constantemente o bem com coração ardente.

Caríssimos, ao longo de toda a história da Igreja são principalmente os mártires que nos lembram que a graça de Deus é capaz de transfigurar até mesmo a violência em sinal de redenção. Por isso, unindo-nos aos nossos irmãos e irmãs que sofrem pelo nome de Jesus, procuremos com confiança a intercessão de Maria, auxílio dos cristãos. Em todas as provações e dificuldades, que a Virgem Santa nos console e sustente.


Fonte: Santa Sé.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Fotos da Missa no Jubileu dos Pobres (2025)

Na manhã do dia 16 de novembro de 2025 o Papa Leão XIV presidiu a Missa do XXXIII Domingo do Tempo Comum (Ano C) na Basílica de São Pedro por ocasião do Jubileu dos Pobres, coincidindo com o IX Dia Mundial dos Pobres.

O Papa assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Krzysztof Marcjanowicz. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Procissão de entrada

Incensação

Sinal da cruz

Homilia do Papa: Jubileu dos Pobres (2025)

IX Dia Mundial dos Pobres
Jubileu dos Pobres
Homilia do Papa Leão XIV
Basílica de São Pedro
Domingo, 16 de novembro de 2025

Foi celebrada a Missa do XXXIII Domingo do Tempo Comum (Ano C).

Queridos irmãos e irmãs,
Nos últimos domingos do Ano Litúrgico somos convidados a olhar para a história nos seus desfechos finais. Na 1ª leitura (Ml 3,19-20a) o profeta Malaquias vislumbra na chegada do “dia do Senhor” a entrada em um novo tempo. Este é descrito como o tempo de Deus, em que, como um amanhecer que faz surgir um sol de justiça, as esperanças dos pobres e dos humildes receberão do Senhor uma resposta final e definitiva, e serão erradicadas, queimadas como se fossem palha, as obras dos ímpios e a sua injustiça, sobretudo em detrimento dos indefesos e dos pobres.

Como sabemos, esse sol de justiça que surge é o próprio Jesus. O dia do Senhor, com efeito, não é apenas o último dia da história, mas é o Reino que se aproxima de cada homem no Filho de Deus que vem. No Evangelho (Lc 21,5-19), usando a típica linguagem apocalíptica de seu tempo, Jesus anuncia e inaugura esse Reino: na realidade, Ele mesmo é o senhorio de Deus que se faz presente em meio aos acontecimentos dramáticos da história. Por isso, eles não devem assustar o discípulo, mas torná-lo ainda mais perseverante no testemunho e consciente de que a promessa de Jesus é sempre viva e fiel: «Não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça» (v. 18).


Irmãos e irmãs, esta é a esperança à qual nos ancoramos, mesmo diante das vicissitudes nem sempre felizes da vida. Ainda hoje, «a Igreja prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus, anunciando a Cruz e a Morte do Senhor até que Ele venha» (Lumen gentium, n. 8). E onde todas as esperanças humanas parecem esgotar-se torna-se ainda mais firme a única certeza, mais estável do que o céu e a terra, de que o Senhor não deixará que se perca nem um só fio de cabelo da nossa cabeça.

Deus não nos deixa sozinhos nas perseguições, nos sofrimentos, nas dificuldades e nas opressões da vida e da sociedade. Ele manifesta-se como Aquele que toma partido por nós. Toda a Escritura é atravessada por este fio condutor que narra um Deus que está sempre do lado dos mais frágeis, dos órfãos, dos estrangeiros e das viúvas (cf. Dt 10,17-19). E a proximidade de Deus atinge o ápice do amor em seu filho Jesus: por isso a presença e a palavra de Cristo tornam-se júbilo e jubileu para os mais necessitados, pois Ele veio para anunciar aos pobres a boa-nova e proclamar o ano da graça do Senhor (cf. Lc 4,18-19).

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Posse do novo Arcebispo Maior dos Romenos

No sábado, 15 de novembro de 2025, Dom Claudiu-Lucian Pop presidiu a Divina Liturgia em Rito Bizantino na Catedral da Santíssima Trindade em Blaj (Romênia), durante a qual tomou posse como novo Arcebispo Maior de Fagaras e Alba-Iulia dos Romenos.

A celebração contou com a presença do Cardeal Claudio Gugerotti, Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, dos Metropolitas das Igrejas Greco-Católicas Eslovaca e Húngara, além de outros Bispos de Rito Romano e de Rito Bizantino.

Dom Claudiu-Lucian Pop, até então Bispo da Eparquia de Cluj-Gherla, foi eleito Arcebispo Maior de Fagaras e Alba-Iulia (Făgăraș şi Alba Iulia) no dia 05 de novembro, após a morte do Cardeal Lucian Mureşan. Para ler uma breve biografia do novo Arcebispo Maior, clique aqui.

Catedral da Santíssima Trindade em Blaj
Iconostase da Catedral
Procissão de entrada
Posse do novo Arcebispo Maior
Dom Claudiu-Lucian Pop senta na cátedra

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Aniversário da Dedicação da igreja de Santo Anselmo (2025)

Na terça-feira, 11 de novembro de 2025, o Papa Leão XIV, assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli, presidiu a Missa na igreja de Santo Anselmo no Aventino por ocasião do 125º aniversário da Dedicação da igreja.

Foi celebrada a Missa da Solenidade do aniversário da dedicação da própria igreja, com as orações e leituras do Comum da dedicação de uma igreja.

Junto a Sant'Anselmo all'Aventino, sede do Abade Primaz da Ordem de São Bento, está o Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, que inclui o Pontifício Instituto Litúrgico. A igreja, além disso, é o ponto de partida da procissão estacional da Quarta-feira de Cinzas.

O Papa venera a cruz
Aspersão dos fiéis
Procissão de entrada
Incensação do altar
Ritos iniciais

Homilia do Papa: Dedicação da igreja de Santo Anselmo (2025)

Missa no 125º aniversário da Dedicação da igreja de Santo Anselmo
Homilia do Papa Leão XIV
Igreja de Santo Anselmo no Aventino, Roma
Terça-feira, 11 de novembro de 2025

Leituras: Ez 43,1-2.4-7a; Sl 121; 1Pd 2,4-9; Mt 16,13-19.

«Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja» (Mt 16,18). Caríssimos irmãos e irmãs, ouvimos estas palavras de Jesus ao comemorarmos o 125º aniversário da Dedicação desta igreja, tão desejada pelo Papa Leão XIII, que incentivou a sua construção.

Nas suas intenções esta edificação, juntamente com a do Colégio Internacional anexo, devia contribuir para o fortalecimento da presença beneditina na Igreja e no mundo, através de uma unidade cada vez maior no seio da Confederação Beneditina, objetivo para o qual foi também instituído o Ofício do Abade Primaz. Ele o fez porque estava convicto de que a vossa antiga Ordem poderia ser de grande auxílio para o bem de todo o Povo de Deus em um tempo repleto de desafios, como a transição do século XIX para o século XX.


De fato, o monasticismo, desde os seus primórdios, tem sido uma realidade “de vanguarda”, inspirando homens e mulheres corajosos a estabelecer centros de oração, trabalho e caridade nos lugares mais remotos e inacessíveis, muitas vezes transformando áreas desoladas em terras férteis e ricas, do ponto de vista agrícola e econômico, mas sobretudo espiritual. Assim o mosteiro tornou-se cada vez mais um lugar de crescimento, paz, hospitalidade e unidade, mesmo nos períodos mais sombrios da História

Também no nosso tempo não faltam desafios para enfrentar. As mudanças repentinas a que assistimos nos provocam e questionam, levantando problemáticas até agora inéditas. Esta celebração nos recorda que, tal como o Apóstolo Pedro, e com ele Bento e tantos outros, também nós só podemos responder às exigências da vocação que recebemos colocando Cristo no centro da nossa existência e da nossa missão, começando por aquele ato de fé que nos faz reconhecer n’Ele o Salvador e traduzindo-o em oração, estudo e compromisso com uma vida santa.