terça-feira, 15 de abril de 2025

Catequese do Papa João Paulo II: Semana Santa (2000)

Nesta Semana Santa do Ano Jubilar de 2025 recordamos a Catequese proferida pelo Papa São João Paulo II (†2005) há 25 anos, durante a Semana Santa do Grande Jubileu do Ano 2000:

João Paulo II
Audiência Geral
Quarta-feira, 19 de abril de 2000
Semana Santa

Queridos irmãos e irmãs,
1. O itinerário quaresmal, que iniciamos na Quarta-feira de Cinzas, atinge o seu ápice nesta Semana oportunamente denominada “Santa"”. Com efeito, preparamo-nos para reviver nos próximos dias os acontecimentos mais sagrados da nossa salvação:  a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Cristo.

Diante de nós, nestes dias, como símbolo eloquente do amor de Deus pela humanidade, está a Cruz. Ao mesmo tempo ressoa na Liturgia a invocação do Redentor agonizante: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Mt 27,46; Mc 15,34). Sentimos muitas vezes como “nosso” este grito de sofrimento nas várias e penosas situações da existência, que podem causar íntimo desalento, gerar preocupações e incertezas. Nos momentos de solidão e de desorientação, não raros na vida do homem, pode brotar na alma do fiel a exclamação: o Senhor me abandonou!


A Paixão de Cristo e a sua glorificação no lenho da Cruz, porém, oferecem uma chave de leitura diferente destes eventos. No Gólgota, no auge do sacrifício do seu Filho Unigênito, o Pai não o abandona, mas, antes, leva à plena realização o desígnio de salvação em favor de toda a humanidade. Na sua Paixão, Morte e Ressurreição nos é revelado que a última palavra na existência humana não é a morte, mas a vitória de Deus sobre a morte. O amor divino, manifestado em plenitude no Mistério Pascal, vence a morte e o pecado, que é a sua causa (cf. Rm 5,12).

2. Nestes dias da Semana Santa entramos no coração do desígnio salvífico de Deus. De modo particular durante este Ano jubilar, a Igreja quer recordar a todos que Cristo morreu por cada homem e cada mulher, porque o dom da salvação é universal. A Igreja mostra o rosto de um Deus crucificado, que não suscita temor, mas comunica apenas amor e misericórdia. Não é possível permanecer indiferente diante do sacrifício de Cristo! Na alma de quem se detém a contemplar a Paixão do Senhor brotam espontaneamente sentimentos de profunda gratidão. Subindo espiritualmente com Ele ao Calvário, chegamos a experimentar de algum modo a luz e a alegria que emanam da sua Ressurreição.

Missas nos lugares da Paixão em Jerusalém (2025)

Nas quartas-feiras da Quaresma (a partir da II semana) a Custódia Franciscana da Terra Santa promove uma série de celebrações nos lugares da Paixão do Senhor em Jerusalém, semelhante às “estações quaresmais romanas”.

Em cada santuário é celebrada a “Missa própria do lugar” unida às Vésperas (oração da tarde da Liturgia das Horas) com paramentos vermelhos, cor dos ofícios da Paixão - exceto na Comemoração da ressurreição de Lázaro (quinta-feira da IV semana da Quaresma), celebrada com paramentos brancos.

Como de costume as homilias foram confiadas ao mesmo sacerdote: neste ano de 2025 ao Padre Ulise Zarza, OFM, Professor de Patrística no Seminário Teológico Internacional de Jerusalém.

Nesta postagem destacamos ainda a Comemoração das Dores de Maria na sexta-feira da V semana da Quaresma, que não faz parte do itinerário acima.

20 de março: Santuário de Dominus flevit

Transferida para a quinta-feira por causa da Solenidade de São José.

Ritos iniciais
Salmodia das Vésperas
Homilia

26 de março: Basílica do Getsêmani

Incensação
Ritos iniciais

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Catequeses do Papa Francisco: Vícios e virtudes 11

Concluindo a publicação das Catequeses do Papa Francisco sobre os vícios e as virtudes que realizamos ao longo da Quaresma deste Ano Jubilar de 2025, trazemos suas meditações sobre a maior das virtudes teologais, a caridade, e sobre a virtude da humildade.

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 15 de maio de 2024
Os vícios e as virtudes (19): A caridade

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje falaremos da terceira virtude teologal, a caridade. As outras duas, recordemos, são a fé e a esperança: hoje falaremos da terceira, a caridade. Ela é o ápice de todo o itinerário que percorremos nas Catequeses sobre as virtudes. Pensar na caridade dilata imediatamente o coração e a mente, segundo as palavras inspiradas de São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios. Concluindo aquele maravilhoso hino, São Paulo cita a tríade de virtudes teologais, exclamando: «Agora, pois, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade. Mas a maior delas é a caridade» (1Cor 13,13).

As três virtudes teologais
(August Kiss, Cripta da Catedral de Berlim)

Paulo dirige estas palavras a uma comunidade muito longe de ser perfeita no amor fraterno: os cristãos de Corinto eram bastante turbulentos, havia divisões internas, havia aqueles que pretendiam ter sempre razão e não ouviam os outros, considerando-os inferiores. Paulo recorda-lhes que a ciência ensoberbece, enquanto a caridade edifica (cf. 1Cor 8,1). Além disso, o Apóstolo fala de um escândalo que atinge até o momento de maior união de uma comunidade cristã, ou seja, a “Ceia do Senhor”, a Celebração Eucarística: também ali há divisões, e há quem se aproveite para comer e beber, excluindo os que nada têm (cf. 1Cor 11,18-22). Perante isto, Paulo pronuncia um juízo severo: «Quando, pois, vos reunis, já não comeis a Ceia do Senhor» (v. 20), tendes outro ritual, que é pagão, não é a Ceia do Senhor.

sábado, 12 de abril de 2025

Homilia do Papa João Paulo II: Domingo de Ramos (2000)

Ao iniciarmos a Semana Santa deste Ano Jubilar de 2025 recordamos a homilia proferida pelo Papa São João Paulo II (†2005) há 25 anos, no Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor do Grande Jubileu do Ano 2000:

Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor
Homilia do Papa João Paulo II
Praça de São Pedro
Domingo, 16 de abril de 2000

1.Benedictus qui venit in nomine Domini... Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mt 21,9; cf. Sl 117,26).
Na onda destas palavras chega a nós o eco do entusiasmo com que os habitantes de Jerusalém acolheram Jesus para a festa da Páscoa. Escutamo-las novamente cada vez que, durante a Missa, entoamos o “Sanctus”. Depois de dizer: “Pleni sunt coeli et terra gloria tua”, acrescentamos: “Benedictus qui venit in nomine Domini. Hosanna in excelsis”.

Esse hino, cuja primeira parte foi tomada do profeta Isaías (cf. Is 6,3), exalta o Deus “três vezes santo”. Prossegue em seguida, na segunda parte, expressando a alegria reconhecida da assembleia diante da realização das promessas messiânicas: “Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”.


O pensamento dirige-se naturalmente para o povo da Aliança que, durante séculos e gerações, viveu na expectativa do Messias. Alguns acreditavam ver em João Batista aquele em quem se cumpriam as promessas. Como sabemos, porém, à pergunta explícita sobre sua eventual identidade messiânica, o Precursor respondeu com uma clara negação, remetendo a Jesus quantos o interrogavam.

A convicção de que os tempos haviam chegado crescia no povo, primeiro pelo testemunho do Batista, e depois graças às palavras e aos sinais realizados por Jesus e, de modo especial, por causa da ressurreição de Lázaro, ocorrida alguns dias antes do ingresso em Jerusalém, do qual fala o Evangelho de hoje. Eis porque a multidão, quando Jesus chega na cidade cavalgando um jumento, recebe-o com uma explosão de júbilo: “Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!” (Mt 21,9).

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Raniero Cantalamessa: Oriente e Ocidente (4)

Com esta publicação concluímos as meditações do Padre Raniero Cantalamessa, então Pregador da Casa Pontifícia, sobre a teologia do Oriente e do Ocidente, proferidas durante a Quaresma de 2015 e repropostas aqui no contexto dos 1700 anos do I Concílio de Niceia (325).

Confira nesta quarta e última postagem a meditação sobre o mistério da salvação:

Padre Raniero Cantalamessa, OFMCap
V pregação de Quaresma
27 de março de 2015
Oriente e Ocidente perante o mistério da salvação

Com esta meditação encerramos o nosso percurso pela fé comum do Oriente e do Ocidente, e o encerramos com o que nos diz respeito mais diretamente: o problema da salvação, ou seja, como ortodoxos e o mundo latino compreenderam o conteúdo da salvação cristã.

É, provavelmente, o campo em que é mais necessário para nós, latinos, voltar o olhar para o Oriente, a fim de enriquecer e, em parte, corrigir o nosso modo difuso de conceber a redenção operada por Cristo. Temos o privilégio de fazê-lo nesta Capela, onde a obra de Cristo e do mistério da salvação foi representada pela arte do Padre Rupnik, de acordo com a concepção da Igreja do Oriente e da iconografia bizantina.

Juízo final, tendo ao centro Cristo Redentor

Vamos começar com uma autorizada apresentação do modo diferente de entender a salvação entre Oriente e Ocidente, exposta no Dictionnaire de Spiritualité e que sintetiza a opinião dominante nos círculos teológicos:
“O propósito da vida para os cristãos gregos é a divinização; o dos cristãos do Ocidente é a conquista da santidade... O Verbo se fez carne, de acordo com os gregos, para restituir ao homem a semelhança divina perdida em Adão e para divinizá-lo. De acordo com os latinos, Ele se fez homem para redimir a humanidade... e para pagar a dívida devida à justiça de Deus” [1].

Procuraremos ver em que se baseia essa diferença de visão e o que há de verdadeiro na maneira de apresentá-la.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Fotos da Missa no Jubileu dos Enfermos (2025)

No dia 06 de abril de 2025 teve lugar na Praça de São Pedro a Santa Missa do V Domingo da Quaresma (Ano C) por ocasião do Jubileu dos Enfermos e do Mundo da Saúde.

A Missa foi presidida por Dom Rino Salvatore Fisichella, Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização (1ª seção), assistido pelo Monsenhor Ján Dubina, que leu a homilia preparada pelo Papa Francisco.

O Papa, com efeito, se dirigiu à Praça no final da Missa para uma breve saudação aos fiéis.

O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Incensação da imagem da Virgem Maria

Sinal da cruz
Ritos iniciais
Liturgia da Palavra

Homilia do Papa: V Domingo da Quaresma - Ano C (2025)

Jubileu dos Enfermos e Mundo da Saúde
Santa Missa
Homilia do Papa Francisco
Praça de São Pedro
Domingo, 06 de abril de 2025

A homilia preparada pelo Papa Francisco foi lida por Dom Rino Fisichella, Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização (1ª seção), que presidiu a celebração.

«Eis que Eu farei coisas novas, e que já estão surgindo: acaso não as reconheceis?» (Is 43,19). São estas as palavras que, através do profeta Isaías, Deus dirige ao povo de Israel exilado na Babilônia. Para os israelitas é um momento difícil, parece que tudo está perdido. Jerusalém foi conquistada e devastada pelos soldados do rei Nabucodonosor II, e nada resta ao povo deportado. Os horizontes parecem fechados, o futuro sombrio e todas as esperanças destruídas. Tudo poderia levar os exilados a desistir, a resignar-se desoladamente e a não se sentir mais abençoados por Deus.


Porém, precisamente neste contexto, o Senhor convida a acolher algo de novo que está nascendo. Não é qualquer coisa que vai suceder no futuro, mas é algo que já está acontecendo, que está brotando como um rebento. Mas, de que se trata ao certo? O que pode nascer, ou melhor, o que pode já ter germinado em um panorama de desolação e de desespero como aquele?

O que está nascendo é um povo novo. Um povo que, derrubadas as falsas seguranças do passado, descobriu o que é essencial: permanecer unido e caminhar juntos, à luz do Senhor (cf. Is 2,5). Um povo que será capaz de reconstruir Jerusalém, porque, longe da Cidade Santa, com o templo destruído, não podendo mais celebrar as Liturgias solenes, aprendeu a encontrar o Senhor de outra maneira: na conversão do coração (cf. Jr 4,4), na prática do direito e da justiça, na atenção aos pobres e necessitados (cf. Jr 22,3), nas obras de misericórdia.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Catequeses do Papa Francisco: Vícios e virtudes 10

Quase concluindo a publicação das Catequeses do Papa Francisco sobre os vícios e as virtudes que estamos realizando durante a Quaresma deste Ano Jubilar de 2025, confira suas meditações sobre as duas primeiras virtudes teologais: a fé e a esperança.

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 01 de maio de 2024
Os vícios e as virtudes (17): A fé

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje gostaria de falar sobre a virtude da . Com a caridade e a esperança, esta virtude é chamada “teologal. São três as virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Por que são teologais? Porque só podem ser vividas graças ao dom de Deus. As três virtudes teologais são os grandes dons que Deus concede à nossa capacidade moral. Sem elas, poderíamos ser prudentes, justos, fortes e temperantes, mas não teríamos olhos que veem até no escuro, não teríamos um coração que ama até quando não é amado, não teríamos uma esperança que ousa contra toda a esperança.

As três virtudes teologais
(Heinrich Maria von Hess)

O que é a fé? O Catecismo da Igreja Católica explica-nos que a fé é o ato com o qual o ser humano se abandona livremente a Deus (n. 1814). Nesta fé, Abraão foi o grande pai. Quando aceitou deixar a terra dos seus antepassados para se dirigir rumo à terra que Deus lhe indicaria, provavelmente foi considerado louco: por que deixar o conhecido pelo desconhecido, o certo pelo incerto? Por que fazer isto? É louco? Mas Abraão põe-se a caminho, como se visse o invisível. É o que a Bíblia diz de Abraão: “Partiu, como se visse o invisível”. Isto é lindo! E será ainda este invisível que o fará subir à montanha com o seu filho Isaac, o único filho da promessa, que só no último momento será poupado do sacrifício. Nesta fé, Abraão torna-se o pai de uma longa linhagem de filhos. A fé tornou-o fecundo.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Raniero Cantalamessa: Oriente e Ocidente (3)

No contexto da celebração dos 1700 anos do I Concílio de Niceia (325) pelas Igrejas do Oriente e do Ocidente estamos recordando as quatro meditações do Padre Raniero Cantalamessa, então Pregador da Casa Pontifícia, sobre a teologia do Oriente e do Ocidente durante a Quaresma de 2015

Propomos a seguir a terceira meditação, sobre o mistério do Espírito Santo:

Padre Raniero Cantalamessa, OFMCap
IV pregação de Quaresma
20 de março de 2015
Oriente e Ocidente perante o mistério do Espírito Santo

Meditaremos hoje sobre a fé comum do Oriente e do Ocidente no Espírito Santo e procuraremos fazê-lo “no Espírito”, em sua presença, sabendo que, como diz a Escritura, “antes mesmo de nossa palavra chegar à língua, Ele já a conhece” (cf. Sl 138,4).

1. Rumo ao acordo sobre o Filioque

Durante séculos a doutrina sobre a origem do Espírito Santo no seio da Trindade foi o ponto de maior atrito e tema de acusações mútuas entre o Oriente e o Ocidente, por causa do famoso “Filioque”. Tentarei reconstruir o estado da questão para avaliar melhor a graça que Deus está nos dando de chegar ao entendimento também neste problema espinhoso.

Vitral do Espírito Santo
(Abside da Basílica de São Pedro)

A fé da Igreja no Espírito Santo foi definida, como se sabe, no Concílio Ecumênico de Constantinopla, em 381, com as seguintes palavras: “(cremos) no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, que procede do Pai e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, Ele que falou pelos profetas” (Denzinger, n. 150). Esta fórmula contém a resposta para as duas perguntas fundamentais sobre o Espírito Santo. À pergunta “quem é o Espírito Santo”, responde-se que é “Senhor” (isto é, pertence à esfera do Criador, não das criaturas), que procede do Pai e, na adoração, é igual ao Pai e ao Filho; à pergunta “o que o Espírito Santo faz”, responde-se que Ele “dá a vida” (o que resume toda a obra santificadora, interior e renovadora do Espírito) e que “falou pelos profetas” (o que resume a ação carismática do Espírito Santo).

Missa nos 20 anos da morte de São João Paulo II

Na tarde do dia 02 de abril de 2025 o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé, assistido pelo Monsenhor Massimiliano Matteo Boiardi, presidiu uma Missa na Basílica de São Pedro nos 20 anos da morte do Papa São João Paulo II (†2005).

Foi celebrada de maneira votiva a Missa da Memória de São João Paulo II (22 de outubro) com as leituras do dia (Quarta-feira da IV semana da Quaresma).

No início da celebração o Cardeal Stanisław Dziwisz, Arcebispo Emérito de Cracóvia (Polônia) e Secretário do “Papa polonês”, dirigiu algumas palavras aos presentes.

Além de vários Cardeais e Bispos, destaca-se a presença da Primeira Ministra da Itália, Giorgia Meloni.

Procissão de entrada

Incensação

Palavras do Cardeal Dziwisz

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Homilias do Papa João Paulo II: Solenidades e festas

Neste dia 02 de abril de 2025 completam-se 20 anos da morte Papa São João Paulo II (†2005).

Recordando o riquíssimo magistério do “Papa polonês”, propomos aqui os links para suas homilias e meditações para as principais solenidades e festas do Ano Litúrgico publicadas em nosso blog, como já fizemos com os Papas Bento XVI (†2022) e Francisco.

À medida que publicarmos novos textos, atualizaremos este “Homiliário”.


CICLO DO NATAL


Catequeses sobre o Advento
06 de dezembro de 1978: O homem “imagem de Deus”
13 de dezembro de 1978: A criação é dom do Amor de Deus
20 de dezembro de 1978: A dimensão ética na vida do homem

Is 9,1-6 / Sl 95 / Tt 2,11-14 / Lc 2,1-14
24 de dezembro de 1999: Homilia (Abertura da Porta Santa: Basílica de São Pedro)

22 de março de 2000: Homilia (Missa votiva do Natal do Senhor em Belém)

25 de dezembro de 1999: Homilia (II Vésperas do Natal e Abertura da Porta Santa da Basílica do Latrão)

Catequeses sobre o Natal

terça-feira, 1 de abril de 2025

Missa no Jubileu dos Missionários da Misericórdia (2025)

No dia 30 de março de 2025 o Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização (1ª seção), Dom Rino Salvatore Fisichella, presidiu a Missa do IV Domingo da Quaresma (Ano C) na Basílica de Santo André della Valle em Roma por ocasião do Jubileu dos Missionários da Misericórdia.

Esses sacerdotes particularmente dedicados ao Sacramento da Reconciliação foram instituídos pelo Papa Francisco durante o Jubileu Extraordinário da Misericórdia (2015-2016).

Sua peregrinação teve no dia 28, coincidindo com as “24 horas para o Senhor” que se celebram entre a sexta-feira e o sábado que antecedem o IV Domingo da Quaresma (Domingo Laetare).

Procissão de entrada
Ritos iniciais
Evangelho
Homilia

segunda-feira, 31 de março de 2025

Catequeses do Papa Francisco: Vícios e virtudes 9

Após refletir sobre as quatro virtudes cardeais em sua série de Catequeses sobre os vícios e as virtudes, que estamos publicando nesta Quaresma do Ano Jubilar de 2025, e antes de falar das três virtudes teologais, o Papa Francisco dedicou uma meditação à vida da graça segundo o Espírito:

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Os vícios e as virtudes (16): A vida da graça segundo o Espírito

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Nas últimas semanas refletimos sobre as virtudes cardeais: prudência, justiça, fortaleza e temperança. São estas as quatro virtudes cardeais. Como já salientamos várias vezes, estas quatro virtudes pertencem a uma sabedoria muito antiga, precedente até ao Cristianismo. Já antes de Cristo a honestidade era preconizada como dever cívico, a sabedoria como regra das ações, a coragem como ingrediente fundamental para uma vida que tende para o bem e a moderação como medida necessária para não se deixar dominar pelos excessos. Esta herança tão antiga, legado da humanidade, não foi substituída pelo Cristianismo, mas esclarecida, valorizada, purificada e integrada na fé.

Portanto, no coração de cada homem e mulher existe a capacidade de procurar o bem. O Espírito Santo é concedido para que aqueles que o recebem possam distinguir claramente o bem do mal, ter a força de aderir ao bem evitando o mal e, agindo assim, alcançar a plena realização pessoal.

O Espírito Santo, fonte das virtudes

Mas no caminho que todos percorremos rumo à plenitude da vida, que pertence ao destino de cada pessoa - o destino de cada pessoa é a plenitude, ser cheia de vida -, o cristão conta com uma ajuda especial do Espírito Santo, o Espírito de Jesus. Ela é implementada com o dom de outras três virtudes, distintamente cristãs, que nos escritos do Novo Testamento são frequentemente mencionadas juntas. Estas atitudes fundamentais, que distinguem a vida do cristão, são três virtudes que agora diremos juntos: fé, esperança e caridade. Digamo-las juntos: fé, esperança e caridade. Os escritores cristãos logo as chamaram virtudes “teologais”, pois são recebidas e vividas na relação com Deus, para diferenciá-las das outras quatro virtudes chamadas “cardeais”, uma vez que constituem as “dobradiças” de uma vida boa. Essas três são recebidas no Batismo e derivam do Espírito Santo. Todas, tanto as virtudes teologais como as cardeais, confrontadas em muitas reflexões sistemáticas, compuseram assim um maravilhoso setenário, que muitas vezes é oposto ao elenco dos sete vícios capitais. É assim que o Catecismo da Igreja Católica define a ação das virtudes teologais: «Fundamentam, animam e caracterizam o agir moral do cristão. Informam e vivificam todas as virtudes morais. São infundidas por Deus na alma dos fiéis para torná-los capazes de proceder como seus filhos e assim merecerem a vida eterna. São o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano» (n. 1813).

sexta-feira, 28 de março de 2025

Raniero Cantalamessa: Oriente e Ocidente (2)

Neste ano de 2025, no qual as Igrejas do Oriente e do Ocidente celebram os 1700 anos do I Concílio de Niceia (325), recordamos as quatro meditações sobre a teologia do Oriente e do Ocidente proferidas pelo Padre Raniero Cantalamessa, então Pregador da Casa Pontifícia, durante a Quaresma de 2015.

Confira nesta postagem a segunda meditação, sobre o mistério da Pessoa de Cristo:

Padre Raniero Cantalamessa, OFMCap
III pregação de Quaresma
13 de março de 2015
Oriente e Ocidente perante o mistério da Pessoa de Cristo

1. Paulo e João: o Cristo visto de dois ângulos

Em nosso esforço de compartilhar os tesouros espirituais do Oriente e do Ocidente, vamos refletir hoje sobre a fé comum em Jesus Cristo. Tentemos fazê-lo como quem fala de alguém presente, não de um ausente. Se não fosse pelo nosso “peso” humano, que nos atrapalha, deveríamos pensar que, toda vez que pronunciamos o nome de Jesus, Ele se sente chamado pelo nome e se volta para nos olhar. Hoje também Ele está aqui conosco e escuta o que diremos d’Ele (esperemos que com indulgência).

Cristo Pantocrator
(Catedral de Cefalù, Itália)

Comecemos pelas raízes bíblicas da “questão Jesus”. No Novo Testamento vemos delinear-se duas vias de expressão do mistério de Cristo. A primeira delas é a de São Paulo. Resumamos os traços peculiares dessa linha, os traços que a tornarão modelo e arquétipo cristológico no desenvolvimento do pensamento cristão. Esta linha:
- Parte da humanidade para alcançar a divindade de Cristo; parte da história para atingir a pré-existência; é, portanto, um caminho ascendente; segue a ordem do manifestar-se de Cristo, a ordem em que os homens o conheceram, não a ordem do ser;
- Parte da dualidade de Cristo (carne e espírito) para chegar à unidade do sujeito “Jesus Cristo, nosso Senhor”;
- Tem no centro o Mistério Pascal, o operatum, mais do que a pessoa de Cristo. O grande marco entre as duas fases da existência de Cristo é a Ressurreição dos mortos.

Para nos convencermos de que esta consideração é acertada, basta reler a densíssima passagem, uma espécie de credo embrionário, com que o Apóstolo começa a Carta aos Romanos. O mistério de Cristo é assim resumido: “Descendente de Davi segundo a carne, autenticado como Filho de Deus com poder, pelo Espírito de santidade que o ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 1,3-4).

Solenidade da Anunciação do Senhor em Nazaré (2025)

No dia 25 de março de 2025 o Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, presidiu a Missa da Solenidade da Anunciação do Senhor na igreja superior da Basílica da Anunciação em Nazaré.

No final da Missa teve lugar a tradicional procissão “em memória da Encarnação do Verbo de Deus” (Memoria Verbi Dei Incarnationis) ao redor da abertura sobre a igreja inferior, com a leitura de três trechos do Evangelho, a oração do Ângelus e a bênção.

Nessa procissão, além do Livro dos Evangelhos, foi conduzida uma rocha da gruta da Anunciação em um relicário.

Procissão de entrada

Incensação
Ritos iniciais

quarta-feira, 26 de março de 2025

Catequese do Papa João Paulo II sobre as Indulgências

Após as duas Catequeses sobre o sacramento da Reconciliação proferidas em setembro de 1999 em preparação para o Grande Jubileu do Ano 2000, trazemos uma Catequese do Papa São João Paulo II sobre as indulgências, tema diretamente ligado a esse sacramento e particularmente atual neste Jubileu 2025:

João Paulo II
Audiência Geral
Quarta-feira, 29 de setembro de 1999
O dom da indulgência

1. Em íntima conexão com o sacramento da Penitência apresenta-se à nossa reflexão um tema que tem particular relação com a celebração do Jubileu: refiro-me ao dom da indulgência, que no ano jubilar é oferecido com particular abundância, como é previsto na Bula Incarnationis mysterium e nas disposições anexas da Penitenciaria Apostólica.

Trata-se de um tema delicado, sobre o qual não faltaram incompreensões históricas, que incidiram negativamente na própria comunhão entre os cristãos. No atual contexto ecumênico a Igreja sente a exigência de que esta antiga prática, entendida como expressão significativa da misericórdia de Deus, seja bem compreendida e acolhida. De fato, a experiência atesta como às vezes nos aproximamos das indulgências com atitudes superficiais, que acabam por prejudicar o dom de Deus, lançando sombra sobre as próprias verdades e valores propostos pelo ensinamento da Igreja.


2. O ponto de partida para compreender a indulgência é a abundância da misericórdia de Deus, manifestada na cruz de Cristo. Jesus crucificado é a grande “indulgência” que o Pai ofereceu à humanidade, através do perdão das culpas e da possibilidade da vida filial (cf. Jo 1,12-13) no Espírito Santo (cf. Gl 4,6; Rm 5,5; 8,15-16).

Este dom, no entanto, na lógica da aliança que é o coração de toda a economia da salvação, não nos atinge sem a nossa aceitação e a nossa correspondência.

segunda-feira, 24 de março de 2025

Catequeses do Papa Francisco: Vícios e virtudes 8

Nesta postagem da série de Catequeses do Papa Francisco sobre os vícios e as virtudes publicadas aqui no blog durante a Quaresma do Ano Jubilar de 2025 trazemos as meditações sobre as duas últimas virtudes cardeais: a fortaleza e a temperança.

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 10 de abril de 2024
Os vícios e as virtudes (14): A fortaleza

Caríssimos irmãos e irmãs, bom dia!
A Catequese de hoje é dedicada à terceira das virtudes cardeais, ou seja, à fortaleza. Comecemos pela descrição dada pelo Catecismo da Igreja Católica: «A fortaleza é a virtude moral que, no meio das dificuldades, assegura a firmeza e a constância na busca do bem. Torna firme a decisão de resistir às tentações e de superar os obstáculos na vida moral. A virtude da fortaleza dá capacidade para vencer o medo, até da morte, e enfrentar a provação e as perseguições» (n. 1808). Isto diz o Catecismo da Igreja Católica sobre a virtude da fortaleza.

A sabedoria expulsa os vícios do jardim das virtudes
(Andrea Mantegna)

Eis, pois, a mais “combativa” das virtudes. Enquanto a primeira das virtudes cardeais, isto é, a prudência, estava principalmente associada à razão do homem, e a justiça encontrava a sua morada na vontade, esta terceira virtude, a fortaleza, é frequentemente ligada pelos autores escolásticos àquilo que os antigos chamavam o “apetite irascível”. O pensamento antigo não imaginava um homem desprovido de paixões: seria uma pedra. E as paixões não são necessariamente o resíduo de um pecado; mas devem ser educadas, devem ser orientadas, devem ser purificadas com a água do Batismo, ou melhor, com o fogo do Espírito Santo. O cristão sem coragem, que não inclina as próprias forças para o bem, que não incomoda ninguém, é um cristão inútil. Pensemos nisto! Jesus não é um Deus diáfano e asséptico, que desconhece as emoções humanas. Pelo contrário. Perante a morte do amigo Lázaro, desata em lágrimas; e em algumas das suas expressões transparece o seu espírito apaixonado, como quando diz: «Vim lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já se tivesse aceso!» (Lc 12,49); e diante do comércio no templo, reage vigorosamente (cf. Mt 21,12-13). Jesus tinha paixão!

sábado, 22 de março de 2025

Solenidade de São José em Cracóvia (2025)

Na Arquidiocese de Cracóvia (Polônia) a Solenidade de São José, Esposo da Bem-aventurada Virgem Maria, no dia 19 de março de 2025, foi marcada por duas Missas presididas pelo Arcebispo, Dom Marek Jędraszewski:

Pela manhã o Arcebispo celebrou a Missa no Santuário de São José na rua Poseslka em Cracóvia, junto ao Mosteiro das Irmãs Bernardinas (ramo da Ordem Franciscana próprio da Polônia). À tarde, por sua vez, celebrou a Missa no Santuário de São José “Protetor de Cracóvia” na rua Rakowicka, sob responsabilidade dos Carmelitas Descalços.

Missa no Santuário de São José

Ritos iniciais
Homilia
Apresentação das oferendas
Consagração
Oração Eucarística

sexta-feira, 21 de março de 2025

Solenidade de São José em Nazaré (2025)

No dia 19 de março de 2025 o Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, celebrou a Missa da Solenidade de São José, Esposo da Bem-aventurada Virgem Maria, na Basílica da Anunciação em Nazaré.

Antes da Missa o Custódio rezou na vizinha igreja de São José, também conhecida como “igreja da Nutrição”. Para saber mais sobre essas duas igrejas, clique aqui.

Mosaico da Sagrada Família na igreja da Nutrição
Incensação do altar
Acolhida do Custódio na Basílica da Anunciação: Aspersão
Veneração do altar da Anunciação
Procissão de entrada

Raniero Cantalamessa: Oriente e Ocidente (1)

Neste ano de 2025 celebramos os 1700 anos do I Concílio de Niceia (325), que contou com a participação de Bispos do Oriente e do Ocidente.

Aproveitamos a ocasião para recordar as quatro meditações sobre a teologia do Oriente e do Ocidente proferidas pelo Padre Raniero Cantalamessa, então Pregador da Casa Pontifícia, durante a Quaresma de 2015 (precedidas de uma meditação sobre a Exortação Apostólica Evangelii gaudium).

Confira a seguir a primeira meditação, dedicada ao mistério da Trindade:

Padre Raniero Cantalamessa, OFMCap
II pregação de Quaresma
06 de março de 2015
Oriente e Ocidente perante o mistério da Trindade

1. Compartilhar o que nos une

A recente visita do Papa Francisco à Turquia (novembro de 2014), que terminou com o encontro com o Patriarca Ortodoxo Bartolomeu e, especialmente, a sua exortação a compartilhar plenamente a fé comum do Oriente cristão e do Ocidente latino, me convenceram da utilidade de usar as meditações quaresmais deste ano para atender esse desejo do Papa, que é desejo, também, de toda a cristandade.

Este desejo de compartilhar não é novo. O Concílio Vaticano II, na Unitatis Redintegratio, já exortava a uma especial atenção às Igrejas Orientais e às suas riquezas (n. 14). São João Paulo II, na Carta Apostólica Orientale Lumen, de 1995, escreveu: “Porque acreditamos que a venerável e antiga tradição das Igrejas Orientais é parte integrante do patrimônio da Igreja de Cristo, a primeira necessidade para os católicos é conhecê-la, a fim de poderem nutrir-se dela e favorecer, do modo possível a cada um, o processo da unidade” (n. 1).

Ícone da Trindade (detalhe)

O mesmo Santo Pontífice formulou um princípio que eu considero fundamental para o caminho da unidade: “compartilhar as muitas coisas que nos unem e que certamente são mais numerosas do que as coisas que nos dividem” (Tertio millennio adveniente, n. 16). A Ortodoxia e a Igreja Católica compartilham a mesma fé na Trindade; na Encarnação do Verbo; em Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem em uma só pessoa, que morreu e ressuscitou para a nossa salvação, que nos deu o Espírito Santo; acreditamos que a Igreja é o seu Corpo animado pelo Espírito Santo; que a Eucaristia é “fonte e ápice da vida cristã”; que Maria é a Theotokos, a Mãe de Deus; que temos como destino a vida eterna. O que pode haver de mais importante do que isto? As diferenças se manifestam na maneira de entender e de explicar alguns desses mistérios e, portanto, são secundárias, não primárias.

quarta-feira, 19 de março de 2025

II Catequese do Papa João Paulo II sobre a Reconciliação

Nesta postagem trazemos a segunda Catequese do Papa São João Paulo II sobre o sacramento da Reconciliação proferida em setembro de 1999, no contexto da preparação para o Grande Jubileu do Ano 2000. Para ler a primeira Catequese clique aqui.

João Paulo II
Audiência Geral
Quarta-feira, 22 de setembro de 1999
Reconciliação com Deus e os irmãos

Caríssimos irmãos e irmãs,
1. Continuando a reflexão sobre o sacramento da Penitência, queremos hoje aprofundar uma dimensão que o caracteriza intrinsecamente: a reconciliação. Este aspecto do sacramento se coloca como antídoto e medicina em relação ao caráter dilacerante que é próprio do pecado. Com efeito, ao pecar o homem não só se afasta de Deus, mas lança sementes de divisão dentro de si mesmo e nas relações com os irmãos. Por isso o movimento de retorno a Deus implica uma reintegração da unidade prejudicada pelo pecado.

2. A reconciliação é um dom do Pai: só Ele pode realizá-la. Por isso ela representa, antes de tudo, um apelo que provém do alto: “Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus” (2Cor 5,20). Como Jesus nos explica na parábola do pai misericordioso (cf. Lc 15,11-32), perdoar e reconciliar consigo é para Ele uma festa. Neste e em outros trechos evangélicos, o Pai não só oferece perdão e reconciliação, mas, ao mesmo tempo, mostra como estes dons são fonte de alegria para todos.

Celebração do Perdão
(Grande Jubileu do Ano 2000)

No Novo Testamento é significativa a relação entre a paternidade divina e a alegria festiva do banquete. O Reino de Deus é comparado a um banquete jubiloso onde quem convida é precisamente o Pai (cf. Mt 8,11; 22,4; 26,29). O cumprimento de toda a história da salvação é expresso também com a imagem do banquete preparado por Deus Pai para as núpcias do Cordeiro (cf. Ap 19,6-9).

segunda-feira, 17 de março de 2025

Eleito o novo Arcebispo da Igreja Ortodoxa da Albânia

No dia 16 de março de 2025 o Metropolita João (Joan) de Korçë foi eleito como novo Arcebispo de Tirana, Durrës e toda a Albânia, sucedendo o Arcebispo Anastásios, falecido no dia 25 de janeiro.


Fatmir Pelushi nasceu em 01 de janeiro de 1956 em Tirana (Albânia). Foi batizado secretamente em 1979, durante a perseguição do regime comunista aos cristãos, assumindo o novo nome de João (em albanês, Joan).

Entre 1979 e 1990 realizou estudos de Psicologia na Universidade de Tirana e trabalhou em um hospital da capital albanesa. Em 1990, por sua vez, foi enviado a Boston (EUA) para estudar na Escola Ortodoxa Grega de Teologia da Santa Cruz (Holy Cross Greek Orthodox School of Theology).

De volta à Albânia em 1992, no contexto da reorganização da Igreja no país após o fim do regime comunista, tornou-se professor na Academia Teológica da Igreja Ortodoxa da Albânia.

No dia 27 de fevereiro de 1994 recebeu a Ordenação Diaconal e no dia 04 de dezembro do mesmo ano a Ordenação Presbiteral, ambas pela imposição das mãos do Arcebispo Anastásios.


No ano seguinte, a pedido do Arcebispo, retornou aos Estados Unidos para os estudos do Mestrado em Teologia. Em 1996 foi nomeado reitor da Academia Teológica da Igreja Ortodoxa da Albânia e recebeu o título de Arquimandrita.

No dia 18 de julho de 1998, durante a reorganização das Dioceses no país, o Arquimandrita João (Joan) foi eleito Metropolita de Korçë, no sudeste do país, recebendo a Ordenação Episcopal no dia 20 de julho na Catedral da Anunciação em Tirana, sendo ordenante principal o Arcebispo Anastásios.