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quarta-feira, 1 de maio de 2019

Regina Coeli do Papa: Segunda-feira da Oitava Pascal 2019

Papa Francisco
Regina Coeli
Segunda-feira do Anjo, 22 de abril de 2019

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje, e durante toda esta semana, prolonga-se na Liturgia, e também na vida, a alegria pascal da Ressurreição de Jesus, cujo evento admirável comemoramos ontem. Na Vigília pascal ressoaram as palavras pronunciadas pelos Anjos ao lado do túmulo vazio de Cristo. Às mulheres que tinham ido ao sepulcro na alvorada do primeiro dia depois do sábado, eles disseram: «Por que buscais o Vivente entre os mortos? Não está aqui; ressuscitou!» (Lc 24,5-6). A Ressurreição de Cristo constitui o evento mais sensacional da história humana, que confirma a vitória do Amor de Deus sobre o pecado e a morte e doa à nossa esperança de vida um fundamento sólido como a rocha. O que humanamente era impensável aconteceu: «Jesus de Nazaré (...) Deus ressuscitou-o, libertando-o dos grilhões da morte» (At 2,22.24).

Nesta Segunda-feira “do Anjo”, a Liturgia, com o Evangelho de Mateus (Mt 28,8-15) leva-nos perto do sepulcro vazio de Jesus. Far-nos-á bem ir com o pensamento ao sepulcro vazio de Jesus. As mulheres, cheias de temor e de alegria, apressaram-se a levar aos discípulos a notícia de que o sepulcro estava vazio, e naquele momento Jesus apresenta-se diante delas. Elas «aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele» (v. 9). Tocaram-no: não era um fantasma, era Jesus, vivo, em carne, era Ele. Jesus afugenta o medo dos seus corações e encoraja-as ainda mais a anunciar aos irmãos o que aconteceu. Todos os Evangelhos ressaltam o papel das mulheres, Maria Madalena e as outras, como primeiras testemunhas da ressurreição. Os homens, atemorizados, estavam fechados no cenáculo. Pedro e João, informados por Madalena, vão a correr ao sepulcro e constatam que o túmulo está aberto e vazio. Mas as mulheres foram as primeiras a encontrarem-se com o Ressuscitado e a anunciarem que Ele está vivo.

Hoje, queridos irmãos e irmãs, ressoam também para nós as palavras que Jesus dirigiu às mulheres: «Não temais. Ide anunciar...» (v. 10). Depois dos ritos do Tríduo Pascal, que nos fizeram reviver o mistério de Morte e Ressurreição de nosso Senhor, agora com os olhos da fé contemplemo-Lo ressuscitado e vivo. Também nós somos chamados a encontrá-lo pessoalmente e a tornarmo-nos seus anunciadores e testemunhas.

Com a antiga Sequência litúrgica pascal, nestes dias repitamos: «Cristo, minha esperança, ressuscitou!». E n’Ele também nós ressuscitamos, passando da morte para a vida, da escravidão do pecado para a liberdade do amor. Portanto, deixemo-nos alcançar pela mensagem consoladora da Páscoa e envolver pela sua luz gloriosa, que dissipa as trevas do medo e da tristeza. Jesus ressuscitado caminha ao nosso lado. Ele manifesta-se a quantos o invocam e amam. Antes de tudo na oração, mas também nas simples alegrias vividas com fé e gratidão. Podemos senti-lo presente também partilhando momentos de cordialidade, acolhimento, amizade, contemplação da natureza. Este dia de festa, no qual é costume aproveitar algum tempo de lazer e gratuidade, ajude-nos a experimentar a presença de Jesus.

Peçamos à Virgem Maria para poder haurir a mãos-cheias a paz e a serenidade, dons do Ressuscitado, para as partilhar com os irmãos, especialmente com quem tem mais necessidade de conforto e de esperança.

As santas mulheres ao sepulcro (Rubens)

Fonte: Santa Sé.

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