quarta-feira, 26 de junho de 2024

Domingo de Pentecostes em Kiev (2024)

No domingo, 23 de junho de 2024, o Arcebispo Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana, Dom Sviatoslav Shevchuk (Святосла́в Шевчу́к), presidiu a Divina Liturgia da Festa de Pentecostes na Catedral da Ressurreição em Kiev.

Neste ano de 2024, com efeito, as Igrejas Orientais, tanto Católicas quanto Ortodoxas, celebraram a Páscoa no dia 05 de maio (cerca de um mês após a celebração no Rito Romano), de modo que o Pentecostes, 50 dias após a Páscoa, foi celebrado no dia 23 de junho.

Destaque para o uso dos paramentos verdes, que recordam o Espírito Santo como fonte de vida, e as orações recitadas de joelhos (algo raro no Rito Bizantino):

O Arcebispo abençoa os fiéis
Oração inicial ao Espírito Santo:
"Rei celestial, Consolador..."

Evangelho
Homilia

Ângelus: XII Domingo do Tempo Comum - Ano B

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 23 de junho de 2024

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
O Evangelho de hoje apresenta-nos Jesus no barco com os discípulos no lago de Tiberíades (Mc 4,35-41). De repente chega uma forte tempestade e o barco corre o risco de afundar. Jesus, que estava dormindo, acorda, ameaça o vento e tudo volta à calma.

Mas, na realidade, não acorda, acordam-no! Com tanto medo, são os discípulos que acordam Jesus. Na noite anterior, tinha sido o próprio Jesus a dizer aos discípulos que entrassem no barco e atravessassem o lago. Eles são experientes, são pescadores, e aquele é o seu ambiente de vida; mas uma tempestade podia pô-los em apuros. Parece que Jesus quer pô-los à prova. No entanto, não os deixa sozinhos, fica com eles no barco, em silêncio, até dormindo. E quando a tempestade se desencadeia, com a sua presença tranquiliza-os, encoraja-os, incita-os a ter mais fé e acompanha-os para além do perigo. Mas podemos fazer esta pergunta: porque se comporta assim Jesus?

Para reforçar a fé dos discípulos e para torná-los mais corajosos. De fato, eles saem desta experiência mais conscientes do poder de Jesus e da sua presença no meio deles e, por isso, mais fortes e mais dispostos a enfrentar os obstáculos e as dificuldades, incluindo o medo de se aventurarem a anunciar o Evangelho. Tendo superado esta prova com Ele, serão capazes de enfrentar muitas outras, até à cruz e ao martírio, para levar o Evangelho a todas as nações.

E Jesus faz o mesmo conosco, em particular na Eucaristia: reúne-nos à sua volta, dá-nos a sua Palavra, alimenta-nos com o seu Corpo e Sangue, e depois convida-nos a fazer-nos ao largo, para transmitir o que ouvimos e partilhar com todos o que recebemos, na vida de todos os dias, mesmo quando é difícil. Jesus não nos poupa das dificuldades, mas, sem nunca nos abandonar, ajuda-nos a enfrentá-las. Ele torna-nos corajosos. Assim, também nós, superando-as com a sua ajuda, aprendemos cada vez mais a estreitar-nos a Ele, a confiar no seu poder, que vai muito além das nossas capacidades, a superar incertezas e hesitações, fechamentos e preconceitos, com coragem e grandeza de coração, para dizer a todos que o Reino dos Céus está presente, está aqui, e que com Jesus ao nosso lado podemos fazê-lo crescer juntos para além de todas as barreiras.

Perguntemo-nos então: nos momentos de provação, sei recordar as vezes que na minha vida experimentei a presença e a ajuda do Senhor? Pensemos: quando chega alguma tempestade, deixo-me dominar pelo tumulto ou estreito-me a Ele - há tantas tempestades interiores - para encontrar a calma e a paz, na oração, no silêncio, na escuta da Palavra, na adoração e na partilha fraterna da fé?

A Virgem Maria, que aceitou a vontade de Deus com humildade e coragem, nos conceda, nos momentos difíceis, a serenidade do abandono n’Ele.

Jesus acalma a tempestade
(Yongsung Kim)

Fonte: Santa Sé.

terça-feira, 25 de junho de 2024

Ordenação Episcopal de Dom Krzysztof Józef Nykiel

Na tarde do sábado, 22 de junho de 2024, teve lugar no altar da Cátedra da Basílica de São Pedro a Santa Missa para a Ordenação Episcopal de Dom Krzysztof Józef Nykiel, Regente da Penitenciaria Apostólica, eleito Bispo Titular de Velia.

O ordenante principal foi o Cardeal Mauro Piacenza, Penitenciário-Mor Emérito. Os co-ordenantes foram o Cardeal Cardeal Angelo De Donatis, novo Penitenciário-Mor, e Dom Władysław Ziółek, Arcebispo Emérito de Łódź (Polônia), Diocese de origem do novo Bispo.

O Cardeal Piacenza foi assistido pelo Monsenhor L'ubomir Welnitz, Cerimoniário Pontifício. Presente também o Monsenhor Didier Jean-Jacques Bouable, que trabalha na Penitenciaria Apostólica.


Procissão de entrada

Incensação do altar
Ritos iniciais

Ordenação Episcopal de Dom David Arthur Waller

Na manhã do sábado, 22 de junho de 2024, teve lugar na Catedral do Preciosíssimo Sangue em Londres (Inglaterra), a Santa Missa para a Ordenação Episcopal de Dom David Arthur Waller, Ordinário do Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham (Inglaterra).

O ordenante principal foi o Cardeal Victor Manuel Fernández, Prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, organismo responsável pelos Ordinariatos Pessoais para os fiéis anglicanos acolhidos na Igreja Católica.

Os co-ordenantes foram o Cardeal Vincent Gerard Nichols, Arcebispo de Westminster (Inglaterra) e Dom Steven Joseph Lopes, Ordinário do Ordinariato Pessoal da Cátedra de São Pedro (Estados Unidos da América).

Presentes também Dom Anthony Randazzo, Bispo da Diocese de Broken Bay e Administrador Apostólico do Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora do Cruzeiro do Sul (Austrália), além do Ordinário Emérito de Nossa Senhora de Walsingham, Monsenhor Keith Newton.

Procissão de entrada

Oração do dia
Liturgia da Palavra
Evangelho

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Cadernos do Concílio: Sacrosanctum Concilium (Vídeos)

De janeiro a março de 2024 apresentamos aqui em nosso blog como sugestão de leitura os nove volumes da Coleção “Cadernos do Concílio” dedicados à Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a sagrada Liturgia (Parte 1: vol. 06-08 / Parte 2: vol. 09-11 / Parte 3: vol. 12-14).

Em preparação para o Jubileu Ordinário de 2025, com efeito, o Papa Francisco propôs “revisitar” as quatro Constituições do Concílio Vaticano II (1962-1965). Portanto, o Dicastério para a Evangelização (1ª Seção), responsável pela organização do Jubileu, publicou a Coleção “Cadernos do Concílio” (Quaderni del Concilio).


Os 34 breves volumes, escritos por diversos autores, foram publicados no Brasil pelas Edições CNBB a partir do segundo semestre de 2023.

Também no final de 2023, o Regional Sul 2 da CNBB, referente ao estado do Paraná, começou a publicar em seu canal do Youtube uma série de vídeos sobre os “Cadernos do Concílio”. A cada volume da Coleção correspondem dois ou três vídeos, assessorados por Bispos, sacerdotes e leigos de todo o país.

Destacamos a seguir os vídeos sobre os nove volumes dedicados à Constituição Sacrosanctum Concilium:

Volume 06: A Liturgia no mistério da Igreja
Assessor: Dom Edmar Peron, Bispo de Paranaguá (PR)



Volume 07: A Sagrada Escritura na Liturgia
Assessor: Padre Washington Paranhos, SJ



Volume 08: Viver a Liturgia na Paróquia
Assessor: Padre Kleber Rodrigues da Silva, Diocese de Taubaté (SP)

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Catequeses do Papa João Paulo II sobre o Creio: Jesus Cristo 49

Quarta e última meditação do Papa São João Paulo II sobre as últimas palavras de Jesus na Cruz dentro das suas Catequeses sobre Jesus Cristo.

Confira a postagem com a Introdução e o índice das demais Catequeses clicando aqui.

Catequeses do Papa João Paulo II sobre o Creio
CREIO EM JESUS CRISTO

74. “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”
João Paulo II - 07 de dezembro de 1988

1. “Está consumado” (Jo 19,30). Segundo o Evangelho de João, Jesus pronunciou essas palavras pouco antes de expirar. Foram as últimas. Manifestam sua consciência de ter cumprido até o fim a obra para a qual foi enviado ao mundo (cf. Jo 17,4). Notemos: não é tanto a consciência de ter realizado projetos seus, mas de ter realizado a vontade do Pai na obediência que o impulsiona à completa imolação de si na cruz. Só por isso Jesus agonizante já aparece como modelo do que deveria ser a morte de todo homem: a conclusão da obra designada a cada um para o cumprimento dos desígnios divinos. Segundo o conceito cristão da vida e da morte, até o momento da morte os homens são chamados a cumprir a vontade do Pai, e a morte é o último ato, definitivo e decisivo, do cumprimento dessa vontade. Jesus no-lo ensina do alto da cruz.

2. “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). Com estas palavras Lucas explicita o conteúdo do segundo grito que Jesus proferiu pouco antes de morrer (cf. Mc 13,37; Mt 27,50). No primeiro grito Ele tinha exclamado: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15,34; Mt 27,46). Estas palavras são completadas por aquelas outras, que constituem o fruto de uma reflexão interior amadurecida na oração. Se por um momento Jesus sofreu a tremenda sensação de ser abandonado pelo Pai, agora sua alma reage do único modo que, como Ele bem sabe, corresponde a um homem que, ao mesmo tempo, é também o “Filho amado” de Deus: o total abandono em suas mãos.

Calvário (Luca Giordano)

Jesus expressa este seu sentimento com palavras que pertencem ao Salmo 30, o Salmo do aflito que prevê sua libertação e dá graças a Deus que está por realizá-la: “Em tuas mãos entrego o meu espírito; Tu me resgataste, Senhor, Deus fiel” (v. 6). Jesus, em sua lúcida agonia, recorda e balbucia também algum versículo desse Salmo, recitado muitas vezes durante sua vida. Mas, na narração do evangelista, aquelas palavras na boca de Jesus adquirem um novo valor.

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Dissertações e Teses sobre Liturgia: PUC-SP 2023

Há três anos, em 2021, destacamos aqui em nosso blog cinco Dissertações de Mestrado do Programa de Estudos Pós-Graduados em Teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

As cinco Dissertações, defendidas entre 2017 e 2019, orientadas pelo Padre Valeriano dos Santos Costa, Doutor em Teologia pelo Pontifício Instituto Santo Anselmo (Roma), propunham um diálogo entre a Liturgia e o pensamento do sociólogo polonês Zygmunt Bauman (†2017).

Nesta postagem gostaríamos de dar continuidade à proposta destacando cinco trabalhos acadêmicos (duas Dissertações de Mestrado e três Teses de Doutorado) defendidos na PUC-SP em 2023, propondo um diálogo entre a Liturgia e o pensamento do filósofo espanhol Xavier Zubiri (†1983) nos 40 anos da sua morte.

Xavier Zubiri (†1983)

Já em 2021, com efeito, o Padre Valeriano havia orientado uma Dissertação relacionando a música litúrgica com o pensamento zubiriano, particularmente com seu conceito de “inteligência senciente”, que busca um equilíbrio entre razão e sentidos, evitando assim que a Liturgia caia nos extremos do racionalismo e do sentimentalismo.

Seguem os resumos das Dissertações e Teses, que podem ser acessadas na íntegra no site da PUC-SP, conforme os links abaixo:

A dimensão mística da Liturgia no horizonte da metafísica zubiriana
Jucilei Lima da Silva
Orientador: Valeriano dos Santos Costa
Dissertação de Mestrado (junho de 2023), 117 páginas

O objetivo deste trabalho é descrever uma dimensão da Liturgia, que dissemos mística e como o humano em sua constitutividade experiencia tal dimensão. E, como implicações, procura descrever numa linguagem mística teológica os desdobramentos na vida diária do cristão que podem e devem ocorrer ao experienciar tão grande realidade, tudo isso à luz da metafísica do filósofo espanhol Xavier Zubiri. Para tal tarefa será utilizado o método de natureza exploratória, que possibilita uma aproximação tanto do entendimento de Liturgia como do pensamento de Zubiri. Isso leva a constatar que, graças ao caráter humano de inteligência senciente, ela pode atualizar formalmente a coisa real como realidade na intelecção. A coisa fica atual, é um estar, e porque está o humano dá-se conta dela. A coisa está formalmente como realidade na inteligência senciente, que sente tal realidade.

Capítulos:
1. Horizonte da metafísica zubiriana
2. Dimensão mística da Liturgia
3. Dimensão mística da Liturgia e inteligência senciente: Implicações para vivência prática


A estrutura dinâmica da Liturgia à luz do realismo zubiriano e do n. 9 da Redemptionis Sacramentum
João José Bezerra
Orientador: Valeriano dos Santos Costa
Tese de Doutorado (junho de 2023), 199 páginas

terça-feira, 18 de junho de 2024

Ângelus: XI Domingo do Tempo Comum - Ano B

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 16 de junho de 2024

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
O Evangelho da Liturgia de hoje fala-nos do Reino de Deus através da imagem da semente (Mc 4,26-34). Jesus usa várias vezes esta comparação (cf. Mt 13,1-23; Mc 4,1-20; Lc 8,4-15), e hoje o faz convidando-nos a refletir em particular sobre uma atitude importante ligada à imagem da semente, que é a expectativa confiante.

De fato, na sementeira, por melhor e mais abundante que seja a semente que o agricultor espalha, e por melhor que prepare a terra, as plantas não brotam imediatamente: é preciso tempo e paciência! Por isso, é necessário que, depois da sementeira, ele saiba esperar com confiança, para permitir que as sementes germinem no momento propício e que os rebentos brotem da terra e cresçam, suficientemente fortes para garantir, no fim, uma colheita abundante (cf. vv. 28-29). Debaixo da terra, o milagre já está acontecendo (cf. v. 27), há um desenvolvimento enorme, mas invisível, é preciso paciência e, entretanto, é necessário continuar a cuidar dos torrões, regando-os e mantendo-os limpos, apesar de que na superfície parece que nada acontece.

O Reino de Deus também é assim. O Senhor deposita em nós as sementes da sua Palavra e da sua graça, sementes boas e abundantes, e depois, sem nunca deixar de nos acompanhar, espera pacientemente. O Senhor continua a cuidar de nós, com a confiança de um Pai, mas dá-nos tempo - o Senhor é paciente - para que as sementes se abram, cresçam e se desenvolvam até darem frutos de boas obras. E isto porque Ele quer que nada se perca no seu campo, que tudo chegue à plena maturidade; quer que todos nós possamos crescer como espigas cheias de grãos.

E não é só isso. Ao fazê-lo, o Senhor dá-nos um exemplo: ensina-nos também a semear o Evangelho com confiança onde estamos, e depois a esperar que a semente lançada cresça e dê fruto em nós e nos outros, sem desanimar e sem deixar de nos apoiarmos e ajudarmos uns aos outros, mesmo quando, apesar dos nossos esforços, parece que não vemos resultados imediatos. De fato, muitas vezes, até entre nós, para além das aparências, o milagre já está em curso e, a seu tempo, dará frutos abundantes!

Podemos então perguntar-nos: deixo semear a Palavra em mim? De minha parte, semeio com confiança a Palavra de Deus nos ambientes em que vivo? Sou paciente na espera, ou desanimo porque não vejo resultados imediatos? E sou capaz de confiar tudo serenamente ao Senhor, dando o meu melhor para anunciar o Evangelho?

A Virgem Maria, que acolheu e fez crescer dentro de si a semente da Palavra, nos ajude a ser semeadores generosos e confiantes do Evangelho.


Fonte: Santa Sé.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Beatificação do Padre Michał Rapacz em Cracóvia

No último sábado, 15 de junho de 2024, o Cardeal Marcello Semeraro, Prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, presidiu a Santa Missa para a Beatificação de Michał Rapacz, Presbítero e Mártir, no Santuário da Divina Misericórdia no Distrito de Łagiewniki em Cracóvia  (Polônia).

O Padre Michał Rapacz, do clero da Arquidiocese de Cracóvia, foi martirizado em 12 de maio de 1946 na vila de Płoki (no município de Trzebinia) pelos comunistas soviéticos que invadiram a Polônia após a Segunda Guerra Mundial.

Procissão de entrada


Incensação
Sinal da cruz

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Festa da Ascensão do Senhor em Kiev (2024)

Na quinta-feira, 13 de junho de 2024, o Arcebispo Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana, Dom Sviatoslav Shevchuk (Святосла́в Шевчу́к), presidiu a Divina Liturgia da Festa da Ascensão do Senhor na Catedral da Ressurreição em Kiev.

Neste ano de 2024, com efeito, as Igrejas Orientais, tanto Católicas quanto Ortodoxas, celebraram a Páscoa no dia 05 de maio, de modo que a Ascensão, 40 dias após a Páscoa, foi celebrada no dia 13 de junho (cerca de um mês após a celebração no Rito Romano).

O  Arcebispo abençoa os fiéis
Incensação

Evangelho
Homilia

Solenidade de Santo Antônio em Jerusalém (2024)

Entre os dias 12 e 13 de junho de 2024 o Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, presidiu as celebrações da Solenidade de Santo Antônio de Pádua, Presbítero e Doutor da Igreja, Patrono da Custódia Franciscana da Terra Santa, na igreja do Santíssimo Salvador em Jerusalém.

Na tarde da quarta-feira, dia 12, o Custódio presidiu a oração das I Vésperas com a tradicional bênção dos pães de Santo Antônio e na manhã da terça-feira, dia 13, a Santa Missa da Solenidade.

12 de junho: I Vésperas

Imagem e relíquia de Santo Antônio
Procissão de entrada
Oração das Vésperas: Hino

Leitura breve

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Catequeses do Papa João Paulo II sobre o Creio: Jesus Cristo 48

Terceira meditação do Papa São João Paulo II sobre as últimas palavras de Jesus na Cruz dentro das suas Catequeses sobre Jesus Cristo.

Para acessar o índice com os links para as demais Catequeses clique aqui.

Catequeses do Papa João Paulo II sobre o Creio
CREIO EM JESUS CRISTO

73. “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
João Paulo II - 30 de novembro de 1988

1. Segundo os Evangelhos Sinóticos, Jesus gritou duas vezes na cruz (cf. Mt 27,46.50; Mc 15,34.37); só Lucas explica o conteúdo do segundo (Lc 23,46). O primeiro grito expressa a profundidade e a intensidade do sofrimento de Jesus, sua participação interior, seu espírito de oblação e talvez também a leitura profético-messiânica que Ele faz do seu drama a partir de um salmo bíblico. O primeiro grito certamente manifesta os sentimentos de desolação e de abandono experimentados por Jesus com as primeiras palavras do Salmo 21: “À hora nona, Jesus gritou com voz forte: ‘Eloí, Eloí, lemá sabactâni?’ - que quer dizer: ‘Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?’” (Mc 15,34; cf. Mt 27,46).

Marcos relata as palavras em aramaico. Podemos supor que esse grito parecia tão característico que as testemunhas auriculares do fato, quando narraram o drama do Calvário, acharam oportuno repetir as mesmas palavras de Jesus em aramaico, a língua falada por Ele e pela maioria dos israelitas seus contemporâneos. Essas puderam ter sido referidas a Marcos por Pedro, como sucede com a palavra “Abbá”, “Pai”, na oração do Getsêmani (cf. Mc 14,36).

Crucificação (El Greco)

2. O fato de que, em seu primeiro grito, Jesus use as palavras iniciais do Salmo 21 é significativo por várias razões. No espírito de Jesus, que costumava rezar seguindo os textos sagrados do seu povo, devem ter sido depositadas muitas daquelas palavras e frases que o impressionavam particularmente, porque expressavam melhor a necessidade e a angústia do homem diante de Deus e, de alguma forma, aludiam à condição d’Aquele que tomaria sobre si toda a nossa iniquidade (cf. Is 53,11).

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Artigos sobre Liturgia: REB 2024

A Revista Eclesiástica Brasileira (REB), publicação quadrimestral do Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ), dedicou seu primeiro número deste ano de 2024 (v. 84, n. 327), referente aos meses de janeiro a abril, ao tema da “Liturgia do Povo de Deus”.

Propomos a seguir os resumos dos sete artigos que integram o “dossiê” da Revista, publicados por ocasião dos 60 anos da Constituição sobrea sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium. Após uma inscrição gratuita, os artigos podem ser acessados na íntegra no site da Revista.


Vale dizer que a indicação desses textos não implica que concordamos necessariamente com o seu conteúdo. Esta postagem serve mais como convite à reflexão.

Liturgia num mundo em mudança: Reflexões pastorais
Padre Paolo Cugini, Doutor em Teologia pela Faculdade Teológica da Emilia Romagna, Bolonha (Itália)

O objetivo deste artigo é apresentar a forma como a Igreja deveria celebrar os Sacramentos e, de modo especial, a Eucaristia, à luz das indicações do Evangelho e do Concílio Vaticano II. A partir de uma adesão mais atenta ao Evangelho, a Liturgia é percebida como uma reprodução dos traços da humanidade de Jesus, que se torna ponto de passagem para o encontro com Deus. Esta consciência permite-nos olhar para o passado e captar as deturpações que acompanharam a história da Liturgia condicionando a espiritualidade dos fiéis. Em particular é dada atenção ao Concílio de Trento como ponto de chegada de um caminho histórico, que passa de uma visão comunitária da Eucaristia, de acordo com os dados bíblicos, a uma visão mais devocional e íntima. Nesta perspectiva histórica, é possível compreender o grande trabalho realizado pelo Concílio Vaticano II para recuperar os dados bíblicos e patrísticos para lançar as bases da reforma litúrgica. No último capítulo, são levados em consideração os documentos elaborados por ocasião do Sínodo sobre a Amazônia, para propor um caminho de renovação litúrgica atento ao tema da inculturação.


A Tradição segundo Walter Kasper
Padre Matheus da Silva Bernardes, Doutor em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) - Belo Horizonte

terça-feira, 11 de junho de 2024

Ângelus: X Domingo do Tempo Comum - Ano B

Papa Francisco
Ângelus
Domingo, 09 de junho de 2024

Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
O Evangelho da Liturgia de hoje (Mc 3,20-35) conta-nos que Jesus, depois de ter iniciado o seu ministério público, encontrou-se diante de uma dupla reação: a dos seus parentes, que estavam preocupados e temiam que Ele tivesse enlouquecido um pouco, e a das autoridades religiosas, que acusavam-no de agir movido por um espírito maligno. Na realidade, Jesus pregava e curava os doentes pelo poder do Espírito Santo. E foi precisamente o Espírito que o tornou divinamente livre, isto é, capaz de amar e servir sem medidas nem condicionamentos. Jesus livre. Detenhamo-nos um pouco para contemplar esta liberdade de Jesus.

Jesus era livre diante das riquezas: por isso, deixou a segurança da sua aldeia, Nazaré, para abraçar uma vida pobre e cheia de incertezas (cf. Mt 6,25-34), curando gratuitamente os doentes e quantos iam pedir-lhe ajuda, sem nunca exigir nada em troca (cf. Mt 10,8). Esta é a gratuidade do ministério de Jesus. É também a gratuidade de qualquer ministério.

Era livre diante do poder: de fato, embora chamasse muitos a segui-lo, nunca obrigou ninguém a fazê-lo, nem procurou o apoio dos poderosos, mas colocou-se sempre do lado dos últimos, ensinando aos seus discípulos a fazer o mesmo, como Ele tinha feito (cf. Lc 22,25-27).

Por fim, Jesus era livre perante a busca da fama e da aprovação, e por isso nunca renunciou a dizer a verdade, mesmo à custa de não ser compreendido (cf. Mc 3,21), de se tornar impopular, ao ponto de morrer na cruz, não se deixando intimidar, nem comprar, nem corromper por nada nem por ninguém (cf. Mt 10,28).

Jesus era um homem livre. Livre perante as riquezas, livre perante o poder, livre perante a busca da fama. E isto é importante também para nós. Porque se nos deixarmos condicionar pela busca do prazer, do poder, do dinheiro ou da fama, tornamo-nos escravos dessas coisas. Se, pelo contrário, deixarmos que o amor gratuito de Deus encha e dilate o nosso coração, e se o deixarmos transbordar espontaneamente, oferecendo-o aos outros, com todo o nosso ser, sem receios, cálculos ou condicionamentos, então crescemos em liberdade e difundimos também o seu bom perfume à nossa volta.

Por isso podemos perguntar-nos: sou uma pessoa livre? Ou deixo-me aprisionar pelos “mitos” do dinheiro, do poder e do sucesso, sacrificando a estes a serenidade e a paz, minha e a dos outros? Espalho, nos ambientes em que vivo e trabalho, ar fresco de liberdade, de sinceridade, de espontaneidade?

Que a Virgem Maria nos ajude a viver e a amar como Jesus nos ensinou, na liberdade dos filhos de Deus (cf. Rm 8,15.20-23).


Fonte: Santa Sé.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus em Cracóvia (2024)

Na sexta-feira, 07 de junho de 2024, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, o Arcebispo de Cracóvia (Polônia), Dom Marek Jędraszewski, celebrou a Santa Missa na Basílica do Sagrado Coração de Jesus em Cracóvia (Bazylika Najświętszego Serca Pana Jezusa), seguida da Procissão Eucarística a redor da igreja:

Procissão de entrada

Homilia
Incensação
Oração Eucarística

sábado, 8 de junho de 2024

Domingo da Samaritana em Constantinopla (2024)

Neste ano de 2024, como vimos em postagens anteriores, as Igrejas Orientais (Católicas e Ortodoxas) celebraram a Páscoa no dia 05 de maio.

Portanto, no último dia 02 de junho o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla celebrou a Divina Liturgia do V Domingo da Páscoa, o Domingo da Samaritana, na Catedral de São Jorge em Istambul (Turquia).

Nesse Domingo, por iniciativa do próprio Bartolomeu após sua eleição em 1991, o Patriarcado Ecumênico celebra a Sinaxe de Todos os Santos Arcebispos e Patriarcas de Constantinopla [1].


Relíquias de alguns Santos Patriarcas de Constantinopla
Litania da paz
Pequena Entrada
O Patriarca abençoa os fiéis

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Homilia do Papa João Paulo II: Sagrado Coração (Ano B)

No dia 07 de junho de 1991 o Papa João Paulo II celebrou a Missa da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus em Włocławek, durante sua quarta Viagem Apostólica à Polônia.

Confira a seguir sua homilia, na qual, além de meditar sobre as leituras da Solenidade para o Ano B (Os 11,3-4.8c-9; Is 12,2-6; Ef 3,8-12.14-19; Jo 19,31-37), o Papa refletiu sobre a realidade da Polônia e da Europa na época, além de recordar o martírio do Padre Jerzy Popiełuszko (†1984), o qual seria beatificado em 2010.

Viagem Apostólica à Polônia
Missa para os fiéis da Diocese de Włocławek
Homilia do Papa João Paulo II
Aeroclube de Włocławek
Sexta-feira, 07 de junho de 1991

“Um dos soldados abriu-lhe o lado com a lança” (Jo 19,34).
Caros irmãos e irmãs,
1. Hoje a Igreja retorna à Sexta-feira Santa. A Solenidade do Sagrado Coração de Jesus é como um grande “complemento” e um profundo comentário dos acontecimentos da Sexta-feira Santa. A passagem do Evangelho segundo João se refere justamente à conclusão desses acontecimentos. Os soldados enviados por Pilatos verificam se os condenados sobre o Gólgota estão mortos. Cristo já está morto. Para confirmá-lo, um dos soldados o golpeia com a lança - e então do lado transpassadosaiu sangue e água” (Jo 19,34). Foi a prova da morte.

O evangelista não fala do coração - mas foi transpassado precisamente o coração humano do Crucificado: é dele que brotam o sangue e a água, o que significa que Jesus, o Nazareno, já não vive. Isso aconteceu na tarde da Sexta-feira Santa. A lei ritual exigia que os corpos dos crucificados não fossem deixados na cruz no sábado da Páscoa, que era a maior festa de Israel.

Mosaico da Basílica do Sagrado Coração de Jesus
(Cracóvia, Polônia)

2. A essa descrição o evangelista acrescenta duas frases que devem testemunhar o cumprimento das profecias da Antiga Aliança. A Escritura diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos” (Jo 19,36; cf. Ex 12,46), e assim aconteceu, à diferença dos outros dois crucificados. A Escritura também diz: “Olharão para aquele que transpassaram” (Jo 19,37; Zc 12,10).

Olharão para o Crucificado. Fixarão o olhar sobre o seu Coração. Essas palavras contêm a chave do mistério que está no centro da Solenidade deste dia. Não só a chave. A chave da história da alma de tantas pessoas que, através dessa chaga aberta no lado de Cristo Crucificado, visível externamente, alcançam aquilo que está escondido à vista. Olham para o seu Coração. Fixam o olhar no seu Coração.

Quantas pessoas assim, com o olhar fixo no Coração do Redentor, passaram por esta terra do Vístula, por esta cidade e sede episcopal?

Solenidade de Corpus Christi em Lisboa (2024)

Na quinta-feira, 30 de maio de 2024, o Patriarca de Lisboa (Portugal), Dom Rui Manuel Sousa Valério, presidiu a Missa da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi ou Corpo de Deus) na Catedral de Santa Maria Maior, a Sé de Lisboa.

Como de costume na capital portuguesa, a Missa foi celebrada pela manhã, no final da qual foi exposto o Santíssimo Sacramento. Os fiéis permaneceram em adoração durante o dia e, à tarde, teve lugar a Procissão Eucarística pelos arredores da Catedral.

Procissão de entrada

Liturgia da Palavra
Evangelho
Homilia