quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Fotos da Missa no Jubileu dos Diáconos (2025)

No dia 23 de fevereiro de 2025 foi celebrada na Basílica de São Pedro a Santa Missa com a Ordenação de 23 diáconos de diversos países do mundo no contexto do Jubileu dos Diáconos [1].

Foi recitadas as orações da Missa ritual na Ordenação de Diáconos com as leituras do VII Domingo do Tempo Comum (Ano C).

A Missa foi presidida por Dom Rino Fisichella, Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização (1ª seção), assistido pelo Monsenhor Massimiliano Matteo Boiardi, que leu a homilia preparada pelo Papa Francisco.

Procissão de entrada


Ritos iniciais
Bênção ao diácono

Homilia do Papa: VII Domingo do Tempo Comum - Ano C (2025)

Jubileu dos Diáconos
Santa Missa com Ordenações Diaconais
Homilia do Papa Francisco
Basílica de São Pedro
Domingo, 23 de fevereiro de 2025

A homilia preparada pelo Papa Francisco foi lida por Dom Rino Fisichella, Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização (1ª seção), que presidiu a celebração.

A mensagem das leituras que acabamos de escutar poderia ser resumida em uma palavra: gratuidade. Um termo certamente caro a vós, diáconos, aqui reunidos para a celebração do Jubileu. Reflitamos, pois, sobre esta dimensão fundamental da vida cristã e do vosso ministério, considerando, em particular, três aspectos: o perdão, o serviço desinteressado e a comunhão.

Primeiro: o perdão. A proclamação do perdão é uma tarefa essencial do diácono. Efetivamente, é um elemento indispensável para qualquer caminho eclesial e uma condição para toda a convivência humana. Jesus mostra-nos a sua necessidade e alcance quando diz: «Amai os vossos inimigos» (Lc 6,27). E é exatamente assim: para crescermos juntos, partilhando luzes e sombras, sucessos e fracassos uns dos outros, é necessário saber perdoar e pedir perdão, restabelecendo as relações e não excluindo do nosso amor nem mesmo quem nos ataca e trai. Um mundo onde só prevalece o ódio pelos adversários é um mundo sem esperança, sem futuro, condenado a ser dilacerado por guerras, divisões e vinganças intermináveis - como, infelizmente, vemos ainda hoje, a tantos níveis e em várias partes do mundo. Perdoar, portanto, significa preparar em nós e nas nossas comunidades uma casa acolhedora e segura para o futuro. E o diácono, investido pessoalmente de um ministério que o leva às periferias do mundo, compromete-se a ver - e a ensinar os outros a ver - em cada um, mesmo naqueles que erram e causam sofrimento, uma irmã e um irmão feridos na alma e, por isso mesmo, mais necessitados do que qualquer outro de reconciliação, de orientação e de ajuda.


A 1ª Leitura fala-nos desta abertura de coração, apresentando-nos o amor leal e generoso de Davi por Saul, seu rei, mas também seu perseguidor (cf. 1Sm 26,2.7-9.12-13.22-23). Mostra-nos ainda, em outro contexto, a morte exemplar do diácono Estêvão, que morre apedrejado, perdoando os seus lapidadores (cf. At 7,60). Mas, sobretudo, vemo-la em Jesus, modelo de toda a diaconia, que na cruz, “esvaziando-se” até dar a vida por nós (cf. Fl 2,7), reza pelos seus algozes e abre as portas do Paraíso ao bom ladrão (cf. Lc 23,34.43).

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Catequeses do Papa Francisco: Vícios e virtudes 4

Prosseguindo com a postagem das Catequeses do Papa Francisco sobre os vícios e as virtudes em vista da Quaresma deste Ano Jubilar de 2025, trazemos suas meditações sobre os vícios da “tristeza” e da acídia (preguiça):

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 07 de fevereiro de 2024
Os vícios e as virtudes (7): A tristeza

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
No nosso itinerário de Catequeses sobre os vícios e as virtudes hoje meditamos sobre um vício bastante negativo, a tristeza, entendida como um abatimento da alma, uma aflição constante que impede o homem de sentir alegria pela sua existência.

Em primeiro lugar é preciso observar que, no que diz respeito à tristeza, os Padres elaboraram uma distinção importante. Com efeito, existe uma tristeza que convém à vida cristã e que, com a graça de Deus, se transforma em alegria: evidentemente, ela não deve ser rejeitada e faz parte do caminho de conversão. Mas existe também uma segunda figura de tristeza, que se insinua na alma, prostrando-a em um estado de desânimo: é este segundo tipo de tristeza que deve ser combatido com determinação e com toda a força, porque deriva do Maligno. Encontramos esta distinção também em São Paulo que, escrevendo aos coríntios, diz: «A tristeza segundo Deus produz uma mudança de vida e, assim, leva à salvação. Mas a tristeza segundo o mundo produz a morte» (2Cor 7,10).

Tentações de Santo Antônio (ou Santo Antão)
(Hieronymus Bosch)

Portanto, existe uma tristeza amiga, que nos conduz à salvação. Pensemos no filho pródigo da parábola: quando toca o fundo da sua degeneração, sente grande amargura, que o leva a recuperar a razão e a decidir regressar para a casa do pai (cf. Lc 15,11-20). É uma graça gemer sobre os próprios pecados, recordar o estado de graça do qual caímos, chorar porque perdemos a pureza com que Deus nos sonhou.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Homilia: VII Domingo do Tempo Comum - Ano C

São Cesário de Arles
Sermão 25
Dá ao mendigo o que esperas receber de Cristo

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Doce é o nome da misericórdia, irmãos; e se o nome o é, quanto mais o será a realidade! Ainda que todos os homens queiram possuí-la, por desgraça nem todos agem de maneira que mereçam recebê-la. Todos querem receber misericórdia, mas poucos são os que a querem dar.

Como te atreves a pedir o que não dás? Neste mundo deve dar misericórdia quem deseja recebê-la no céu. Por isso, irmãos, já que todos queremos misericórdia, adotemo-la como protetora nesta vida, para que nos livre do mal no futuro. Com efeito, a misericórdia está no céu e a ela se chega praticando a misericórdia na terra. Assim o afirma a Escritura: Tua misericórdia, Senhor, está no céu.

Portanto, a misericórdia é terrena e celestial, ou seja, humana e divina. Qual é a misericórdia humana? Aquela pela qual socorres as necessidades dos pobres. E qual é a misericórdia divina? Sem dúvida a que concede o perdão dos pecados. Tudo o que a misericórdia humana dá no caminho a misericórdia divina devolve na pátria definitiva.

Deus tem fome e frio em todos os pobres do mundo, como Ele mesmo afirma: Tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, a mim o fizestes. Deus, que se digna dar desde o céu, quer receber na terra.

Que tipo de homens somos que, quando Deus dá, queremos receber e, quando pede, não queremos dar? Quando um pobre tem fome, Cristo padece necessidade. Ele o afirma: Tive fome e me destes de comer. Não desprezes, portanto, a miséria dos pobres, que queres ter a firme esperança de que teus pecados te serão perdoados; Cristo, em todos os pobres, digna-se ter fome e sede, e o que recebe na terra o devolve no céu.

Pergunto-vos, irmãos, o que quereis ou o que buscais quando vindes à igreja? Que outra coisa senão a misericórdia? Dai, portanto, a terrena e recebereis a celestial. O pobre te pede e tu pedes a Deus; ele pede um bocado, tu a vida eterna. Dá ao mendigo o que esperas receber de Cristo; ouve-o quando te diz: Dai e vos será dado. Não sei como te atreves a receber o que não queres dar. Por isso, quando vindes à igreja, dai esmola aos pobres de acordo com vossas possibilidades. O que puder, dê-lhes dinheiro; o que não puder, ofereça-lhes um pouco de vinho. E se nem isto tiver, sempre poderá oferecer-lhes um bocado de pão: se não inteiro, ao menos um pedaço, para que se cumpra o que o Senhor nos exorta pela boca do profeta: Reparte o teu pão com o que tem fome. Não disse que dês tudo, não aconteça que tu mesmo sejas pobre e acabes sem nada.

Se agimos com generosidade, irmãos, Cristo nos dará aquilo do qual carece nos pobres. Por isso Deus permite que existam pobres no mundo, para que todo homem tenha um modo de pagar por seus pecados. Se não houvesse pobres não poderíamos dar esmola e, portanto, não receberíamos o perdão. Deus pode tornar ricos todos os homens, mas quis aproximar-se de nós na miséria dos pobres: assim o pobre com a paciência e o rico pela esmola podem receber a graça de Deus. Pelo nosso bem existe a carência dos pobres.

Observa e contempla: o dinheiro e o Reino. Podem ser comparados? Tu dás dinheiro aos pobres e recebes o Reino de Cristo; doas alimento e recebes de Cristo a vida eterna; doas roupas e recebes de Cristo o perdão dos pecados. Portanto, não desprezemos os pobres, irmãos, mas cuidemos deles e alegremo-nos de seu bem.


Fonte: Lecionário Patrístico Dominical, pp. 641-643. Para adquiri-lo no site da Editora Vozes, clique aqui.

Confira também uma homilia de São Gregório Magno para este domingo clicando aqui.

Ordenação do Bispo Auxiliar de Lisboa (2025)

No domingo, 16 de fevereiro de 2025, teve lugar na igreja de São Vicente de Fora em Lisboa (Portugal) a Santa Missa para a Ordenação Episcopal de Dom Rui Augusto Jardim Gouveia, até então Vigário Geral da Diocese de Setúbal, nomeado no dia 10 de dezembro de 2024 como Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa e Titular de Aradi.

O ordenante principal foi o Patriarca de Lisboa, Dom Rui Manuel Sousa Valério. Os co-ordenantes foram o Cardeal Américo Manuel Alves Aguiar, Bispo de Setúbal, e Dom Gilberto Canavarro dos Reis, Bispo Emérito de Setúbal.

Nos paramentos do novo Bispo (casula e mitra) estão inscritos alguns textos do capítulo 17 do Evangelho de João em grego.

Procissão de entrada

Ritos iniciais

Insígnias episcopais

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Fotos da Missa no Jubileu dos Artistas (2025)

No dia 16 de fevereiro de 2025 teve lugar na Basílica de São Pedro a Santa Missa do VI Domingo do Tempo Comum (Ano C) por ocasião do Jubileu dos Artistas e do Mundo da Cultura.

A Missa foi presidida pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça, Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, assistido pelo Monsenhor Marco Agostini, que leu a homilia preparada pelo Papa Francisco.

Procissão de entrada
Incensação

Ritos iniciais

Homilia do Papa: VI Domingo do Tempo Comum - Ano C (2025)

Jubileu dos Artistas e do Mundo da Cultura
Santa Missa
Homilia do Papa Francisco
Basílica de São Pedro
Domingo, 16 de fevereiro de 2025

A homilia preparada pelo Papa Francisco foi lida pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça, Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, que presidiu a celebração.

No Evangelho que acabamos de escutar (Lc 6,17.20-26) Jesus proclama as Bem-aventuranças diante dos seus discípulos e de uma multidão de pessoas. Já as ouvimos muitas vezes e, no entanto, não deixam de nos maravilhar: «Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus! Bem-aventurados, vós que agora tendes fome, porque sereis saciados! Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque havereis de rir!» (vv. 20-21). Estas palavras contradizem a lógica do mundo e convidam-nos a olhar a realidade com olhos novos, com o olhar de Deus, que vê para além das aparências e reconhece a beleza, até mesmo na fragilidade e no sofrimento.

A segunda parte contém palavras duras e de repreensão: «Ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação! Ai de vós, que agora tendes fartura, porque passareis fome! Ai de vós, que agora rides, porque tereis luto e lágrimas!» (vv. 24-25). O contraste entre “bem-aventurados vós” e “ai de vós” recorda-nos a importância de discernir onde colocamos a nossa segurança.


Vós, artistas e pessoas de cultura, sois chamados a ser testemunhas da visão revolucionária das Bem-aventuranças. A vossa missão não se limita a criar beleza, mas a revelar a verdade, a bondade e a beleza escondidas nos recantos da história, a dar voz a quem não tem voz, a transformar a dor em esperança.

Vivemos em uma época de crises complexas, que são econômicas e sociais, mas, antes de tudo, são crises da alma, crises de sentido. Coloquemo-nos a questão do tempo e a questão do rumo. Somos peregrinos ou errantes? Caminhamos com uma meta ou andamos à deriva, perdidos? O artista é aquele que tem a função de ajudar a humanidade a não se desnortear, a não perder o horizonte da esperança.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Missa do Dia Mundial do Enfermo em Milão (2025)

O Arcebispo de Milão (Itália), Dom Mário Enrico Delpini, presidiu no dia 11 de fevereiro de 2025 a Missa em Rito Ambrosiano na Basílica de Nossa Senhora de Lourdes por ocasião do 33º Dia Mundial do Enfermo, seguida da bênção eucarística aos enfermos.

No sábado seguinte, dia 15, o Arcebispo celebrou a Missa na Catedral Metropolitana da Natividade da Virgem Maria, o Duomo de Milão, por ocasião do Jubileu Diocesano dos Enfermos no contexto do Jubileu Ordinário de 2025.
 
11 de fevereiro: Missa na Basílica de Nossa Senhora de Lourdes

Procissão de entrada
Consagração
Comunhão
Bênção eucarística aos enfermos [1]
Fiéis rezam na gruta junto à Basílica

15 de fevereiro: Missa no Duomo de Milão

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Missa do Dia Mundial do Enfermo em Manila (2025)

Na Catedral Metropolitana da Imaculada Conceição em Manila (Filipinas) o 33º Dia Mundial do Enfermo, no dia 11 de fevereiro de 2025, foi celebrado com a Missa da Memória de Nossa Senhora de Lourdes presidida pelo Arcebispo, Cardeal Jose Fuerte Advincula, com a administração da Unção dos Enfermos a alguns fiéis assistidos pela Ordem de Malta e pelas Missionárias da Caridade:

Virgem de Lourdes diante da réplica da Porta Santa
Óleo dos Enfermos
Procissão de entrada
Ritos iniciais
Evangelho

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Missa do Dia Mundial do Enfermo em Cracóvia (2025)

No dia 11 de fevereiro de 2025, Memória facultativa de Nossa Senhora de Lourdes e 33º Dia Mundial do Enfermo, teve lugar a Santa Missa no Santuário da Divina Misericórdia no distrito de Łagiewniki em Cracóvia (Polônia) com a administração da Unção dos Enfermos a alguns fiéis.

A Missa foi presidida pelo Arcebispo Emérito de Cracóvia, Cardeal Stanisław Dziwisz. A homilia, por sua vez, ficou a cargo de Dom Janusz Mastalski, Bispo Auxiliar.

Note-se junto ao altar uma grande vela com o símbolo do Jubileu 2025, indicando o Santuário como meta de peregrinação durante o Ano Santo.

Procissão de entrada
Ritos iniciais
Evangelho

Bênção com o Livro dos Evangelhos

Catequeses do Papa Francisco: Vícios e virtudes 3

Nesta terceira parte das Catequeses do Papa Francisco sobre os vícios e as virtudes que estamos publicando em preparação para a Quaresma deste Ano Jubilar de 2025, confira as meditações sobre os vícios da avareza e da ira:

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 24 de janeiro de 2024
Os vícios e as virtudes (5): A avareza

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!
Dando continuidade às Catequeses sobre os vícios e as virtudes, hoje falamos da avareza, ou seja, daquela forma de apego ao dinheiro que impede que o homem seja generoso.

Não é um pecado que diz respeito unicamente às pessoas que possuem grandes bens, mas é um vício transversal, que muitas vezes não tem nada a ver com o saldo da conta bancária. É uma doença do coração, não da carteira. 

Os sete pecados capitais
(Fabio Fabbi)

As análises que os Padres do deserto fizeram sobre este mal demonstraram como a avareza podia apoderar-se até de monges que, depois de ter renunciado a enormes heranças, na solidão da sua cela apegaram-se a objetos de pouco valor: não os emprestavam, não os compartilhavam e muito menos estavam dispostos a doá-los. Um apego a coisas pequenas que tira a liberdade. Aqueles objetos tornaram-se para eles uma espécie de fetiche, do qual era impossível desligar-se. Uma espécie de regressão à idade das crianças, que se agarram ao brinquedo, repetindo: “É meu, é meu!”. Nesta reivindicação aninha-se uma relação doentia com a realidade, que pode levar a formas de apropriação compulsiva ou de acumulação patológica.

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Homilia: VI Domingo do Tempo Comum - Ano C

São Leão Magno
Sermão sobre as Bem-aventuranças
Ao justo sua paciência o leva para a glória

Após falar sobre a pobreza, que tanta felicidade proporciona, o Senhor seguiu dizendo: Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Queridíssimos irmãos, o pranto ao qual está vinculado um consolo eterno é distinto da aflição deste mundo. Os lamentos que se escutam neste mundo não tornam ninguém feliz. É muito distinta a razão de ser dos gemidos dos santos, a causa que produz lágrimas felizes.

A santa tristeza lamenta o pecado, o alheio e o próprio. E a amargura não é motivada pela maneira de agir da justiça divina, mas pela maldade humana. E, neste sentido, deve-se lamentar mais a atitude daquele que age mal do que a situação daquele que tem de sofrer por causa do malvado, porque ao injusto sua malícia termina no castigo; ao justo, porém, sua paciência o leva para a glória.

Segue o Senhor: Bem-aventurados os sofredores, porque eles herdarão a terra. Promete-se a posse da terra aos sofredores e aos mansos, aos humildes e simples, e aos que estão dispostos a tolerar todo o tipo de injustiças. Não se deve olhar para esta herança como desprezível e desfragmentada, como se estivesse separada da pátria celestial; do contrário, não se compreende quem poderia entrar no Reino dos Céus.

Porque a terra prometida aos sofredores, em cuja posse os mansos entrarão, é a carne dos santos. Esta carne viveu em humilhação, por isso mereceu uma ressurreição que a transforma e a reveste de imortalidade gloriosa, sem temer nada que possa contrariar ao espírito, sabendo que sempre estarão de comum acordo. Porque, nesse caso, o homem exterior será a possessão pacífica e inamissível do homem interior.

Assim, os sofredores herdarão em paz perpétua e sem prejuízo algum a terra prometida, quando este corruptível se revista de incorruptibilidade e este mortal se revista de imortalidade.


Fonte: Lecionário Patrístico Dominical, p. 638. Para adquiri-lo no site da Editora Vozes, clique aqui.

Confira também uma homilia de Hermas para este domingo clicando aqui.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Santa Teresa de Calcutá inscrita no Calendário Romano Geral

No dia 11 de fevereiro de 2025, Memória facultativa de Nossa Senhora de Lourdes e Dia Mundial do Enfermo, foi divulgado o Decreto do Dicastério para o Culto Divino sobre a inscrição da Memória facultativa de Santa Teresa de Calcutá, Virgem, no Calendário Romano Geral, a ser celebrada no dia 05 de setembro.

Confira o Decreto na íntegra e o comentário do Cardeal Arthur Roche, Prefeito do Dicastério:

Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos
Decreto sobre a inscrição da celebração de Santa Teresa de Calcutá, Virgem, no Calendário Romano Geral

«Quem quiser ser grande entre vós, será vosso servo» (Mc 10,43). Vivendo radicalmente e proclamando corajosamente o Evangelho, Santa Teresa de Calcutá é uma testemunha da dignidade e do privilégio do serviço humilde. Escolhendo ser não apenas a mais pequena, mas a serva dos mais humildes, ela tornou-se um modelo de misericórdia e um autêntico ícone do Bom Samaritano. A misericórdia, de fato, foi para ela o «sal» que deu sabor a todas as suas obras e a «luz» que iluminou as trevas daqueles que já nem sequer tinham lágrimas para chorar a sua pobreza e os seus sofrimentos.

O grito de Jesus na cruz, «Tenho sede» (Jo 19, 28), penetrou no mais profundo da alma de Teresa. Por isso, durante toda a sua vida, dedicou-se completamente a saciar a sede de Jesus Cristo de amor e de almas, servindo-o entre os mais pobres dos pobres. Cheia do amor de Deus, ela irradiava o mesmo amor aos outros em igual medida.


Canonizada em 2016 pelo Papa Francisco, o nome de Santa Teresa de Calcutá nunca deixa de brilhar como fonte de esperança para tantas pessoas que procuram consolo para as tribulações do corpo e do espírito.

Por isso, o Papa Francisco, acolhendo as solicitações e os desejos dos Pastores, das religiosas e dos religiosos, bem como das associações de fiéis, considerando a influência exercida pela espiritualidade de Santa Teresa de Calcutá nas diversas regiões do mundo, decretou que o nome de Santa Teresa de Calcutá, Virgem, seja inscrito no Calendário Romano Geral e que a sua Memória facultativa seja celebrada por todos no dia 05 de setembro.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Fotos da Missa no Jubileu das Forças Armadas (2025)

No dia 09 de fevereiro de 2025 o Papa Francisco presidiu sem celebrar a Santa Missa do V Domingo do Tempo Comum (Ano C) na Praça de São Pedro por ocasião do Jubileu das Forças Armadas, Polícia e Segurança.

A Liturgia Eucarística, por sua vez, foi celebrada pelo Cardeal Robert Francis Prevost, Prefeito do Dicastério para os Bispos.

O Santo Padre foi assistido por Dom Diego Giovanni Ravelli e pelo Monsenhor Massimiliano Matteo Boiardi. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Sinal da cruz
Ritos iniciais

Liturgia da Palavra
Homilia

Homilia do Papa: V Domingo do Tempo Comum - Ano C (2025)

Jubileu das Forças Armadas, Polícia e Segurança
Santa Missa
Homilia do Papa Francisco
Praça de São Pedro
Domingo, 09 de fevereiro de 2025

A atitude de Jesus no lago de Genesaré é descrita pelo evangelista com três verbos: viu, subiu, sentou-se (cf. Lc 5,1-11). Jesus viu, Jesus subiu, Jesus sentou-se. Jesus não está preocupado em dar uma imagem de si mesmo às multidões, em executar uma tarefa, em seguir um cronograma; pelo contrário, coloca sempre em primeiro lugar o encontro com os outros, a relação, a preocupação com aqueles trabalhos e fracassos que muitas vezes sobrecarregam o coração e tiram a esperança.
Foi por isso que naquele dia Jesus viusubiu sentou-se.

Antes de tudo, Jesus viu. Ele tem um olhar atento que lhe permite, mesmo no meio de tanta gente, avistar dois barcos atracados na margem e notar a desilusão no rosto daqueles pescadores, que, depois de uma noite que correu mal, lavam as redes vazias. E Jesus dirige-lhes o seu olhar cheio de compaixão... Não esqueçamos isto: a compaixão de Deus! As três atitudes de Deus são a proximidade, a compaixão e a ternura. Não esqueçamos: Deus é próximo, Deus é terno, Deus é compassivo, sempre. E Jesus dirige aquele olhar cheio de compaixão para os olhos daquelas pessoas, captando o seu desânimo, a frustração de terem trabalhado a noite toda sem apanhar nada, o sentimento de terem o coração vazio, como as redes que agora seguram nas mãos.


E, vendo o seu desânimo, Jesus subiu. Pede precisamente a Simão que afaste o barco da terra e sobe a bordo, entrando no espaço da vida de Pedro e abrindo caminho naquele fracasso que habita o seu coração. E isto é bonito: Jesus não se limita a observar as coisas que não correm bem, como nós fazemos muitas vezes, acabando por nos fecharmos em lamentos e amarguras; em vez disso, Ele toma a iniciativa, vai ao encontro de Simão, detém-se com ele naquele momento difícil e decide subir para a barca da sua vida, que naquela noite regressou à terra sem nenhum resultado.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Catequeses do Papa Francisco: Vícios e virtudes 2

Dando continuidade à postagem das Catequeses do Papa Francisco sobre os vícios e as virtudes em vista da Quaresma deste Ano Jubilar de 2025, trazemos aqui suas meditações sobre os vícios da gula e da luxúria:

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 10 de janeiro de 2024
Os vícios e as virtudes (3): A gula

Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Neste caminho de Catequeses que percorremos sobre os vícios e as virtudes, hoje meditemos sobre o vício da gula.

O que nos diz o Evangelho a respeito? Olhemos para Jesus. O seu primeiro milagre, nas bodas de Caná, revela a sua simpatia pelas alegrias humanas: preocupa-se com que a festa acabe bem, oferecendo aos noivos uma grande quantidade de vinho excelente. Ao longo do seu ministério, Jesus manifesta-se como um profeta muito diferente do Batista: se João é recordado pela sua ascese - comia o que encontrava no deserto -, Jesus é, ao contrário, o Messias que vemos muitas vezes à mesa. O seu comportamento suscita o escândalo de alguns, pois não só é benevolente para com os pecadores, mas até mesmo come com eles; e este gesto demonstrava a sua vontade de comunhão e de proximidade em relação a todos.

Os sete pecados capitais
(Hieronymus Bosch)

Mas há algo mais. Se a atitude de Jesus em relação aos preceitos judaicos nos revela a sua total submissão à Lei, Ele se mostra, no entanto, compreensível com os seus discípulos: quando estes são apanhados em flagrante, porque têm fome e colhem espigas de trigo em dia de sábado, Ele os justifica, lembrando-lhes que até o rei Davi e os seus companheiros, quando estavam em necessidade, comeram os pães sagrados (cf. Mc 2,23-26). E Jesus afirma um novo princípio: os convidados para as bodas não podem jejuar quando o noivo está com eles; jejuarão quando o noivo lhes for tirado. Agora tudo está em relação com Jesus. Quando Ele está no meio de nós, não podemos estar de luto; mas na hora da sua Paixão, então sim, jejuamos (cf. Mc 2,18-20). Jesus quer que estejamos alegres na sua companhia - Ele é o Esposo da Igreja - mas quer igualmente que compartilhemos os seus sofrimentos, que são também os sofrimentos dos pequeninos e dos pobres.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos em Jerusalém (2025)

De 25 de janeiro a 02 de fevereiro de 2025 foi celebrada a 58ª Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos em Jerusalém.

Essa iniciativa, que no hemisfério norte tem lugar de 18 a 25 de janeiro [1], na Cidade Santa tem início no sábado após o dia 19 de janeiro (06 de janeiro no calendário juliano), quando a Igreja Armênia celebra o Natal e as demais Igrejas Orientais celebram a Teofania.

Nessa semana as diversas igrejas cristãs em Jerusalém acolheram celebrações ecumênicas, reunindo representantes da Igreja Católica, das Igrejas Ortodoxas e das comunidades protestantes:

25 de janeiro: Altar do Calvário da Basílica do Santo Sepulcro
(Igreja Ortodoxa Grega)



26 de janeiro: Catedral Anglicana de São Jorge




quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Festa da Apresentação do Senhor em Kiev (2025)

O Arcebispo-Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana, Dom Sviatoslav Shevchuk (Святосла́в Шевчу́к), celebrou no dia 02 de fevereiro de 2025 a Divina Liturgia da Festa da Apresentação do Senhor na Catedral da Ressurreição em Kiev (Ucrânia).

Apesar de ser uma festa cristológica, note-se o uso de paramentos azuis, associados à Virgem Maria, destacando sua participação nesse mistério. Para saber mais, confira nossa postagem sobre o simbolismo do ícone da festa clicando aqui.

O Arcebispo abençoa com o dikirion e o trikirion

Pequena Entrada
Incensação
Evangelho