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domingo, 27 de março de 2016

Homilia: Domingo de Páscoa

Santo Efrém
Hino I sobre a Ressurreição do Senhor

I. Veio a nós o Cordeiro da casa de Davi,
O Sacerdote, o Pontífice, o filho de Abraão.
Temos um cordeiro, temos um pontífice:
Seu corpo para o sacrifício, seu sangue para a aspersão.
Bendita seja sua consumação!
R: Bendita seja a tua exaltação!

II. Voando desceu o Pastor de tudo,
Em busca de Adão, a ovelha perdida.
Carregou-a sobre seus ombros, ascendeu,
E veio a ser uma oferenda para o Senhor do rebanho.
Bendita seja sua descida!
R: Bendita seja a tua exaltação!

III. Como orvalho, como chuva viva se derramou,
Sobre Maria, terra sedenta.
Como grão de trigo, também caiu no Sheol,
E ascendeu como feixe, como pão novo.
Bendita seja sua oferenda!
R: Bendita seja a tua exaltação!

IV. Seu conhecimento dissipou o erro,
Da humanidade que se perdera.
Nele se extraviou o maligno, por Ele foi perturbado.
Infundiu nas nações todos os saberes.
Bendita seja sua fonte!
R: Bendita seja a tua exaltação!

V. Do alto abaixou-se até nós o divino Poder,
E do interior do seio brilhou para nós a esperança.
Do sepulcro, amanheceu-nos a Vida,
E sentou-se à direita de deus como nosso Rei.
Bendita seja sua glória!
R: Bendita seja a tua exaltação!

VI. Fluiu do alto, como um rio;
E como um renovo, de Maria;
Caiu do lenho como um fruto;
E subiu ao céu como primícias.
Bendita seja sua vontade!
R: Bendita seja a tua exaltação!

VII. A Palavra do Pai veio do seu seio,
E se vestiu de um corpo em um seio distinto;
Saiu de um seio a outro seio,
E se encheram dela as entranhas castas.
Bendito aquele que habitou entre nós!
R: Bendita seja a tua exaltação!

VIII. Do alto desceu como Senhor,
E do seio saiu como servo.
A morte se prostrou ante Ele no Sheol,
E em sua ressurreição lhe adorou a vida.
Bendita seja sua proeza!
R: Bendita seja a tua exaltação!

IX. Maria lhe levou nos braços, como a um recém nascido.
O sacerdote o levou como se leva uma oferenda.
Como um condenado à morte lhe levou a cruz.
Os céus o levaram como a Deus.
Glória a seu Pai!
R: Bendita seja a tua exaltação!

X. Estendeu sua mão a todas as partes,
Dando curas e conselhos.
Os simples correram atrás de curas,
Os capazes de discernir, atrás de seus conselhos.
Bendita seja sua revelação!
R: Bendita seja a tua exaltação!

XI. Da boca do peixe, extraiu o siclo,
De cunho temporal, de metal que gasta;
De sua boca nos deu
O selo novo da nova aliança.
Bendito seja seu Doador!
R: Bendita seja a tua exaltação!

XII. De Deus sua divindade,
Dos mortais sua humanidade,
De Melquisedec seu sacerdócio,
E da casa de Davi sua realeza.
Bendita seja sua união!
R: Bendita seja a tua exaltação!

XIII. Ele esteve com os convidados nas bodas,
E com os que jejuam na tentação;
Com os que velam, na agonia,
E foi mestre no Templo.
Bendito seja seu ensinamento!
R: Bendita seja a tua exaltação!

XIV. Ele não rechaçava aos impuros,
Nem se envergonhava dos pecadores.
Alegrava-se muito com os inocentes,
E acolhia mui gozoso aos simples.
Bendita seja sua doutrina!
R: Bendita seja a tua exaltação!
XV. Seus pés não se negaram aos enfermos,
Nem suas palavras aos ignorantes.
Sua descida alcançou aos mais baixos,
E sua ascensão aos mais altos.
Bendito Aquele que o enviou!
R: Bendita seja a tua exaltação!

XVI. Seu nascimento é uma purificação para nós,
E seu batismo é para nós perdão.
Sua morte é para nós vida,
Sua ascensão é nossa elevação.
Quantas graças lhe daremos!
R: Bendita seja a tua exaltação!

XVII. Os glutões o tinham por comilão,
Mas os que conhecem sabem que Ele é quem nutre o universo.
Os borrachos o tinham por bebedor,
Mas os que discernem sabem que é Ele quem rega o universo.
Bendita seja a tua Providência!
R: Bendita seja a tua exaltação!

XVIII. Para Caifás, sua concepção foi impura;
Mas para Gabriel, porém, seu nascimento era glorioso.
Para os incrédulos, sua ascensão era falsa;
Mas para os discípulos, porém, sua exaltação era admirável.
Bendito seja seu discernimento!
R: Bendita seja a tua exaltação!

XIX. Para seu Pai, sua geração é verdadeira,
Mas para os esquadrinhadores, seu nascimento é inacessível.
Para os moradores do alto, a verdade é transparente;
Para os terrenos, disputa e extravio.
Selada está sua indignação!
R: Bendita seja a tua exaltação!

XX. Foi tentado pelo Maligno,
E submetido a interrogatório por aquele povo.
Foi investigado por Herodes:
Desprezou com o silêncio a quem queria investigar-lhe.
Bendito seja seu Pai!
R: Bendita seja a tua exaltação!

XXI. Com os penitentes lhe contaram no rio,
E no mar o tiveram por um dorminhoco.
Como um condenado à morte o suspenderam no lenho,
Como a um cadáver lhe puseram na tumba.
Bendita seja sua humilhação!
R: Bendita seja a tua exaltação!

XXII. Quem como Tu, Senhor, para nós?
Grande que se fez pequeno, vigilante que dormiu,
Puro que foi batizado, vivo que degustou a morte,
Rei que carregou com o desprezo, para dar a todos glória.
Bendita seja sua glória!
R: Bendita seja a tua exaltação!


Fonte: Lecionário Patrístico Dominical, pp. 593-595. Para adquiri-lo no site da Editora Vozes, clique aqui.

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