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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Sugestão de leitura: A arte de celebrar: Guia pastoral

No mês de setembro apresentamos aqui no blog como sugestão de leitura a obra O sentido espiritual da Liturgia, de Goffredo Boselli, primeiro volume da Coleção Vida e Liturgia da Igreja das Edições CNBB.

Pulando o segundo volume, dedicado ao tema da homilia (que apresentaremos em outra ocasião), propomos aqui o terceiro volume da coleção: A arte de celebrar: Guia pastoral, organizado pelo Centro Nacional de Pastoral Litúrgica da França (Centre National de Pastorale Liturgique) [1], ligado à respectiva Conferência Episcopal.

A obra foi publicada em francês (L’art de célébrer: Guide pastoral) em 2003, sendo traduzida para o Brasil pelas Edições CNBB em 2015.

De acordo com a apresentação de Dom Armando Bucciol, então Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, o livro é na verdade a compilação de uma série de artigos publicados na Revista Célébrer e dedicados ao tema da ars celebrandi, isto é, da arte de celebrar.


A obra possui 37 breves capítulos, agrupados em quatro partes, além de dois anexos. A seguir apresentamos brevemente um plano da obra (os nomes dos capítulos são indicados em itálico).

Primeira parte: Celebrar: uma arte (pp. 17-48)
Esta primeira parte possui cinco capítulos, de caráter mais introdutório: o capítulo 1 tenta responder a pergunta: o que é a arte de celebrar? A arte de celebrar é celebrar com arte, com aquela “nobre simplicidade” proposta pelo Concílio Vaticano II, permitindo que “o invisível se manifeste”.

O capítulo 2 destaca a atuação do Concílio Vaticano II, o capítulo 3 a dimensão eclesial da Liturgia, epifania da Igreja, o capítulo 4 chama a atenção para as diversas linguagens da celebração e, por fim, o capítulo 5 indica algumas “máximas” para uma participação frutífera.

Segunda parte: Celebrar com a música e o canto (pp. 51-71)
Esta segunda parte possui apenas dois capítulos: o primeiro dedicado à música litúrgica em geral e o segundo sobre a arte de celebrar com o corpo nos diversos cantos que integram a celebração. O tema do canto e da música, porém, será retomado na IV parte.

Terceira parte: Celebrar no espaço litúrgico (pp. 75-90)
A terceira parte, por sua vez, é integrada por três capítulos: o primeiro introduz a arte de celebrar em um local, o segundo elenca seus vários elementos e o terceiro propõe torná-lo “um espaço vivo”, valorizando, por exemplo, as procissões. Também este tema será retomado na IV parte.

Quarta parte: Elementos da arte de celebrar (pp. 93-181)
A quarta e última parte do livro é seguramente a mais longa, composta por 27 capítulos. Partindo do conceito de participação no capítulo 1, são feitas primeiramente algumas observações introdutórias: a entonação (cap. 2), o celebrar voltado para o povo (cap. 3), o respeitar as distâncias (cap. 4).

O capítulo 5, intitulado “Técnica, oração e celebração” propõe valorizar as possibilidades indicadas pelo próprio Missal; o capítulo 6 - Celebrar e rezar - reforça o primado da oração; e, por fim, os capítulos 7 e 8 exortam respectivamente à preparar a celebração e ao respeito pelas regras litúrgicas.

Os quatro capítulos seguintes são voltados aos diferentes ministros: os capítulos 9 e 10 são destinados ao ministério da presidência; o cap. 11, Proclamar a Palavra de Deus, é dirigido aos leitores; e o cap. 12 aos cantores.

A partir do capítulo 13 o tema volta-se mais uma vez para o espaço sagrado: o capítulo 14 reflete sobre seus diversos elementos e sua decoração; os cap. 15-16 trazem o tema das vestes litúrgicas; o cap. 17 é dedicado à arte de celebrar com as flores; e, por fim, o capítulo 18 ao tema da difusão do som.

Uma vez abordado o espaço, os dois capítulos seguintes são dedicados ao tempo: o cap. 19 exorta ao cuidado com os “ritmos” da celebração e o capítulo 20 reflete a respeito do silêncio.

O capítulo 21 abre um novo bloco, composto por três capítulos sobre o canto e a música: após refletir sobre os “ritmos” dos diferentes cantos (um canto que é um rito não é o mesmo que um canto que acompanha um rito), os capítulos 22 e 23 - O canto adequado e O canto litúrgico - reforçam a importância de escolher cantos que estejam de acordo com a Liturgia celebrada.

Por fim, os últimos quatro capítulos trazem o tema dos gestos litúrgicos: após uma introdução ao gesto ritual no capítulo 24, se abordam as atitudes comuns: estar em pé, estar sentados... (cap. 25); os gestos rituais breves: o sinal da cruz, o gesto da paz... (cap. 26) e os gestos que acompanham o Rito de Comunhão: a procissão, receber a Comunhão na boca ou na mão... (cap. 27).

Anexos (pp. 185-191)
Completam a obra dois breves anexos, os únicos textos nos quais é identificado o autor: “A Liturgia: um agir simbólico”, de Jeanne Signard; e “Um espaço que situa cada um no seu lugar”, de Philippe Barras.


[1] Em 2007 o Centre National de Pastorale Liturgique foi renomeado como Service National de la Pastorale Liturgique et Sacramentelle (Serviço Nacional de Pastoral Litúrgica e Sacramental). Porém, como o livro foi publicado em 2003, leva o nome antigo.

Para adquirir o livro no site da editora, clique aqui.

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