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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

A história da Festa do Batismo do Senhor

O Batismo no Jordão marca o início da vida pública de Jesus. É também uma epifania (manifestação) da Trindade: o Pai faz ouvir a sua voz, o Filho desce às águas para santificá-las e o Espírito aparece na forma de uma pomba (cf. Mt 3,13-17; Mc 1,9-11; Lc 3,21-22; Jo 1,32-34), como canta o tropárion da Festa da Teofania no Rito Bizantino:
“Em teu batismo no Jordão, Senhor, manifestou-se a adoração da Trindade;
pois a voz do Pai deu testemunho, chamando-te de Filho bem-amado;
e o Espírito, sob forma de pomba, confirmou a verdade desta palavra.
Ó Cristo Deus, que te manifestaste e iluminaste o mundo, glória a ti!” [1].

Assim, nesta postagem gostaríamos de traçar brevemente a história da celebração desse mistério nas Igrejas do Oriente e do Ocidente.

Batismo do Senhor (Joachim Patinir, séc. XVI)

1. A origem da Festa da Teofania

A celebração do Batismo do Senhor tem sua origem no Oriente, onde é referida como “Teofania”, palavra que significa “manifestação de Deus”.

A origem dessa celebração remonta ao século III, como uma celebração própria de uma seita gnóstica de Alexandria do Egito, os basilidianos (seguidores de certo Basílides).

Conforme atestam São Clemente de Alexandria (†215) e Santo Epifânio de Salamina (†403), os basilidianos incorriam na heresia do adocionismo, segundo a qual Jesus nasce de Maria apenas como homem, sendo posteriormente “adotado” como Filho de Deus no momento do seu Batismo no Jordão.

Tal heresia fundamentava-se em uma leitura errônea das palavras do Pai no Batismo - “Este é o meu Filho amado, no qual Eu pus o meu agrado” (Mt 3,17; Mc 1,11; Lc 3,22) -, particularmente segundo alguns manuscritos do Evangelho de Lucas, que citam aqui o Sl 2,7: “Tu és meu filho, eu hoje te gerei”.

Assim, para esses hereges, o verdadeiro “nascimento” de Cristo teria ocorrido no seu Batismo, celebrado por eles no início de janeiro. Cabe recordar que o adocionismo foi condenado sobretudo pelos dois grandes Concílios Ecumênicos do século V, Éfeso (431) e Calcedônia (451), que confirmaram a fé em Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Com o tempo, os fiéis do Egito (Rito Copta) passaram a celebrar no dia 06 de janeiro a festa da Epifania (ou Teofania), em honra tanto do nascimento de Cristo quanto do seu Batismo, afirmando, porém, a distinção entre esses dois mistérios.

Ícone copta da Teofania
Para conhecer o simbolismo desse ícone, clique aqui

A escolha da data, assim como no caso do Natal, deve-se a dois fatores:

- Hipótese apologética: Alguns “cultos mistéricos” pagãos presentes em Alexandria e em outras regiões sob influência helênica celebravam no início de janeiro um festival em honra de Aión (Αἰών), o tempo personificado. Esta celebração estava relacionada ao início do ano civil no calendário juliano, a 01 de janeiro [2].

Em Alexandria, nessa festividade de Aión os fiéis recolhiam água do rio Nilo (que então começava a diminuir), a ser conservada nas casas. Com efeito, uma tradição popular atribuía “poderes mágicos” às fontes de água na noite entre 05 e 06 de janeiro.

Assim, contrapondo tal crença, os cristãos coptas passaram a recordar na Teofania, além do nascimento e do Batismo do Senhor, também o milagre das Bodas de Caná, com a transformação da água em vinho (Jo 2,1-11) [3].

- Hipótese do cômputo: Segundo uma antiga tradição, Jesus teria vivido um número exato de anos, sendo concebido e sofrendo a Paixão no mesmo dia: 25 de março, data associada ao início da primavera no hemisfério norte e à criação do mundo.

Os cristãos orientais acolheram essa tradição acrescentando-lhe um dado: considerando o dia 25 de março como o dia da criação do mundo, este deveria ser também o início dos meses que, segundo o calendário judaico, sempre começam com a lua nova.

Uma vez que Jesus sofreu a Paixão na véspera da Páscoa, a qual sempre é celebrada na lua cheia, sua Morte e, por conseguinte, sua Concepção, teriam acontecido não a 25 de março, mas sim cerca de duas semanas depois, a 06 de abril. Somando nove meses, chega-se à data da Teofania no dia 06 de janeiro [4].

2. A difusão da Festa da Teofania no Oriente

A partir dos séculos IV-V as Igrejas Orientais acolhem a celebração do nascimento do Senhor no dia 25 de dezembro, de origem ocidental, conservando a Festa da Teofania no dia 06 de janeiro como comemoração do Batismo do Senhor [5]. Com efeito, antigos calendários coptas trazem nesse dia a inscrição “Dies baptismi sanctificati” ou “Immersio Domini”.

Já no final do século IV encontramos nas Constituições Apostólicas, importante documento redigido em Antioquia da Síria, que a Teofania celebra o evento do Jordão: “Foi então que se manifestou a divindade de Cristo, quando o Pai deu testemunho acerca d’Ele no batismo, e o Paráclito, como uma pomba, mostrou Aquele de quem fora dado testemunho” [6].

Ícone bizantino da Teofania
Para conhecer o simbolismo desse ícone, clique aqui

Assim, a Teofania logo se tornou uma data privilegiada para a celebração do Sacramento do Batismo nas Igrejas Orientais. Alguns Padres da Igreja, como São Gregório Nazianzeno (†390) e São Gregório de Nissa (†390), a chamam “dia das luzes” (ἡμέρα τῶν φώτων) ou simplesmente “as luzes” (τὰ φώτα), dado que o Batismo sempre foi entendido pela Igreja como “iluminação” (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1216).

Canta, pois, o kontákion da festa no Rito Bizantino: “Hoje, Senhor, te manifestaste ao universo e a tua luz brilhou sobre nós que, conhecendo-te, cantamos: Vieste, apareceste, ó Luz inacessível!” [7].

O costume do Batismo na Teofania foi acolhido inclusive por algumas igrejas do Ocidente (exceto em Roma, onde o Batismo era celebrado apenas na Vigília Pascal). Portanto, no Rito Ambrosiano (Milão) e no Rito Hispano-Mozárabe (Espanha) o Advento possui seis domingos (e não quatro, como no Rito Romano), além de um caráter mais penitencial, dado que, à semelhança da Quaresma, era marcado pela preparação dos catecúmenos para os sacramentos da Iniciação Cristã.

Além do sacramento do Batismo, a celebração oriental da Teofania se caracteriza pela “Grande Bênção” ou “Grande Santificação” das Águas (Μέγας Αγιασμός). Esse rito teria surgido na Terra Santa, junto ao rio Jordão, como testemunha um peregrino anônimo de Piacenza (Itália) em torno do ano de 570.

Esse rito se celebra tanto na véspera (dia 05) quanto no próprio dia da Teofania, no final da Divina Liturgia ou mesmo como celebração autônoma. É um rito particularmente solene, com leituras (Is 35,1-10; 55,1-13; Sl 26; 1Cor 10,1-4; Mc 1,9-11), a “ladainha” ou ektenias, com uma série de preces, e uma longa oração, durante a qual o sacerdote mergulha uma cruz na água, a qual é em seguida aspergida sobre os fiéis [8].

Imersão da cruz durante a Grande Bênção das Águas
(Teofania 2019 - Kiev, Ucrânia)

A partir do Oriente, o rito foi acolhido inclusive por algumas igrejas ocidentais, sobretudo na Itália. Nessas igrejas o sacerdote recitava uma oração de epiclese sobre a água - isto é, uma oração invocando o Espírito Santo - e submergia nela uma cruz, concluindo a celebração com o hino Te Deum.

Segundo testemunha Mario Righetti (†1975), grande historiador da Liturgia, em 1890 a Congregação dos Ritos teria proibido o uso das orações e gestos típicos dos orientais na bênção da água. Permaneceu, porém, como “eco” desse costume, a imersão do círio pascal na água batismal abençoada durante a Vigília Pascal.

De toda forma, os fiéis tanto do Oriente quanto do Ocidente conservavam essa água abençoada na Teofania - e na Vigília Pascal - tamquam thesaurus nobilissimus (como tesouro nobilíssimo). Assim, surgiu em vários lugares a tradição da bênção anual das famílias em suas casas após a Epifania.

3. A celebração do Batismo do Senhor no Ocidente

Enquanto as Igrejas Orientais acolheram a Festa do Natal no dia 25 de dezembro, como vimos acima, as Igrejas Ocidentais acolheram a celebração da Epifania no dia 06 de janeiro.

Três, com efeito, são as “epifanias” ou manifestações do Senhor celebradas nessa festa, como indicam os poemas de São Paulino de Nola (†431) e os sermões de São Máximo de Turim (†465), e como sintetiza a antífona do cântico evangélico das II Vésperas:
“Recordamos neste dia três mistérios:
Hoje a estrela guia os magos ao presépio.
Hoje a água se faz vinho para as bodas.
Hoje Cristo no Jordão é batizado para salvar-nos. Aleluia, aleluia” [9].

Dessa “tríplice epifania”, enquanto no Oriente a principal sempre foi o Batismo do Senhor, no Ocidente a ênfase recaiu sobre a manifestação do Senhor aos magos (Mt 2,1-12), nos quais os diversos povos se sentiam representados. O Batismo do Senhor e as Bodas de Caná, por sua vez, eram comemorados no Ocidente de maneira menos solene, como um “eco” da Epifania.

Mosaico do Batismo do Senhor circundado pelos Doze Apóstolos
(Batistério Neoniano - Ravenna, Itália)

No século VIII, com efeito, a Solenidade da Epifania foi enriquecida com uma oitava - isto é, com uma celebração prolongada por oito dias -, culminando no dia 13 de janeiro com uma comemoração do Batismo do Senhor.

O domingo dentro da oitava da Epifania, por sua vez, permanecia ligado ao mistério do Natal, de modo que no início do século XX passou a ser celebrada nesse dia a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José.

Alguns estudiosos sugerem que em Roma, antes ainda da oitava, se celebrava uma espécie de “tríduo” após a Epifania, em honra do Batismo no Jordão, das Bodas de Caná e, sobretudo em ambiente franco-galicano, da multiplicação dos pães.

Esta última, além de ser um “sinal” atestado nos quatro Evangelhos, é uma epifania “eucarística”: se nas Bodas de Caná está presente o vinho, ao alimentar a multidão Jesus recorre ao pão.

Quando a oitava da Epifania foi suprimida pelo Papa Pio XII em 1955, conservou-se a comemoração do Batismo do Senhor no dia 13 de janeiro. Esta, porém, era bastante “discreta”: as orações estavam centradas no mistério da Epifania em sentido mais amplo, sem uma referência direta ao Batismo do Senhor, recordado apenas no Evangelho (Jo 1,29-34). O mesmo para as Bodas de Caná, recordadas no Evangelho do II Domingo após a Epifania (Jo 2,1-11).

4. A Festa do Batismo do Senhor hoje

A reforma litúrgica do Concílio Vaticano II buscou resgatar a sequência das “três epifanias” [10]:
- A Solenidade da Epifania do Senhor, centrada na visita dos magos, no dia 06 de janeiro (em alguns países, como o Brasil, transferida para o domingo entre 02 e 08 de janeiro);
- A Festa do Batismo do Senhor no domingo após a Epifania [11];
- As Bodas de Caná, por fim, são recordadas no Evangelho do II Domingo do Tempo Comum do ano C (dando espaço nos Anos A e B para outros textos).

A Festa do Batismo do Senhor se torna assim a ponte entre dois tempos litúrgicos, concluindo o Tempo do Natal e ocupando também o lugar do “1º Domingo do Tempo Comum”.

Batismo do Senhor (Pietro Perugino, séc. XV, Capela Sistina)

Para essa Festa foram compostas novas orações, incluindo a eucologia menor completa (oração do dia, sobre as oferendas e após a Comunhão) e um Prefácio próprio: “De Baptismate Domini” [12].

Quanto à Liturgia da Palavra, são propostas leituras próprias seguindo o ciclo trienal:
Ano A: Is 42,1-4.6-7; Sl 28; At 10,34-38; Mt 3,13-17;
Ano B: Is 55,1-11; cântico de Is 12,2-6; 1Jo 5,1-9; Mc 1,7-11;
Ano C: Is 40,1-5.9-11; Sl 103; Tt 2,11-14; 3,4-7; Lc 3,15-16.21-22.

Como no caso da Festa da Sagrada Família, as leituras dos Anos B e C são facultativas: é possível proferir sempre as leituras do Ano A com o Evangelho próprio para cada ano ou todas as leituras próprias.

Vale destacar que, embora a oitava da Epifania tenha sido suprimida, nos dias de semana entre a Epifania e o Batismo do Senhor, como indica o Elenco das Leituras da Missa (n. 96), leem-se “as principais manifestações do Senhor, retiradas dos quatro Evangelhos” [13].

Para a Liturgia das Horas destacamos os três hinos próprios, composições anônimas da Idade Média “resgatadas” pela reforma litúrgica:
I e II Vésperas: A Patre Unigénite (A nós vindes pela Virgem);
Ofício das Leituras: Implénte munus débitum (João cumpre a sua missão);
Laudes: Iesus refúlsit ómnium (O Redentor das nações).

Vale destacar ainda que o Papa São João Paulo II (†2005) deu início à tradição de presidir o Batismo de crianças na Capela Sistina por ocasião da Festa, tradição continuada por seus sucessores, reservando porém o Batismo de adultos para a Vigília Pascal.

Por fim, cumpre dizer que o Batismo do Senhor também é celebrado no domingo após a Epifania pelas comunidades protestantes mais tradicionais, como os anglicanos ou os luteranos.

Algumas dessas comunidades, porém, transferem a Festa para o domingo que antecede o início da Quaresma, uma vez que o Batismo no Jordão precede diretamente o jejum de Jesus por quarenta dias no deserto. A maioria, porém, celebra no domingo antes da Quaresma a Transfiguração do Senhor, igualmente ligada ao seu Mistério Pascal.

Batismo de Cristo (William Hole, séc. XIX-XX)

Concluamos nossa postagem, portanto, com uma oração recitada pelos luteranos por ocasião do Batismo do Senhor:

“Pai dos céus, ao ser batizado no rio Jordão Jesus foi proclamado teu Filho amado e ungido com o Espírito Santo. Faze com que todos os batizados em teu nome sejam fiéis ao seu chamado como teus filhos e herdeiros com ele da vida eterna; através do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém” [14].

Notas:

[1] SPERANDIO, João Manoel; TAMANINI, Paulo Augusto [org.]. Liturgikon: Próprio das Festas no Rito Bizantino. Teresina: Editora da Universidade Federal do Piauí, 2015, p. 30.

[2] O antigo calendário egípcio seguia as cheias do rio Nilo, iniciando no dia 01 de Thout (11 de setembro no calendário gregoriano). No ano 46 a. C., porém, Júlio César impôs o calendário juliano, que inicia a 01 de janeiro (06 de Tobi).

[3] No Rito Copta celebra-se até hoje a Festa da Teofania no dia 11 de Tobi (06 de janeiro no calendário juliano) e a comemoração das Bodas de Caná dois dias depois, a 13 de Tobi. No dia 12, por sua vez, comemora-se o Arcanjo Miguel, venerado como protetor do Rio Nilo.

[4] Cabe recordar, porém, que a maioria das igrejas orientais, tanto católicas quanto ortodoxas, segue utilizando o calendário juliano, com uma diferença de 13 dias em relação ao gregoriano. Assim, o dia 06 de janeiro no calendário juliano corresponde ao dia 19 de janeiro no calendário gregoriano.

[5] Uma exceção é a Igreja Armênia, que continua celebrando tanto o nascimento do Senhor quanto o seu Batismo no dia 06 de janeiro (Dznoont). Segundo essa tradição, esses dois mistérios teriam ocorrido no mesmo dia, isto é, Jesus teria recebido o Batismo no mesmo dia que completou trinta anos (cf. Lc 3,23).

[6] Constitutiones Apostolorum, VIII, 33. in: CORDEIRO, José de Leão [org.]. Antologia Litúrgica: Textos Litúrgicos, Patrísticos e Canónicos do Primeiro Milénio. Fátima: Secretariado Nacional de Liturgia, 2003, p. 442.

[7] SPERANDIO; TAMANINI, op. cit., p. 30.

[8] cf. ibid., pp. 32-42.

[9] OFÍCIO DIVINO. Liturgia das Horas segundo o Rito Romano. Tradução para o Brasil da segunda edição típica. São Paulo: Paulus, 1999, vol. 1: Tempo do Advento e Tempo do Natal, p. 519.

[10] cf. BUGNINI, Annibale. A reforma litúrgica: 1948-1975. São Paulo: Paulinas; Paulus; Loyola, 2018, pp. 274.281.

[11] Nos países onde a Epifania é transferida para o domingo e este cai nos dias 07 ou 08 de janeiro, a Festa do Batismo do Senhor é celebrada na segunda-feira, 08 ou 09 de janeiro. Isso acontece quando o ano inicia em um domingo (como em 2023) ou em uma segunda-feira (como em 2024).

[12] MISSAL ROMANO, Tradução portuguesa da 2ª edição típica para o Brasil. São Paulo: Paulus, 1991, pp. 165-167.

[13] ALDAZÁBAL, José. A Mesa da Palavra I: Elenco das Leituras da Missa - Texto e Comentário. São Paulo: Paulinas, 2007, p. 96.

[14] Fonte: Teologia Luterana. O Batismo de nosso Senhor. Primeiro Domingo após a Epifania. Publicado em 08 de janeiro de 2022.

Referências:

ADAM, Adolf. O Ano Litúrgico: Sua história e seu significado segundo a renovação litúrgica. São Paulo: Loyola, 2019, pp. 105-109.

BERGAMINI, Augusto. Cristo, festa da Igreja: O Ano Litúrgico. São Paulo: Paulinas, 2004, pp. 233-238.

DONADEO, Madre Maria. O Ano Litúrgico Bizantino. São Paulo: Ave Maria, 1998, pp. 48-52.

MARTINDALE, Cyril Charles. Epiphany. in: The Catholic Encyclopedia, vol. 5, 1909. Disponível em: New Advent.

RIGHETTI, Mario. Historia de la Liturgia, v. I: Introducción general; El año litúrgico; El Breviario. Madrid: BAC, 1955, pp. 715-723.

SCHUSTER, Cardeal Alfredo Ildefonso. Liber sacramentorum: Note storiche e liturgiche sul Messale Romano, v. II: L’inaugurazione del Regno Messianico (La Sacra Liturgia dall’Avvento alla Settuagesima). Torino-Roma: Marietti, 1933, pp. 201-202. 

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