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segunda-feira, 7 de junho de 2021

Ladainha do Sagrado Coração de Jesus meditada por João Paulo II (4)

A primeira meditação do Papa que propomos nesta postagem traz a quarta e a sétima invocações da Ladainha, enquanto a segunda meditação está centrada na oitava:
Cor Iesu, maiestatis infinitae, miserere nobis. (...)
Cor Iesu, domus Dei et porta caeli, miserere nobis.
Cor Iesu, fornax ardens caritatis, miserere nobis.

Para acessar a apresentação e o sumário com os links de todas as postagens desta série, clique aqui.

7. Coração de Jesus, de majestade infinita
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do Céu
Ângelus do dia 16 de junho de 1985 - Visita do Papa a Treviso

1. A hora do Ângelus nos convida a dirigir o olhar a Maria. (...) Por meio do Imaculado Coração de Maria queremos dirigir-nos ao Coração Divino do seu Filho, ao Coração de Jesus, de majestade infinita.
Vede: a infinita majestade de Deus se oculta no Coração humano do Filho de Maria.
Este Coração é nossa Aliança.
Este Coração é a máxima proximidade de Deus em relação aos corações humanos e à história humana.
Este Coração é a maravilhosa “condescendência” de Deus: o Coração humano que bate com a vida divina; a vida divina que pulsa no coração humano.

2. Na Santíssima Eucaristia descobrimos com o “senso da fé” o mesmo Coração, o Coração de majestade infinita, que continua batendo com o amor humano de Cristo, Deus-Homem.
Quão profundamente sentiu este amor o Papa São Pio X, que foi Patriarca de Veneza, quando desejou que todos os cristãos, desde os anos da infância, se aproximassem da Eucaristia, recebendo a santa Comunhão, para que se unam a este Coração que é, ao mesmo tempo, para cada um dos homens, “casa de Deus” e “porta do Céu”.
Casa”: aqui, mediante a Comunhão Eucarística, o Coração de Jesus estende sua morada a cada um dos corações humanos.
Porta”, porque em cada um destes corações humanos Ele abre a perspectiva da eterna união com a Santíssima Trindade.

3. Mãe de Deus, enquanto meditamos o mistério da tua Anunciação, nos aproximamos deste Coração divino, o Coração de majestade infinita, casa de Deus e porta do céu, deste Coração que desde o momento da Anunciação do Anjo começou a bater junto ao teu Coração virginal e materno.

8. Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade
Ângelus do dia 23 de junho de 1985

1. Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, tende piedade de nós.
Durante a oração do Ângelus desejamos dirigir, juntamente com a Mãe de Deus, nossos corações para o Coração do seu Filho divino.
Falam-nos profundamente as invocações desta esplêndida Ladainha, que rezamos ou cantamos sobretudo no mês de junho. Que a Mãe nos ajude a entender melhor os mistérios do Coração do seu Filho.

2. “Fornalha de caridade”. O forno arde. Ao arder, queima todo o material, seja a lenha ou outra substância facilmente combustível.
O Coração de Jesus, o Coração humano de Jesus, arde de amor, que o preenche. É o amor pelo Eterno Pai e o amor pelos homens: pelas filhas e pelos filhos adotivos.
O forno, queimando, pouco a pouco se apaga. O Coração de Jesus, ao contrário, é forno inextinguível. Nisto se parece com a “sarça ardente” do Livro do Êxodo, na qual Deus se revelou a Moisés. A sarça que ardia com o fogo, porém... não se “consumia” (Ex 3,2).
De fato, o amor que arde no Coração de Jesus é sobretudo o Espírito Santo, no qual Deus-Filho se une eternamente ao Pai. O Coração de Jesus, o Coração humano de Deus-Homem, está abrasado pela “chama viva” do Amor trinitário, que jamais se extingue.

3. Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade... O forno, enquanto arde, ilumina as trevas da noite e aquece os corpos dos viajantes.
Hoje queremos pedir à Mãe do Verbo Eterno para que, no horizonte da vida de cada uma e de cada um de nós, nunca cesse de arder o Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade. Para que Ele nos revele o Amor que não se extingue e não se deteriora jamais, o Amor que é eterno. Para que ilumine as trevas da noite terrena e aqueça os corações.

4. (...) Dando graças pelo único amor capaz de transformar o mundo e a vida humana, nos dirigimos, com a Virgem Imaculada, no momento da Anunciação, ao Coração Divino que não cessa de ser “fornalha ardente de caridade”. Ardente como aquela “sarça” que Moisés viu ao pé do monte Horeb.

Vitral representando o Sagrado Coração de Jesus, "fornalha ardente de caridade"

Fonte: Santa Sé - 16 de junho e 23 de junho de 1985 (italiano; tradução nossa)

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