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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Missas de Nossa Senhora: Maria, Mãe e medianeira da graça

30. Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe e medianeira da graça
(Para o Tempo Comum)

Introdução
Em 1921, o Cardeal Désiré-Joseph Mercier, Arcebispo de Bruxelas, solicitou ao Papa Bento XV a aprovação da Missa de Nossa Senhora, Medianeira de todas as graças, a ser celebrada em toda a Bélgica no dia 31 de maio. Posteriormente o uso desta Missa foi concedido a outras dioceses e institutos religiosos.
Em 1971, a Congregação para o Culto Divino aprovou novo formulário sob o título “Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe e Medianeira da graça”, para o Próprio da Ordem dos Irmãos Servos da Santíssima Virgem Maria (Servitas), que é apresentada aqui, acrescida de um novo prefácio.
Importante salientar antes de tudo que o único mediador entre nós e o Pai é Jesus (1Tm 2,5). Porém, o Concílio Vaticano II recorda que “a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; manifesta antes a sua eficácia. Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia; de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece” (Lumen Gentium, n. 60).
Portanto, chamar Maria de “Mãe da graça” é simplesmente afirmar, como diz a Coleta, que ela nos deu o Autor da graça; chamá-la de “Medianeira da graça” é recordar que, por desígnio de Deus, ela está unida à obra salvadora de seu Filho, exercendo para conosco uma mediação “de súplica e de perdão, de intercessão e de graça, de reconciliação e de paz” (Prefácio).

Antífona de entrada
Ave, Santa Maria, fonte da piedade,
tesouro de todas as graças,
que trouxestes em vosso seio virginal
o Deus e Homem verdadeiro.

Ou:
Salve, Santa Mãe de Deus,
por vós recuperamos a vida,
porque recebestes o Filho que desceu do céu
e destes `luz o Salvador do mundo.

Oração do dia
Senhor, nosso Deus, que na vossa inefável providência nos destes o autor da graça por meio da bem-aventurada Virgem Maria e a associastes ao mistério da redenção humana, concedei que ela nos alcance a abundância da graça e nos conduza ao porto da salvação eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Oração sobre as oferendas*
Recebei, Senhor, o sacrifício de reconciliação e de louvor que vos oferecemos ao celebrar a memória da gloriosa Virgem Maria e, pela ação do Espírito Santo, convertei-o no sacramento da redenção humana, que Jesus Cristo, supremo Mediador, instituiu para nos reconciliar convosco, a fim de que se torne para nós fonte de graças e manancial perene de salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

Prefácio
Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo, Senhor nosso.
Ele, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, foi por vós constituído único mediador entre vós e os homens, sempre vivo a interceder por nós. Mas na vossa inefável bondade estabelecestes que a bem-aventurada Virgem Maria, Mãe e cooperadora do Redentor, exercesse a sua função materna na Igreja: de súplica e de perdão, de intercessão e de graça, de reconciliação e de paz. A sua missão de amor materno depende totalmente da única mediação de Cristo, da qual procede todo o seu poder. Nas angústias e nos perigos da sua vida, os fiéis recorrem confiantemente à santíssima Virgem, que invocam como Mãe de misericórdia e despenseira da graça.
Por isso, com os anjos e santos, proclamamos a vossa glória, cantando (dizendo) com alegria:

Antífona de Comunhão (Ap 22,17)
O Espírito e a Esposa dizem: Vem!
E aquele que ouvir diga: Vem!
Quem tem sede venha,
e quem deseja beber receba de graça a água da vida.

Oração após a Comunhão*
Senhor, que nos renovastes nas fontes da graça, humildemente vos pedimos que, pelo poder deste sacramento e pela intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, vivamos cada vez mais unidos a Cristo Mediador e colaboremos com maior fidelidade na obra da redenção. Por Cristo, nosso Senhor.

Leitura: Est 8,3-8.16-17a (“Como poderia eu suportar a desgraça que atingiria meu povo”)
Salmo: Sl 66,2-3.4-5.6-7 (R: v. 2b)
Evangelho: Jo 2,1-11 (Bodas de Caná)

*Nas orações sobre as oferendas e após a Comunhão a Coletânea apresenta a conclusão “Por nosso Senhor Jesus Cristo...”. Porém, esta conclusão é própria das coletas. Aqui o correto é utilizar “Por Cristo, nosso Senhor”, como indica a IGMR, nn. 77 e 89.


Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 122-124.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 161-165.

2 comentários:

  1. Muito bom. Devia por num aplicativo o comum de Nossa Senhora.

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  2. Perfeita explicação , grande este conhecimento …

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