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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Ângelus do Papa: Solenidade de Todos os Santos 2014

Solenidade de Todos os Santos
Papa Francisco
Ângelus
Sábado, 1º de novembro de 2014

Caros irmãos e irmãs, bom dia!
Os primeiros dois dias do mês de novembro constituem para todos nós um intenso momento de fé, de oração e de reflexão sobre as «últimas coisas» da vida. Com efeito, celebrando Todos os Santos e comemorando Todos os Fiéis Defuntos, a Igreja peregrina sobre a terra vive e exprime na Liturgia o vínculo espiritual que a une à Igreja celeste. Hoje louvamos a Deus pela inumerável plêiade de santos e santas de todos os tempos: homens e mulheres comuns, simples, às vezes «últimos» para o mundo, mas «primeiros» para Deus. Ao mesmo tempo, já recordamos os nossos queridos finados, visitando os cemitérios: é motivo de grande consolação pensar que eles estão em companhia da Virgem Maria, dos Apóstolos, dos mártires, bem como de todos os santos e santas do Paraíso!

Assim, a Solenidade de hoje ajuda-nos a considerar uma verdade fundamental da fé cristã, que nós professamos no «Credo»: a comunhão dos santos. Que significa isto: a comunhão dos santos? É a comunhão que nasce da fé e une todos aqueles que pertencem a Cristo em virtude do Batismo. Trata-se de uma união espiritual - todos estamos unidos! - que não é interrompida pela morte, mas continua na outra vida. Com efeito, subsiste um vínculo indestrutível entre nós, vivos, neste mundo e aqueles que já ultrapassaram o limiar da morte. Nós, aqui na terra, juntamente com quantos já entraram na eternidade, formamos uma única e grande família. Conserva-se esta familiaridade!

Esta comunhão maravilhosa, esta admirável união comum entre terra e céu verifica-se do modo mais excelso e intenso na Liturgia, e sobretudo na celebração da Eucaristia, que exprime e realiza a união mais profunda entre os membros da Igreja. Efetivamente, na Eucaristia nós encontramos Jesus vivo e a sua força, e através d’Ele entramos em comunhão com os nossos irmãos na fé: quantos vivem ao nosso lado aqui na terra e aqueles que já nos precederam na outra vida, na vida que não conhece ocaso. Esta realidade enche-nos de alegria: é bom ter tantos irmãos na fé, que caminham ao nosso lado, que nos apoiam com a sua ajuda e, juntamente conosco, percorrem o mesmo caminho rumo ao Céu. E é consolador saber que existem outros irmãos que já alcançaram o Céu, que nos esperam e intercedem por nós a fim de que, juntos, possamos contemplar eternamente a Face gloriosa e misericordiosa do Pai.

Na grande assembleia dos santos, Deus quis reservar o primeiro lugar à Mãe de Jesus. Maria está no âmago da comunhão dos santos, como guardiã singular do vínculo da Igreja universal com Cristo, do vínculo da família. Ela é a Mãe, é a nossa Mãe, a nossa Mãe! Para quantos desejam seguir Jesus no caminho do Evangelho, ela é a guia segura, porque é a primeira discípula. Ela é a Mãe cheia de desvelos, à qual confiar todas as aspirações e dificuldades.

Oremos juntos à Rainha de todos os Santos, a fim de que nos ajude a responder com generosidade e fidelidade a Deus, que nos chama a ser santos como Ele mesmo é Santo (Lv 19,2; Mt 5,48).


Fonte: Santa Sé.

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