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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Artigos sobre Liturgia: REB 2016-2018

No ano de 2019 destacamos aqui em nosso blog três artigos publicados na Revista Eclesiástica Brasileira (REB), publicação quadrimestral do Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ).

Nesta postagem gostaríamos de dar continuidade à proposta com outros cinco artigos sobre Liturgia e Sacramentos publicados na Revista entre 2016 e 2018. Estes tratam dos sacramentos da Reconciliação e da Ordem, da Liturgia no pensamento de Santa Edith Stein (†1942) e das “Antífonas do Ó” entoadas nos últimos dias do Advento.

Para acessar os artigos na íntegra, cujos links indicamos a seguir, é necessário inscrever-se (gratuitamente) no site da revista.

Sacramento da Penitência-Reconciliação: Achegas teológicas e sugestões pastorais
Pe. Antonio Alves de Melo

O sacramento da Penitência-Reconciliação passa por mais uma crise em sua história. A superação dessa crise requer aprofundamento na teologia e abertura na pastoral. Na teologia, são fundamentais os conceitos de penitência, confissão e reconciliação, bem como o fato de que é na reconciliação com a Igreja que se realiza a reconciliação com Deus. Na pastoral, vemo-nos diante de dois desafios. O primeiro consiste na educação dos fiéis e das comunidades para o autêntico sentido da Reconciliação; o segundo, em assumir as aberturas do Ritual da Penitência e avançar a partir delas na renovação desse sacramento de importância decisiva na existência cristã, porém, ainda muito necessitado de aprofundamento teológico, litúrgico e pastoral. Somente uma renovação séria e corajosa fará com que o sacramento da Reconciliação cumpra a missão que lhe cabe na existência dos fiéis, das comunidades e na edificação da Igreja.



Penitência cotidiana: Uma verdade a ser recordada
Pe. Francisco Taborda

Nos seis-sete primeiros séculos, procurava-se o perdão dos pecados em formas cotidianas de obter a reconciliação que Deus nos oferece em Cristo. A forma elaborada, conhecida na pesquisa histórica como “penitência canônica” (Sacramento da Penitência), era reservada para poucos pecados gravíssimos, exigia penitências rigorosíssimas que duravam anos e não podia ser repetida. Em compensação, as formas cotidianas (escuta da Palavra de Deus, esmola-oração-jejum, confissão a leigos, a Eucaristia como sacramento do perdão) eram muito valorizadas e recomendadas. Se essas formas cotidianas forem novamente valorizadas, não haverá razão para lamentar-se sobre a chamada “crise da confissão”. O estudo é precedido por uma reflexão antropológica sobre a reconciliação (o “fazer as pazes”) no âmbito humano.


Estarei amanhã (Ero cras): Uma meditação teológica para o Advento
Pe. Francisco Taborda

Este artigo reflete teologicamente sobre as antífonas ao Magnificat próprias dos dias 17 a 23 de dezembro. São conhecidas como “antífonas maiores” ou “antífonas do Ó”, pois começam com esta exclamação. Depois da invocação ao Messias sob 18 diferentes títulos tomados do Antigo Testamento, segue-se em cada antífona uma segunda parte em que se pede a vinda do Senhor. O texto das antífonas está carregado de referências bíblicas, que se procuram destrinçar neste artigo, e constituem um convite à reflexão cristológica em preparação ao Natal. Depois de breve introdução geral de caráter descritivo, histórico e literário, o artigo analisa cada uma das antífonas, procurando explicitar sua teologia.




O rosto litúrgico não violento de Edith Stein
Antonio Henrique Campolina Martins

Seguindo cronologicamente os passos da vida de Edith Stein, o texto faz-nos ver como esta figura plena de mulher emerge da Liturgia nas tradições judaica e cristã sem inclusivismos, ou seja, sem mistura e sem confusão, sem divisão e sem separação, sinalizando para a ortopráxis do diálogo inter-religioso. Esta biografia litúrgica de Edith Stein quer expressar ainda, de modo contundente, desde o seu nascimento em Breslau até sua morte em Auschwitz, a resistência existencial não violenta desta judia por nascimento e desta cristã por amor que viveu e morreu no kippur e na cruz.


Ministério ordenado - Aspectos históricos e teológicos (Um esboço)
Francisco Taborda

Trata-se de esboçar a evolução histórica dos três ministérios ordenados. O episcopado passou de uma forma coletiva para o episcopado de um só. Na Idade Média, foi visto como mera “dignidade” até que o Vaticano II recupera a sacramentalidade do episcopado e sua colegialidade. Com a passagem do episcopado coletivo ao monepiscopado, o presbitério se torna o conselho do Bispo. O crescimento da Igreja leva os presbíteros a assumirem a presidência da Eucaristia por encargo do Bispo; o coletivo se diluiu num grupo de indivíduos. O presbítero se torna o agente quase exclusivo da atuação eclesial e o presbiterado o ápice do Sacramento da Ordem. O Concílio de Trento consagra essa perspectiva. O Vaticano II redescobre o caráter colegiado do presbiterado. O ministério diaconal experimenta nos primeiros séculos uma ascensão que atinge seu apogeu nos séculos IV-VI. A partir de então, entra em rápido declínio a ponto de reduzir-se, na Igreja latina, a mero degrau para se alcançar o presbiterado. O Vaticano II restaura o diaconado como ordem permanente.



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