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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Dez aspectos da renovação litúrgica do Concílio Vaticano II

Publicamos aqui o texto sobre a reforma litúrgica do Vaticano II publicado pela Rádio Vaticano no dia 25 de outubro:

Na edição de hoje deste nosso espaço damos continuidade ao tema da reforma litúrgica trazida pelo Concílio Vaticano II. O tema do programa passado foi “A excelência e a eficácia da Liturgia". Vimos como ela, como exercício da função sacerdotal de Cristo cabeça, realiza em modo próprio a cada um, a santificação dos homens, membros do Corpo Místico”.
Na edição de hoje, Padre Gerson Schmidt nos traz a reflexão sobre “Dez aspectos da renovação litúrgica do Concílio”:
"Na Constituição Sacrosanctum Concilium se apresentam diversos aspectos para que a renovação litúrgica aconteça. Afirma-se no número 21 da SC: “A santa mãe Igreja, para permitir ao povo cristão o acesso mais seguro à abundância de graças que a liturgia contém, deseja fazer uma acurada reforma geral da liturgia". 
Na verdade, a Liturgia compõe-se de uma parte imutável, porque de instituição divina, e de partes suscetíveis de mudanças. Estas, com o passar dos tempos, podem ou mesmo devem variar, se nelas se introduzirem elementos que menos correspondam à natureza íntima da própria liturgia, ou se estes se tenham tornado menos oportunos.
Nesta reforma, porém, o texto e as cerimônias devem ordenar-se de tal modo, que de fato exprimam mais claramente as coisas santas que eles significam e o povo cristão possa compreendê-las facilmente, à medida do possível, e também participar plena e ativamente da celebração comunitária. Nos interessa aqui de modo particular essa frase: o texto e as cerimônias (da liturgia) devem ordenar-se de tal modo, que de fato exprimam mais claramente as coisas santas.
Diante da controvérsia luterana, sabemos que na história, na Liturgia, se acentuou demasiadamente no catolicismo o princípio da eficácia do sacramento, em detrimento aos sinais litúrgicos e celebrativos – dessa clareza pedida pela SC. Se acentuou muito a frase: “ex opere operato” – frase latina que traduzida significa realizar com eficácia o que significa e simboliza o sacramento. Bastava o padre celebra ex opere operato havendo matéria e forma do sacramento para que se realize o que opera pelo sacramento. Por causa dessa eficácia operante, não se deu mais tanta importância aos sinais litúrgicos e essa expressão mais clara das coisas santas (SC, 21), pedida pelo Concílio. 
Por isso, é possível entender o apelo dos padres conciliares: “Nesta reforma, porém, o texto e as cerimônias devem ordenar-se de tal modo, que de fato exprimam mais claramente as coisas santas que eles significam e o povo cristão possa compreendê-las facilmente, à medida do possível, e também participar plena e ativamente da celebração comunitária”. Ou seja, a importância dos sinais – não só da eficácia sacramental.
Nessa reforma do Concílio, percebemos 10 aspectos de renovação, a partir da Constituição Sacrosanctum Concilium, que aqui enumeramos:

1. O valor da assembleia litúrgica - CIC 1141; 1142; SC 07
3. A importância das duas espécies eucarísticas, Pão e Vinho - SC 55; Missal Romano 240, 241, 14, 283.
5. A participação ativa dos fiéis - SC 48,14,19,30,50
10. O Mistério Pascal como centro - SC 47, 05,06

Nesse espaço "Memória Histórica", queremos ir nos adentrando em cada um desses aspectos.


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